Cortes a eito
O Governo espanhol, liderado por Mariano Rajoy, anunciou que vai acelerar reformas e alguns cortes, sobretudo nos sectores da Saúde e Educação, medidas que pensa executar já este mês, de forma a garantir uma "maior racionalização (...) e eficiência na gestão dos principais serviços públicos".link
JP 09.04.12
JP 09.04.12
Com troika ou sem troika estes gajos de direita só percebem de cortes a eito na Saúde e Educação.
«A ex-ministra da Saúde diz que Paulo Macedo é um bom gestor, mas desafia-o a encontrar mecanismos de saída diferentes dos tradicionais.» link
Ora aqui temos a ex-ministra, Ana Jorge, a fazer oposição ao bom estilo José Seguro.
«A ex-ministra da Saúde diz que Paulo Macedo é um bom gestor, mas desafia-o a encontrar mecanismos de saída diferentes dos tradicionais.» link
Ora aqui temos a ex-ministra, Ana Jorge, a fazer oposição ao bom estilo José Seguro.
Paulo Macedo apenas tem demonstrado engenho para medidas administrativas e cortes a eito. A continuar assim, um dia destes, ficamos convencidos que Ana Jorge, afinal, foi uma excelente Ministra da Saúde.
Etiquetas: bater no fundo
4 Comments:
A consonância devastadora do neoliberalismo face às questões socias tem a mesma face quer seja na Espanha quer surja em qualquer outra parte do Mundo (Portugal, p. exº.).
Espanha vive o triste "espectáculo" de uma disputa entre ministros e o partido PP (que no terreno disputa eleições) sobre co-pagamentos e pacotes de serviços básicos.
Nada de novo. Se tivermos boa memória recordaremos que já ouvimos a mesma "cantilena" por cá. E não deve faltar muito para que venha uma nova carga desta obstinada "cavalaria".
O aumento desmesurado das taxas moderadoras deverá ser apresentado como insuficiente...e como perante as organizações político-financeiras europeias (e internacionais) não precisamos de mais dinheiro, nem de mais tempo, o que está efectivamente à mão é a carteira dos cidadãos...
De resto, não estamos a ser paulatinamente empurrados para nos redimir à custa de um galopante "empobrecimento" e, consequentemente, viver de esmolas?
Lá fora e cá dentro. Até quando?
O Governo espanhol está a estudar "mudanças" no regime de comparticipações nos medicamentos, para que o seu preço seja determinado pelos rendimentos dos contribuintes, como medida para conseguir poupanças no setor da saúde.
O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Fazenda e Administrações Públicas, Cristóbal Montoro, que comentava na Rádio Nacional Espanha (RNE) o polémico anúncio, feito na segunda-feira, de um corte de 10.000 milhões de euros nos gastos com educação e saúde.
A proposta está a suscitar ampla polémica em Espanha, tanto pelo facto de ser apresentada sem detalhes concretos, como por ter sido divulgada pelo Governo num comunicado de imprensa e num dia feriado (segunda-feira) em grande parte do país.
Instado a avançar nas medidas que serão necessárias para alcançar o corte proposto, Montoro afirmou que o Governo não está a considerar para já a introdução de taxas moderadoras, mas que estuda determinar o preço dos medicamentos "pelo nível de rendimentos".
Mudanças, insistiu Montoro, que "não sejam injustas nem prejudiquem as pessoas com menos rendimentos".
Trata-se de um plano, afirmou o Governo, que pretende maior racionalização, eliminação de duplicidades e melhorias de eficácia na gestão dos setores de educação e saúde.
