Sustentabilidade(s), susceptibilidades e responsabilidades…
Esta equipa do MS é, na verdade, uma autêntica mistificação.
Surpreende-se com a própria sombra. Não é só o inefável Leal. Teixeira e Macedo
são farinha do mesmo saco.
Seria de rir até às lágrimas se, na realidade, não fosse
tristemente dramático o que se passou no Hospital de Braga em relação aos
doentes oncológicos. link
Embora as responsabilidades sejam comuns, colegiais e
necessariamente solidárias, já que se trata do órgão que superintende as
políticas nacionais de saúde, existe – nessa equipa – alguém que tem
particulares responsabilidades. Trata-se do médico Leal da Costa um
profissional oriundo de uma instituição dedicada a tratamentos oncológicos que
conhece quais as consequências de ‘descontinuar’ tratamentos oncológicos com
fármacos anti-neoplásicos. Embora desconhecendo no pormenor quais os fármacos
que entraram em ruptura de fornecimento e de administração no Hospital de Braga – e
segundo denunciou a LPCC em mais 15 Hospitais link
– o Dr. Costa não pode alhear-se das situações inerentes à necessidade de, em
relação a alguns agentes anti-neoplásicos (quimioterapia), rotineiramente
utilizados na terapêutica oncológica (segundo o que a LPCC denunciou), actuar
em determinadas fases do ciclo celular – nomeadamente em relação aos
‘ciclo-específicos’ e/ou aos ‘fase-específicos’ - para obter respostas com os
padrões de eficácia esperados, quer pelos médicos oncologistas quer pelos
doentes. Não é, portanto, tolerável a virginal e púdica ‘surpresa’ da parte de
quem – com conhecimento de causa - deveria zelar com particular atenção,
cuidado e rigor para que – nesta área específica – não ocorressem ‘soluções de
continuidade’ no plano terapêutico.
Claro que toda a equipa ministerial tem indeclináveis
responsabilidades nesta lamentável situação, cabendo, por inerência dos cargos
que assumiram, a Paulo Macedo as maiores. Quando se referem as ‘indeclináveis
responsabilidades’ temos de olhar para o Decreto-Lei n.º 32/2012 de 13 de
Fevereiro link,
a chamada ‘Lei dos Compromissos’, aprovada pelo XIX Governo Constitucional e
subscrita por ‘Paulo José de Ribeiro Moita de Macedo’.
A especial responsabilidade política do Ministro Paulo
Macedo deverá ser questionada nos seguintes termos:
- Ao subscrever uma Lei que coloca no topo das prioridades
pública a ‘consolidação orçamental’ o que poderá de importante ter ficado para
trás?
A inconcebível e intolerável situação denunciada pela Liga
Portuguesa Contra o Cancro que se verificaria em 15 Hospitais do SNS link,
colide - no essencial e no fundamental - com os pilares do SNS.
Não basta preocupar-se com a sustentabilidade financeira do
SNS e, paralelamente, descurar a sustentabilidade operacional das unidades
funcionais.
Enfim, desguarnecer a ‘sustentabilidade social’ deixando os
doentes entregues aos ‘cuidados do destino’ (ao deus dará), nem sempre será
‘leal’, justo e misericordioso. Nem em Portugal, nem na 'Macedónia'...
E-Pá!
Etiquetas: E-Pá, Medicamento
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