António Ferreira, "Best Leader Awards*, 2013
O "progressivo esvaziamento de autonomia", "a
completa ausência de meios efectivos de gestão" e o quadro geral de
"insustentabilidade" ajudam a explicar a demissão em bloco, dos 66
directores do hospital portuense
Quando se demitiram em bloco, quarta-feira à tarde, os 58 directores de serviços
clínicos e não clínicos e os responsáveis pelas oito unidades intermédias de
gestão do Centro Hospitalar de São João, actuaram de forma espontânea, sem
concertação prévia. Mas o sentimento de revolta contra "o estado das
coisas" já vinha a germinar há longo tempo e, em abril passado, os oito
presidentes dos conselhos directivos das unidades autónomas de gestão daquela
unidade de saúde entregaram uma carta ao presidente do conselho de
administração, António Ferreira, onde alertavam para o quadro de
"insustentabilidade" vivido
.….O Conselho Regional do
Norte da Ordem dos Médicos aplaude a "posição clara e unânime" de
58 directores de serviços do Centro Hospitalar de São João, que apresentaram a demissão. Em causa, equipamentos obsoletos, falta de material, asfixia
burocrática e subfinanciamento. E avisa: urge romper com a visão que centra a Saúde
nas finanças.
JP 21.06.14
É difícil acreditar que este golpe para entalar Paulo Macedo tenha ocorrido de
forma espontânea sem o dedo do presidente do CA. Como difícil
é de aceitar a posição do CRN da OE a reboque da iniciativa do Dr. António Ferreira.
A luta contra o centralismo cego do ministro da saúde, Paulo Macedo,
tem sido liderada, até aqui, de forma inteligente pela OM e sindicatos médicos. Em véspera
de importante greve seria útil que assim se mantivesse.
As jogadas do Dr António Ferreira dificilmente resultaram em benefício da classe e
defesa do SNS. Antes aproveitarão, essencialmente, ao presidente do CA do CHSJ que tem demonstrado mover-se de acordo com a sua agenda pessoal, gizada pela ambição de
chegar tão longe quanto possível.
Clara Gomes
Etiquetas: Paulo Macedo
1 Comments:
Exactamente!
Vamos ver qual será a conjugação de esforços e a concertação de posições, a nível nacional, em consonância com a posição tomada pelos directores das unidades intermédias no CHSJP.
Não está em causa a justeza da 'insurreição' dos 66 directores de serviço. Anda meio mundo, há mais de 2 anos, a denunciar a falta de condições e outros (não será propriamente um outro meio Mundo) a defender que os cortes não alteram a qualidade dos serviços prestados.
O que parece ser evidente é que muita gente joga na retranca (estão 'escaldados) e face às manobras de António Ferreira ninguém parece disposto a entregar os seus créditos em prol de uma Reforma do SNS, segundo a cartilha de António Ferreira.
Uma coisa é o serviço público de saúde universal, equitativo e acessível a todos os portugueses, outra será um 'SNS à Ferreira' (o que afugenta os contribuintes para esse peditório).
Como uma coisa será o barão de Forrester outra a D. Antónia (a'Ferreirinha')...
Apetece proclamar: Prof. António o senhor não é a D. Antónia!
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