DN 11.04.12
Enganaram-se todos aqueles que, como eu próprio, tinham declarado há meses, o fim precoce do estado de graça do Governo coligado PSD/ /CDS. Na verdade, o estado de graça continua: o Governo prolonga até 2015 o corte dos dois subsídios aos funcionários e nada lhe acontece. A Unidade de Execução Orçamental da AR declara que, até agora, o ajustamento do OE foi conseguido em ¾ à custa de aumento de receita, leia-se impostos, e só ¼ à custa de redução da despesa; a carga fiscal sobe pelo menos mais dois pontos no PIB, começando a revelar a fadiga e o declínio fiscal previstos na curva de Lafer; a dívida aumenta, o défice, que baixou artificialmente em 2011, por força da receita temporária do fundo de pensões dos bancários, revela agora uma renitente incapacidade de se sustentar; o desemprego atinge o número simbólico de 15%, sabendo-se que vai continuar a aumentar; o investimento público evaporou-se e o privado apenas aproveita as portas da especulação financeira, ou, pior ainda, retoma o pior hábito dos piores anos de manipulação da Caixa Geral de Depósitos, em proveito de alguns felizardos poderosos, happy few; as exportações, que se julgava resistirem, ainda não afundaram, mas dão sinais de baixarem vários pontos na sua linha de crescimento, sem conhecermos ainda o que nos pode vir da renovada crise de Espanha; o consumo interno reduziu- -se em dois dígitos e naturalmente só o défice externo melhora pela redução das importações, uma prova real da recessão. Não vale a pena jogar com décimas de PIB para saber se a recessão é igual ou pior do que o previsto. É certamente pior, como não podia deixar de acontecer com terapia de garrote. Não cabe sequer a discussão sobre se teria sido possível, com políticas deliberadamente recessivas, fazer melhor: os maledicentes dizem que era fatal, os cínicos afirmam-se surpreendidos pelo efeito do arrocho no desemprego. Na verdade, o estado de graça continua, ou parece continuar, o que é bem diferente.
Confirma-se agora, pela análise isenta que este jornal desenvolveu sobre a anatomia da crise há um ano, que a rejeição do PEC IV por Passos Coelho, por pressão reconhecida do - pasme-se - Dr. Marco António Costa, teria podido evitar não apenas o cataclismo momentâneo que levou ao afundamento imediato dos juros como a sua insusceptível recuperação, apesar do contentamento fagueiro da Passos Coelho e Vítor Gaspar, ambos atingidos já pela doença infantil do optimismo ministerial.’
JP 09.04.12
Enganaram-se todos aqueles que, como eu próprio, tinham declarado há meses, o fim precoce do estado de graça do Governo coligado PSD/ /CDS. Na verdade, o estado de graça continua: o Governo prolonga até 2015 o corte dos dois subsídios aos funcionários e nada lhe acontece. A Unidade de Execução Orçamental da AR declara que, até agora, o ajustamento do OE foi conseguido em ¾ à custa de aumento de receita, leia-se impostos, e só ¼ à custa de redução da despesa; a carga fiscal sobe pelo menos mais dois pontos no PIB, começando a revelar a fadiga e o declínio fiscal previstos na curva de Lafer; a dívida aumenta, o défice, que baixou artificialmente em 2011, por força da receita temporária do fundo de pensões dos bancários, revela agora uma renitente incapacidade de se sustentar; o desemprego atinge o número simbólico de 15%, sabendo-se que vai continuar a aumentar; o investimento público evaporou-se e o privado apenas aproveita as portas da especulação financeira, ou, pior ainda, retoma o pior hábito dos piores anos de manipulação da Caixa Geral de Depósitos, em proveito de alguns felizardos poderosos, happy few; as exportações, que se julgava resistirem, ainda não afundaram, mas dão sinais de baixarem vários pontos na sua linha de crescimento, sem conhecermos ainda o que nos pode vir da renovada crise de Espanha; o consumo interno reduziu- -se em dois dígitos e naturalmente só o défice externo melhora pela redução das importações, uma prova real da recessão. Não vale a pena jogar com décimas de PIB para saber se a recessão é igual ou pior do que o previsto. É certamente pior, como não podia deixar de acontecer com terapia de garrote. Não cabe sequer a discussão sobre se teria sido possível, com políticas deliberadamente recessivas, fazer melhor: os maledicentes dizem que era fatal, os cínicos afirmam-se surpreendidos pelo efeito do arrocho no desemprego. Na verdade, o estado de graça continua, ou parece continuar, o que é bem diferente.
Confirma-se agora, pela análise isenta que este jornal desenvolveu sobre a anatomia da crise há um ano, que a rejeição do PEC IV por Passos Coelho, por pressão reconhecida do - pasme-se - Dr. Marco António Costa, teria podido evitar não apenas o cataclismo momentâneo que levou ao afundamento imediato dos juros como a sua insusceptível recuperação, apesar do contentamento fagueiro da Passos Coelho e Vítor Gaspar, ambos atingidos já pela doença infantil do optimismo ministerial.’
JP 09.04.12
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