Curriculum zero
Exmo. Senhor
Director Executivo do
Agrupamento de Centros de Saúde...
O Sindicato dos Enfermeiros (SE) vem propor uma reunião de trabalho e, simultaneamente, de boas vindas, ao mundo da Saúde, caso V. Exa. não estivesse nele, já.
Somos diferentes e, por isso temos sugestões e soluções diferentes, comparativamente.
Não nos deixamos influenciar por currículos maiores ou menores; melhores ou piores, porque já somos defensores do currículo zero, fartos que estamos de molhadas de papel, que escondem a incompetência.
Para nós, currículo é um molho de papéis, com ou sem nexo, com a capacidade potencial da cada pessoa, essa é, para nós, a válida, pois é ela que age e faz coisas.
Tantos e tais são os problemas que é nosso intento encontrar soluções adequadas para alguns.
Com os melhores cumprimentos.
Pel’o Presidente da Direcção, (Dr. José Correia Azevedo)
O Presidente da ARS Norte tem em José Azevedo um incondicional apoiante do curriculum zero para o lugar de Director Executivo dos ACES (s). Vendo nos outros a figura do correligionário Relvas, o Presidente do SE não se deixa impressionar pelo que designa por papéis, que mais não são que justificativos para esconder incompetências várias.
Seleccionem-se pois os candidatos pela capacidade de se inscreverem no partido certo, tudo o mais é palha pela certa.
Tavisto
Nota: Outra peça notável de fino recorte político e literário do enf.º Azevedo: "Há dias já vimos e ouvimos um Sindicato de Médicos do Norte, da área da CGTP/in (para quem não saiba), manifestar o seu desagrado pelas nomeações dos directores executivos de ACES"
link
Etiquetas: Crise e politica de saúde, Cromos
9 Comments:
Textos de sapiência ‘pimba’…
"Para já, esta prática tem a vantagem de os nomeados, com afinidades políticas, ou outras, se sentirem mais seguros, nos cargos, que os nomeados por partidos alheios, quando os lugares são de nomeação, como aconteceu, na Saúde, exactamente, na Saúde." in texto ‘sindical’ do Enfº. José Azevedo link
Bem.
‘Vimos e ouvimos’ como escreveu o dito senhor noutra missiva, ou melhor, estamos confrontados com a defesa mais abjecta do compadrio político-partidário e a justificação (tentativa de legitimação?) mais esquálida das várias ‘defenestrações’ que tem sido paulatinamente efectuadas nos órgãos de administração (de topo e intermédios) do SNS.
A classificação de outros partidos (as Oposições à actual maioria) como ‘alheios’ mostra bem que esta caminhada – apesar de pré-eleitoralmente desmentida link– é, na verdade, uma ida ao pote. De facto, o ‘assalto’ consumou-se e segue-se o fartar vilanagem… que todos vemos, sentimos e, pior, vamos pagar por isso.
No passado fomos súbitos, depois cidadãos e na actualidade querem transformar-nos em ‘validos’ (não confundir com 'válidos').
O Enfermeiro Dr. José Correia Azevedo até tem alguma razão para duvidar de currículos.
Durante anos, como Presidente do Sindicato, gastou resmas de papel de “requintada” prosa, frequentemente ditada por um ódio vesgo à classe Médica.
Teve tempo, ainda assim, para se licenciar em Filosofia, e apesar disso, escreve esta “ peça notável de fino recorte político e literário”.
É natural que, num raro momento de lucidez se pergunte de que lhe valeram tanta prática e o diploma de filósofo.
Pior ainda: como é possível que um Mestre em Ética da Saúde, pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica possa escrever o texto transcrito pelo é-pá!?
Afinal de contas, tem toda a razão. Os diplomas que conseguiu não lhe trouxeram valor acrescentado.
Pimba sofisticado
Imagino o orgulho (vergonha) que a classe sentirá com um dirigente assim...
Sinto bastante orgulho deste “dirigente”, sim!
Ronda pelos ACES
À medida que os Directores Executivos de ACES vão ocupando os lugares, respondem aos nossos pedidos de apresentação de cumprimentos e votos de boas-vindas à Direcção dos respectivos ACES, numa perspectiva de estreitarmos relações, rumo à mudança real que se impõe, de acordo com as circunstâncias.
