segunda-feira, janeiro 14

Tudo tem limites…



Quando os políticos, os tecnocratas politizados e os gestores politiqueiros entram pelo despudor e pela hipocrisia o melhor mesmo é ignorar. Nesta triste farsa do racionamento sobressai o despudor de instrumentalização dos órgãos (supostamente) independentes que deviam zelar pela apreciação ética das coisas.
Encomendam-se pareceres à medida, dá-se força a “homens de mão” prontos a tudo para sobressair na galera do disparate empossados que estão em funções de gestão, administrativa e clínica, sem qualquer pingo de bom senso e de rigor. Quando tudo corre mal, assobia-se para o ar dando o dito por não dito.
Convenceram-se de que faziam um SNS lowcost sem consequências. Trataram de empurrar os doentes para fora do sistema público para depois, finalmente, naquilo que dói aos privados - os tratamentos inovadores - encontrar uns “artistas” que se dispõem a fazer uns “números de circo” sacrificando, se necessário, quem mais sofre e quem mais precisa.
Quando esta gente se for embora deixará o país mais pobre, o SNS em sofrimento, desvalorizado, sem autoestima, incapaz de responder a quem precisa, não tendo sequer, resolvido nenhum dos seus problemas de sustentabilidade.
Entretanto azar dos que adoecem a Norte. Enquanto ninguém tiver a ousadia de colocar esta esta matéria ao nível da flagrante violação dos direitos humanos vamos tendo uma ou outra voz “resistente” como a do Bastonário da OM. Esperemos que assim se mantenha livre e corajosa por muito tempo. 

Olinda

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