O Bessa é Bessa !
Daniel Bessa desconfia da aposta no mar como solução para os
problemas de Portugal e considera que o investimento estrangeiro "não
resolve coisa nenhuma". A saúde e a velhice são "nicho" a
explorar.
Falando perante uma centena de jovens na Universidade de
Verão do PSD, Daniel Bessa, O antigo ministro da Economia do primeiro Governo
de António Guterres, hoje diretor-geral da Cotec Portugal, explicou que
Portugal tem de ter um "cenário B", que se escreve com as palavras
saúde e velhice.
É para esta "grande área da velhice e da doença"
que se deve apontar. "Acredito mais em atividades industriais ou serviços,
com um nível tecnológico suficiente para sobreviverem não à base do preço, mas
à base da diferenciação e da sofisticação que permite vender coisas de maior
qualidade por maior preço", disse, utilizando "nas empresas
nacionais".
Aqui entra o turismo de saúde para europeus. "Portugal
tem condições únicas para ser um prestador de serviços de complexidade moderada
na área da saúde e da doença a tudo o que é Europa e mercado europeu",
explicou.
Na sala de aula improvisada de um hotel de Castelo de Vide,
Daniel Bessa olhou em volta e comparou o local onde falava a um hospital.
"O que é um hospital? São camas - como um hotel. Tem uma cozinha, como um
hotel. Muito do que se passa num hospital é equivalente ao que se passa no
turismo", apontou. Com uma grande vantagem: "Ser o mais barato da
Europa na prestação destes serviços." Por comparação na saúde, Portugal
tem uma "mão de obra barata, com qualificação quanto baste".
Bessa afasta assim o cenário de apostar no mar. "O mar
não é um recurso, é um inerte", apontou. "O mar é um grande recurso
para quem é capaz de o usar."
……..
Temos na Saúde uma mão-de-obra com qualificação quanto
baste! Mas quanto baste para tratar o quê? E quem é que se vai tratar a um país
do quanto baste?
Pelo que se vai vendo, já todos nos apercebemos que temos
economistas e financeiros que souberam deixar o País arruinado quanto baste.
Alimentado nesta cultura, Daniel Bessa disse mais do que baste para perder a
pouca credibilidade que lhe possa restar.
Desprezando o mar e os seus recursos, o ex-ministro mostra
não ter capacidade par estar à frente de uma fundação que tem a inovação e a
cultura tecnológica como bases da iniciativa empresarial.
TavistoEtiquetas: bater no fundo
1 Comments:
O Prof. Bessa na sua 'brilhante' cantilena onde misturou saúde e mar bem poderia ter utilizado a expressão popular: 'para quem é bacalhau basta'!
Embora não ficássemos a saber o que come tinha a vantagem de se perceber o que nos quer dar a comer.
Com estes 'pândegos' não sairemos da cepa torta.
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