Dois pesos e duas medidas
Não há duvida que a Troika e a crise condicionaram e muito a liberdade de informação e de análise em Portugal. Um dos casos mais paradigmáticos é o do sector da saúde. Passados mais de dois anos de governo os factos são incontornáveis: Mais défice, mais divida (apesar do reforço orçamental para pagamento de dividas), hospitais subfinanciados, descapitalizados, sujeitos a uma tortura orçamental absurda, racionamento explicito e implícito, medidas administrativas avulsas, caos informático, falta sistemática de medicamentos nas farmácias, desvio compulsivo de doentes para o privado, trapalhadas sem fim na reforma hospitalar, redução do acesso nos cuidados primários, destruição do sector do medicamento, contas mais trapalhonas que nunca, desmotivação e fuga dos profissionais, novela da MAC, demissão do presidente da ARS do Algarve, ACSS à beira da implosão, PPP's à deriva, entre tantas outras situações.
E perante tudo isto o que fica?
Tudo a correr muito bem. Há quem diga até que é a melhor área do governo.
Convencionou-se que era assim. Então, assim será.
Talvez seja verdade que vale mais cair em graça do que ser engraçado...
Agora, senhores jornalistas, comentadores, opinadores e palpitadores, que estamos perante um sério caso de dois pesos e duas medidas, estamos. Se um décimo disto se passasse com Correia de Campos o arraial que já teria sido montado...
Olinda
Etiquetas: Olinda, Paulo Macedo
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