Talhados segundo um certo figurino, os ACES nem sempre se adaptam às realidades presentes e sobretudo, às questões de fundo, como a rentabilização e adequação substantivas dos recursos, postos ou a por, ao seu alcance.
O DL 28/2008 de 22 de Fevereiro criou este sistema de agrupamentos, com uma determinada perspectiva.
O seu artigo 25º trata da composição e designação do Conselho Clínico, que tem um presidente, necessariamente Médico e 3 vogais:
1. mais um médico de saúde pública;
2. um Enfermeiro especialista, em categoria ou, simplesmente, em título, segundo o simulacro de carreira de Enfermagem, exposto no DL 248/09 de 22 de Setembro;
3. Um profissional designado de entre os profissionais de saúde (quem são estes?).
Competências do Conselho Clínico:
a) Avaliar a efectividade dos cuidados de saúde;
b) Dar directivas e instruções para cumprimento das normas técnicas...
c) Fixar procedimentos que garantam a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde;
d) Aprovar orientações clínicas relativas à prescrição...
e) Propor ao director executivo a realização de auditorias;
f) apoiar o director executivo em assuntos de natureza técnico-profissional e de gestão clínica (tudo Médico, até agora);
g) Verificar o grau de satisfação dos profissionais do ACES;
h) Organizar e controlar actividades de desenvolvimento profissional contínuo (educação permanente dita de outra maneira inaudita) e de investigação;
i) Decidir sobre conflitos de natureza técnica.
Uma olhadela, levemente atenta, revela que o figurino tem a ver com a actividade do Médico e só. Veja-se a alínea (i) e reflicta-se um pouco sobre o que são conflitos de natureza técnica...
Terá isto algo a ver com o famigerado "acto médico"?
Que outros conflitos se poderão imaginar na natureza técnica da coisa?
Serão os resultantes das competências de enfermeiro director, que o vogal de Enfermagem, não tem, com as de Enfermeiro Chefe, cujo conteúdo funcional está escrito e não pode ser alterado nem desempenhado, a não ser por ele ou em quem ele e somente ele tem poderes, para delegar?
Artº 28º - o Conselho clínico reúne-se ordinariamente uma vez por mês e, extraordinariamente, quando seja convocado pelo presidente ou a pedido de dois dos vogais.
Regime de exercício de funções do Conselho clínico......
2 - Os membros do conselho clínico "podem ser dispensados parcialmente" do exercício das suas funções profissionais.
Para que não haja ilusões, acerca do papel do Conselho Clínico dos ACES e do vogal de Enfermagem, nesse Conselho, vamos constatar:
- que é um órgão que reúne ordinariamente, uma vez por mês;
- que os membros do Conselho "podem" ser dispensados "parcialmente" do exercício das suas funções (“ “ nossas), o que significa que não são exercidas a tempo total, nem coisa que se pareça: acabada a reunião mensal, regressam às suas funções de que, só parcialmente, podem ser dispensados.
Por culpa da Ordem dos Enfermeiros da anterior Bastonária e do seu braço sindical, substantivado, no SEP, em perfeita harmonia, tentaram convencer os Vogais de Enfermagem do Conselho Clínico de que eram uma espécie de "enfermeiros directores" em ponto pequeno, (dizemos nós), numa reunião convocada, para o efeito, na Secção Regional do Centro da Ordem.
(continua)
(continuação)
Que seja uma boa ideia e uma necessidade premente, a de criar um enfermeiro director em cada ACES, estamos de acordo, visto que o tamanho dos ACES e a estrutura, já o justificaram. Porém, do nosso comportamento e acção não consta o enganar pessoas, que julgam que são uma coisa e não são, como se pode ver, claramente, pelos objectivos e competências de cada um dos vogais do Conselho, assim como do próprio Conselho.
Além disso, quer pelo número de Enfermeiros, quer pela natureza do seu trabalho nos CSP, é mais importante ter, no Conselho Executivo, um Enfermeiro Director, do que um representante das autarquias, por exemplo.
Mas que se pretenda usar um enfermeiro especialista ou especializado e enganá-lo de que tem um estatuto de enfermeiro director, é uma fraude para com os próprios e para com os restantes, além de ser uma fonte de conflitos, entre as chefias de Enfermagem, subsistentes, por lei e intocáveis, no seu cargo e funções, e os hipotéticos "enfermeiros directores", que não têm, no cargo de vogal de CC, uma única tarefa, que sugira essa categoria ou cargo, e muito menos, uma única competência legal, para o efeito, que o legitime.
