terça-feira, dezembro 30

Novos Medicamentos Hepatite C

Os aprendizes de feiticeiro
Carlos Gouveia Pinto, Economista da Saúde
Quando, em princípios da década de 80 do século passado, se começou a utilizar os conceitos económicos para analisar os problemas da saúde em Portugal as abordagens eram relativamente incipientes. Com efeito, sendo escasso o número de economistas dedicados à disciplina ou de pessoas formadas noutras áreas mas com especialização em Economia da Saúde, a maior parte dos textos eram descritivos, muito empíricos, passando-se rapidamente para os juízos normativos sem a preocupação de os fundamentar analiticamente.
Ora, nos últimos 30 anos a situação alterou-se substancialmente. Não só o número de economistas da saúde aumentou muito como a sua formação e o nível de profundidade das análises melhorou acentuadamente. Pode dizer-se, sem exagero, que hoje em dia uma quantidade apreciável de especialistas Portugueses ombreia com os dos países mais desenvolvidos em termos da qualidade dos textos que produzem. Assim, existe cada vez menos espaço para a intervenção de não especialistas, de autores sem formação em Economia. Dito de outra forma, nota-se muito mais quando alguém sem formação aprofundada em Economia da Saúde intervém no espaço público tratando temas desta área pois as asneiras tornam-se evidentes.
Vem isto a propósito de um artigo de António Ferreira publicado na edição do passado dia 10 de dezembro do Jornal de Notícias intitulado “Hepatite C e o meganegócio farmacêutico”. link.  Compreende-se a decisão do autor escrever sobre o tema pois tem actualidade e, sendo ele Presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. João, o encargo financeiro que os novos medicamentos para a doença trariam para o hospital seria muito significativo caso fosse dada luz verde para a sua utilização generalizada. O que não se compreende é que o faça sem se preparar devidamente emitindo juízos totalmente despropositados sobre os problemas que aborda.
Com efeito, o que é posto em causa, segundo o autor, é o preço elevado dos medicamentos e a sua justificação através de estudos de avaliação económica. Desconheço que haja algum estudo rigoroso que justifique os preços em causa, em particular que tenha sido publicado ou, pelo menos, analisado pelos pares. Mas a questão principal relaciona-se com o preço dos medicamentos e com o “meganegócio” das farmacêuticas e só secundariamente com os estudos de avaliação económica (que, diga-se de passagem, têm ajudado em muito o INFARMED a negociar preços mais baixos com os laboratórios).
Neste contexto, convém lembrar que todos os bens e serviços resultantes de investigação (dos sapatos com revestimentos especiais ao software passando pelas bebidas ou pelos produtos de beleza) têm o benefício de serem comercializados sob o regime de protecção da patente. Trata-se de um regime temporário que se baseia na atribuição do poder de monopólio ao produtor de forma a recuperar o investimento feito. Obviamente que, não tendo concorrência, a empresa detentora da patente pode fixar um preço muito mais elevado. Note-se que tal não quer dizer que pode estabelecer um preço qualquer pois há sempre o risco de não encontrar comprador ou, então, mesmo encontrando, que a receita apurada seja inferior à que obteria com um preço mais baixo se o aumento da quantidade procurada fosse superior à diminuição do preço. A lógica deste sistema é que, se não houvesse protecção da patente, não existiria qualquer incentivo à inovação, mesmo que a empresa não “maximizasse o lucro” pois os gestores teriam sempre que responder perante os seus accionistas.
Uma boa ilustração deste fenómeno é o que se passa justamente neste caso em que o preço pedido em Portugal é muito superior ao que foi acordado com o Egipto. No nosso caso o mercado é pequeno enquanto o do Egipto é grande. Assim, não interessa à empresa baixar o preço do medicamento em Portugal porque o ganho em termos de quantidade vendida é baixo enquanto o contrário se passa no Egipto. Qualquer estudante do primeiro ano do curso de Economia percebe isto. Não tem nada a ver com moralidade mas sim com o funcionamento do mercado.
Existem alternativas? Sim, existem. Uma vez que não é possível obrigar as empresas a baixar os preços, uma forma de influenciar o seu comportamento é fazer a avaliação económica rigorosa do medicamento. Neste caso, comparam-se os custos e as consequências das alternativas terapêuticas utilizadas com o mesmo fim (neste caso, o tratamento da hepatite C) e, tendo em conta o valor terapêutico acrescentado dos novos medicamentos, vê-se se os custos adicionais incorridos são compensados pelos benefícios incrementais obtidos (é isto o “value for money”). A ameaça que o organismo regulador faz é que, se isto não se verificar, os medicamentos não serão financiados. Este exercício é adequado quando quer os custos quer os benefícios são desconhecidos (ou mal conhecidos) para o decisor (neste caso o SNS). Como se compreende facilmente, esta situação está nos antípodas da do leite para bebé.
O problema com esta abordagem é que a ameaça é de difícil execução dada a pressão dos doentes, dos profissionais e das empresas. Geralmente, estes interesses confundem-se e formam uma aliança poderosa. O caso mais paradigmático é o do AZT. Se tivesse sido sujeito a avaliação económica quando começou a ser utilizado no tratamento da SIDA não teria sido certamente aprovado. No entanto, duvido que algum governo se atrevesse a negar o seu financiamento dado que era considerado, na altura, o único fármaco com alguma possibilidade de controlar a doença.
A outra alternativa para lidar com o problema (que pode ser complementar à anterior) é jogar com a própria lógica de funcionamento do mercado. Consiste em ampliar a sua dimensão através da associação com outros países negociando um preço comum. No entanto, subsistem barreiras importantes à eficácia desta actuação. Desde logo os países têm sensibilidade diferente relativamente à importância da indústria farmacêutica começando pelo facto de alguns deles serem produtores (com empresas nacionais ou com filiais neles sediadas) e, portanto, mais sensíveis às ameaças de deslocalização do que os países que são exclusivamente consumidores. Acresce que os países produtores são também mais ricos e, portanto, estão dispostos a pagar um preço mais elevado.
Encontrar um ponto de equilíbrio entre os diversos factores de pressão é uma arte exigente da política. Dela não faz parte certamente insultar tudo e todos sobretudo quando se mostra ter um domínio tão fraco da matéria. Continuando por este caminho o aprendiz de feiticeiro faz arder o laboratório.

