sábado, janeiro 4

2014, ainda agora começou ...

Paulo Macedo, abriu o ano em visita ao Hospital de São Bernardo onde, no cumprimento do habitual roteiro de propaganda, aproveitou para publicitar, uma vez mais, a medida anunciada na AR em novembro último de conversão de dívida de dezanove hospitais EPE no valor de cerca de 425 milhões de euros. link
Quem pensar tratar-se de prenúncio de um ano de festa para os hospitais do SNS desiluda-se.
Efectivamente, o cenário em perspectiva mais se assemelha ao guião de um filme de terror de terceira ordem: Diminuição de financiamento (3,5%) , que obrigará a cortes profundos (mais cortes a eito) nos custos. Os recursos humanos, por exemplo,  terão de cair entre 5% e 9% nas unidades de melhor ou pior desempenho; Redução de défices para metade de acordo com as regras de contratualização 2014. link Tudo isto, segundo o MS, sem prejuízo do acesso e da qualidade dos cuidados. Num quadro de permanente adiamento (eufemismo de incapacidade) da verdadeira (necessária) reforma da rede hospitalar. 
Paulo Macedo prefere entregar, para já, hospitais da rede pública às Misericórdias (ajuste directo), e à gestão privada (Hospital de Todos os Santos) lá mais para diante. Entretanto, logo se verá.

Os habituais "brandos costumes": O projecto de destruição do nosso SNS lá vai andando. Em velocidade de cruzeiro. Segundo parece de acordo com os planos do ministro. Perante a complacência de uns e o receio de quebra de oportunidades e lugares de outros. Tudo na paz do senhor.

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