Serras, brocas e jornalismo
Ranking. Um dia na sala de operações do melhor hospital do País - 24 horas entre serras, brocas e bisturis.
É com este título promissor que a revista Sábado de 17/11, num artigo assinado por Lucília Galha - Ranking. Eleição exclusiva Sábado/Escola Nacional de Saúde Pública, inicia mais uma "rigorosa" avaliação dos nossos hospitais.
Para que se possa ter uma ideia do valor científico da avaliação e da qualidade do jornalismo no terreno, aqui deixo alguns dos títulos em caixa alta no artigo da Sábado:
"À medida que o cirurgião corta o crânio, o espaço enche-se de fumo. Cheira a carne queimada". Frase inspirada certamente nalguma matança do porco em terras beirãs.
"Um rapaz de 14 anos é anestesiado com Propofol, o fármaco que matou Michael Jackson". Frase digna de figurar como aviso de qualquer produto mata-ratos.
Mas o conteúdo do artigo não destoa dos títulos seleccionados para apimentar a notícia. Lê-se aquilo e questiona-se: Algum dos leitores terá coragem para se deixar tratar num dos nossos hospitais?
Pergunto: O que é que faz a Escola Nacional de Saúde Pública no meio deste jornalismo sensacionalista e abjecto? E o Hospital São João, onde decorre a acção jornalística, convive com este tipo de jornalismo?
Será que ninguém se dói! Perderam todos a sanidade mental?
É com este título promissor que a revista Sábado de 17/11, num artigo assinado por Lucília Galha - Ranking. Eleição exclusiva Sábado/Escola Nacional de Saúde Pública, inicia mais uma "rigorosa" avaliação dos nossos hospitais.
Para que se possa ter uma ideia do valor científico da avaliação e da qualidade do jornalismo no terreno, aqui deixo alguns dos títulos em caixa alta no artigo da Sábado:
"À medida que o cirurgião corta o crânio, o espaço enche-se de fumo. Cheira a carne queimada". Frase inspirada certamente nalguma matança do porco em terras beirãs.
"Um rapaz de 14 anos é anestesiado com Propofol, o fármaco que matou Michael Jackson". Frase digna de figurar como aviso de qualquer produto mata-ratos.
Mas o conteúdo do artigo não destoa dos títulos seleccionados para apimentar a notícia. Lê-se aquilo e questiona-se: Algum dos leitores terá coragem para se deixar tratar num dos nossos hospitais?
Pergunto: O que é que faz a Escola Nacional de Saúde Pública no meio deste jornalismo sensacionalista e abjecto? E o Hospital São João, onde decorre a acção jornalística, convive com este tipo de jornalismo?
Será que ninguém se dói! Perderam todos a sanidade mental?
Tavisto
2 Comments:
...
"Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega. ..."
in Tourada, Ary dos Santos
A maioria liberal pacotilha deve gostar deste tipo de trabalho jornalistico ignaro a desfazer o SNS.
Enviar um comentário
<< Home