quarta-feira, fevereiro 22

Claustrofobia democrática

“Estamos de consciência tranquila. Fizemos o nosso trabalho”, afirmam por seu turno Pedro Moreira, o correspondente da TVI em Bruxelas, e António Galvão, o repórter de imagem visado pela decisão em causa. Numa declaração conjunta, os dois jornalistas manifestam ainda um desejo: “Esperamos que o facto da câmara da TVI não estar na sala ajude o Conselho Europeu a combater a recessão económica e o desemprego de 24 milhões de pessoas”. link

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5 Comments:

Blogger e-pá! said...

A Censura como fonte da estabilidade... (a)


O humor do jornalista e do reportem de imagem (Pedro Moreira e António Galvão) deveria desencadear mais medidas cautelares (censórias) de modo a ficarmos privados das delícias da duplicidade dos discursos dos nossos dirigentes (lá fora e cá dentro).

Já que andamos de braço dado com a China nos negócios das privatizações não poderia a UE - com o beneplácito deste Governo tão atento e obrigado - "ir mais além" e adoptar o sistema de filtragem da internet que vigora no "Império do Meio"?

Com este sistema (ou seria "uma reforma estrutural"?) evitava-se descobrir a careca aos manipuladores e trapezistas deste circo político-mediático e tentava-se, por exemplo, silenciar (no âmbito paroquial) a extensão do "acto de desobediência civil" que constituiu a jactância governamental de não conceder tolerância no Carnaval.

Ou, e ainda mais oportuno, evitava-se que hoje tivessemos conhecimento do descalabro recessivo anunciado por Bruxelas como fruto das filias austeritárias da camarilha "passista" link completamente em contra corrente com o optimismo que deputado do PSD, Miguel Frasquilho, exibiu ontem na AR... link...

(a)- Sugiro esta temática para uma próxima comunicação ao País a efectuar pelo ataroucado Miguel Relvas...

11:55 da manhã  
Blogger DrFeelGood said...

O aviso está dado: Quem se mete com a Alemanha leva.

8:49 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Ana Ruim

Já era a alcunha apropriada, desde que a vi "fazer a cama", vilmente, a um Secretário-Geral do PS, Ferro Rodrigues. Não há jornalista que não o saiba, bem melhor que eu, em especial quem lhe continuou a aparar a golpaça intriguista.
A dedicacão socrática foi devidamente recompensada com a colocaçãozinha na REPER, desvalorizado esse pequeno detalhe da manifesta incapacidade de redigir em qualquer língua (português incluído), face à excelência quadrilheira...
Excelência, de resto, logo denodadamente posta ao serviço do governo Passos Coelho. Como se evidencia no fervor punitivo e repressivo que Maria Ruim advoga contra a equipa da TVI em Bruxelas, a tal que ousou apanhar o ministro das Finanças em gasparina, veneradora e obrigada cavaqueira com o seu homologo alemão.
A ruindade de Maria Ruim decerto a fada para mais relváticos desafios profissionais. Aguardemos...

Ana Gomes, causa nossa

8:59 da tarde  
Blogger Clara said...

...
Um jornalista que, tendo acesso a uma informação de tal relevância política e económica, que envolve o futuro e a vida de dez milhões de cidadãos, não garantisse o acesso desses mesmos cidadãos a essa informação seria um mau jornalista. Se alguém violou as suas obrigações foram os dois ministros que, na presença de jornalistas e num lugar público, tiveram uma conversa de interesse público achando que aquelas pessoas que ali estavam com câmaras eram meros turistas. Quem quer reserva nas suas conversas, quando essas conversas são sobre assuntos de Estado, escolhe a ocasião e o lugar para as ter. Não conta com a falta de brio profissional dos outros.

Ao contrário do que disse o furioso ministro das finanças alemão, não houve qualquer recolha secreta. A câmara, bem grande, estava à frente dos dois ministros. Não se trata de uma escuta telefónica, de uma violação de correspondência, de uma câmara oculta. Se os ministros são displicentes, perante jornalistas, talvez seja porque se habituaram, citando o nosso Presidente da República, ao "jornalismo suave" que se pratica nos corredores de Bruxelas. A burocracia não afecta apenas funcionários e políticos. Há, nas instituições da União Europeia, demasiados profissionais de informação complacentes com a opacidade de quase todas as decisões.

A suspensão do jornalista da TVI, quando estamos a falar de uma instituição que nos pertence a todos, é um ataque à liberdade de imprensa e um ato de censura. A instituições políticas não têm nem o direito nem a autoridade para suspender jornalistas. Se ainda existisse alguma solidariedade entre jornalistas nenhuma imagem seria recolhida destas reuniões até que o respeito pela liberdade de imprensa fosse reposto (ainda por cima sabendo-se que, apesar deste não ser o primeiro episódio do género, esta é a primeira suspensão de um jornalista). Os políticos não escolhem os jornalistas que podem ter acesso às sedes das instituições públicas. Se o fizerem, passaremos a ter meros propagandistas e noticiar atos políticos. No caso, os mesmos políticos que já tiveram, nas mesmas circunstâncias, conversas em frente a jornalistas para que elas fossem divulgadas. Irritam-se quando a divulgação das suas inconfidências não lhes é útil, apenas isso.

A representante portuguesa na Representações Permanentes (REPER) considerou a decisão "infantil". Porquê? "A TVI devia ser banida para sempre do tour de table", disse Maria Rui Fonseca. Pois eu acho que uma funcionária que, representando Portugal, julga que pode banir órgãos de comunicação social, para sempre, de espaços públicos que são pagos, como ela própria, pelos contribuintes, é que devia ser banida das suas funções. Talvez esteja em Bruxelas há demasiado tempo e julgue que aquele espaço é a sua casa. Não é. É nossa. E ninguém lhe deu qualquer poder para decidir quem são os órgãos de informação que podem e que não podem trabalhar juntos das instituições públicas europeias.

A representante portuguesa defendeu ainda que "a recolha de imagens pelas televisões devia acabar e passar a ser feita pelos serviços do Conselho, que posteriormente as distribuíam". Acho bem. Desde que a sua transmissão seja feita no espaço dedicado à publicidade e que o Conselho pague a sua divulgação. Já a recolha de imagens para noticiários é feita por jornalistas, com carteira profissional e sujeitos a um código deontológico. E eles recolhem as boas e as más imagens, e não apenas aquelas que os políticos querem que os seus eleitores vejam.

Um representante alemão disse que se os jornalistas não passarem a respeitar as regras impostas pelos ministros duvida "que o ministro Schäuble entre na sala enquanto decorrer o tour de table". Parece-me excelente. Se o senhor Schäuble é incapaz de ficar calado deve mesmo precaver-se. A função de um jornalista é que não passa a ser diferente por causa dos amuos de um incontinente verbal

Daniel Oliveira, arrastão link

9:15 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Só agora Paulo Macedo se apercebeu que as dívidas de 3.000 milhões de euros aos fornecedores na área da Saúde tornam a lei dos compromissos uma jactância.
Em breve ninguém vai vender nada às instituições do MS.
O previsível crescimento de despesas (aumento da mortalidade em Portugal nas últimas semanas link) deverão reportar-se às exéquias mas, segundo julgo, esse assunto é da alçada do Mota Soares...que, por outro lado, compensará com o consequente decréscimo da esperança de vida e as poupanças com os custos dos pensionistas…

11:09 da tarde  

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