Carlos Gouveia Pinto

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6 Comments:

Blogger e-pá! said...

Para além dos ‘factores de mercado’, bem explicitados no post, deverá ser introduzido um outro de importância incontornável. Trata-se do ‘acesso aos medicamentos’ (no sector público da saúde).
Este (a acessibilidade) é um dos indicadores fundamentais – segundo critérios do OMS – para avaliar a garantia dos direitos à saúde.
Como vai sendo cada vez mais visível as dificuldades neste acesso – mais 'desigual' para as classes sociais mais desfavorecidas, com menor educação sanitária, nos idosos, nos portadores de doenças crónicas, etc. – atinge números elevados (50% ?) link que não podem deixar de questionar um outro vector essencial à equidade dos serviços públicos: a universalidade.
A associação de défices de acessibilidade com eventuais perturbações na universalidade com base me parâmetros de natureza económica e social poderá comprometer, irremediavelmente, a equidade dos sistemas públicos de saúde.
Isto é, parece perfeitamente perceptível que a subutilização de medicamentos adequados e protocolizados é correlacionável com o ‘estatuto socioeconómico’ dos utentes, o que os torna totalmente dependentes da alternativa pública para aceder aos medicamentos necessários.

Interessaria, por outro lado, e entrando no terrenos dos custos, conhecer estudos credíveis sobre despesas adicionais, p. exº., no caso vertente da medicação para a hepatite C, correlacionáveis com soluções ‘à posteriori’ (transplantes hepáticos, cirurgias oncológicas pesadas e complexas), consequência dos conhecidos maus prognósticos da evolução ‘natural’ da doença (insuficiências e neoplasias hepáticas).

