sábado, dezembro 14

JMS reeleito

Quais são as suas prioridades para os próximos três anos? 
Defini três grandes linhas de actuação, uma das quais é lançar o debate sobre a proletarização dos médicos e do SNS. Estamos a ter cada vez mais uma medicina a duas velocidades, uma para os ricos e outra para os pobres. Outra passa por alterar a contratualização/financiamento dos cuidados de saúde, que está a distorcer o SNS, a obrigar os hospitais a fazer desnatação de doentes. Também pretendo avaliar as condições de exercício da medicina e a qualidade em todo o continente e ilhas. 
O problema central é o do financiamento? 
O financiamento hospitalar é absolutamente deficiente. Temos uma situação caricata. Temos uma directiva transfronteiriça que permite a um doente do Algarve ir tratar-se a Berlim, mas há legislação interna que proíbe a um doente do Algarve ir tratar-se a Lisboa. Neste momento as fronteiras internas são mais inultrapassáveis do que as europeias. Está tudo errado porque os hospitais desesperam para se verem livres dos doentes que lhes dão prejuízo. Não se pode financiar doentes cirúrgicos todos pelos mesmo valor [seja qual for o custo que implicam de facto]. Não mexer nesta questão é uma das maiores manchas deste ministério. São situações perversas e paradoxais relativamente às quais não se tem tomado qualquer medida efectiva. 
JP 12.12.13 link 

Um bastonário à altura dos tempos de crise que vivemos que peca em elogiar o ministro da saúde. Saúda-se a sua reeleição. link 
clara gomes

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