Tivemos o cuidado de mostrar as competências do Conselho e de cada membro; presidente e respectivos vogais.
Para que os vogais de Enfermagem sejam directores, já agora, sem precisarem de estar no Conselho Clínico, como o nome indica, de índole exclusivamente médica, pois o pouco que resta, não dá para fazer teoria ou prática, de Enfermagem, é preciso criar legislação que dignifique um lugar de direcção de Enfermagem, a nível do ACES. O faz-de-conta é coisa, que não apoiamos.
Mas não foi isso que o Dr. Pisco pensou, quando nos impediu de participar na construção do DL 28/08, que criou os ACES. Disse que não era matéria sindical (segundo o seu conceito de sindicatos); temos o ofício assinado por ele, a dizer-nos essa bacorada.
A categoria dos Enfermeiros: para coordenar uma UCC, passou de Enfermeiro Especialista, segundo o art.º 15º, nº1 - b) do DL 28/08, para simplesmente: com o "título de Especialista", para coordenar uma UCC; o mesmo se diga do art.º 25º, nº 3 - b) do mesmo Decreto-lei 28/08, para vogal do Conselho Clínico.
Estas alterações foram feitas, através do art.º 26º do DL 248/09 de 22 de Setembro, que constrói um pedaço incaracterístico, de pretensa carreira de Enfermagem.
A pergunta que se impõe é: porquê esta simplificação?
A resposta é: porque acabaram com a categoria de Enfermeiro Especialista, na actual Carreira, com a colaboração dos acima referidos, com fins pouco claros, de momento, mas que, a seu tempo denunciaremos, dando corpo ao que já é evidente.
Ora, se foi possível reformular o preceito legal de "categoria" para o "título", também seria, igualmente possível, rever as competências do que deve ser o Enfermeiro Director de ACES, com direito a lugar de vogal, no Conselho Executivo e, não através do vogal Médico, que até dispõe de outro vogal, igualmente Médico, no CC, autonomizando a Saúde Pública, para que nenhum dos outros vogais; o de Enfermagem ou dos profissionais de saúde (quem são, se os Médicos e os Enfermeiros os não representam?), fiquem a representar o presidente do CC, nos seus impedimentos e ausências.
Neste contexto, é legítimo duvidar, que a problemática exclusiva do exercício da Enfermagem, nos CSP, no que tem de caracteristicamente seu, algum dia seja abordada, no Conselho Executivo, pelo presidente do Conselho Clínico, que não tem sensores, que percepcionem a nossa realidade e necessidades profissionais, como a experiência está a demonstrar; sejamos claros e não enganadores!
Lutar para adequar a legislação à realidade dos CSP, é uma promessa e empenhamento nossos.
Cordiais Saudações Sindicais,
O Presidente da Direção, José Azevedo.
Vale a pena ler o que o Sr. Dr. Enf. Mte. escreveu no seu site (mostrando ser realmente seu, se alguém houvesse que de tal duvidasse)acerca deste post e dos comentários do e-pá e do brites!
Pimba, não diria.
Talvez me socorresse das deliciosas aglutinações, à Mia Couto, e dissesse: presunçocioso, assoberbardinado, presumiúdo, etc, etc...
Enfim, um expressionista que não impressiona nada.
Como escrevi numa ocasião diferente,há burros que se reconhecem pela albarda, outros pelo sobretudo.
AM
Sinto muito orgulho no presidente Azevedo porque tem um jeito especial de dizer o que penso.
Benjamim
Oh AM, acredite que impressiona; ficou ou não impressionado? ficou ou não com o que o Enfº Azevedo apontou ou não?
é ou não é uma verdade os esquemas, maroscas, que se estão a encetar?
Afinal, não parece serem sºo is enfermeiros a ter um ódio de estimação como disseram atrás, pelos médicos; o viceversa também se afere...! o que é uma pena e uma perda de tempo. mas, a verdade gera o ódio; sabemos da medicocracia e do medicoesquemismo; mas com essas coisas à parte, amiguismo-partidarismo-de-barcelos-camarada-dá-cá-mais-cinco-e-uma-cunha também imperam...
Um abraço, expressivo, só para si.
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