Sem defender a desregulação do mercado dos medicamentos (deixo essa tarefa para os defensores do mercado ‘livre’) e sem deixar de partilhar o incómodo financeiro pelo elevado preço dos fármacos inovadores (todos somos, ou deveríamos ser, contribuintes!), julgo que paira sobre todas estas questões um ‘espectro eutanásico’ de fundamentação economicista ou indo mais longa verificamos a irrupção de critérios selectivos na acessibilidade baseados em puritanismos sociais (essencialmente comportamentais), com oculta base financeira e/ou religiosa.
Não me admiraria se indivíduos com hábitos alcoólicos excessivos (dado que uma das complicações frequentes é a cirrose hepática) e que constituem uma parcela não negligenciável de portugueses (750.000?), fossem liminarmente excluídos dos programas de tratamentos (interferão alfa peguilado, ribavirina ou o ‘inovador’ sofosbuvir) que a evidência científica mostrou serem eficientes no cambate à doença.
A selecção de 1000 doentes (prevista para 2015) com hepatite C para serem incluídos no tratamento inovador, triados de um universo estimado de 13.000, é uma tarefa melindrosa que a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica do Infarmed tem em mãos e donde se espera uma gestão científica, rigorosa, equilibrada e humanitária de posições eventualmente em conflito, que atrás referenciamos (acessibilidade e universalidade).

12:30 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Sobre esta matéria o Pedro Dantas escreve o seguinte:
Nem de propósito, depois de três textos sobre o livro de António Ferreira, surge um artigo no Jornal de Notícias, aqui, no seguimento de outras declarações recentes duras, e que de caminho trazem um exemplo de avaliação económica extrema, para caricaturar a utilização desse instrumento, o leite em pó que salva a vida de recém-nascidos.
Passando além do estilo, próprio para captar a atenção, e a verdade é que captou na medida em que de várias pessoas recebi mensagens sobre o artigo, há que olhar para os vários aspectos em que toca.
Primeiro, embora não dito dessa forma, há a diferença entre preço e valor, neste caso de um medicamento. Os dois conceitos não são a mesma coisa. Tomando uma qualquer transacção em abstracto, esta gera valor sempre que a valorização ganhar por quem adquire o produto ou serviço é maior que a valorização de quem cede (ou produz) o bem ou serviço. Isto é verdade para medicamentos como é verdade para uma “bica” ao balcão ou um jantar, sempre que a transacção for voluntária.
O preço tem o papel de dividir este valor entre os dois lados da transacção. Se o preço for mais próximo do valor atribuído de quem recebe o bem ou serviço, quem cede fica com quase todo o valor. Se, de forma oposta, o preço for mais próximo do valor atribuído de quem vende o bem ou serviço, é comprador (beneficiário do serviço) que fica com a maior parte do valor.
Assim, em qualquer transacção, há estes dois elementos: qual o valor gerado, qual a forma como esse valor é dividido entre as partes.
Normalmente, numa grande parte dos produtos e serviços, são as decisões voluntárias que determinam a existência de transacções, e a forma como esse valor se distribui. Quando quem vende (ou presta o serviço) possui o que se denomina poder de mercado, tende a estabelecer preços elevados, e mesmo que passem a haver transações com valor criado positivo que deixam ser realizadas, como a transferência de valor compensa à empresa, tem-se uma perda social de valor. Há, normalmente, maior valor social total quando os preços se aproximam dos custos de produção (em rigor, quando se aproximam do custo adicional da última unidade produzida do bem ou serviço), e, também normalmente, a existência de pressão concorrencial é uma forma de com pouca informação sobre as estruturas de custos de quem produz o bem ou serviço e de forma descentralizada alcançar essa situação.
Chegado aqui o leitor começa-se a perguntar o que tem isto a ver com o artigo de António Ferreira, e com os preços do medicamento para a Hepatite C.
O primeiro ponto é simples. Os novos medicamentos para a Hepatite C são (a crer no que é dito pela classe médica) são uma inovação importante, permitindo taxas de cura de um problema que não existiam antes e que tinham muitos mais efeitos secundários adversos. Ou seja, é uma nova opção terapêutica que cria valor social.
Para este aspecto, a avaliação económica do medicamento, com uma perspectiva de valor social gerado, tem a utilidade de vir dizer que este novo medicamento traz algo de novo e com valor elevado. A avaliação económica do medicamento, a análise custo-efectividade, é um instrumento útil para determinar o valor. Note-se que se dissesse que o medicamento não trazia valor social, não haveria discussão sobre a sua utilização.
....cont.

1:44 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Até aqui tudo bem, e não creio que tenha sido disputado o valor gerado.
O passo seguinte é a determinação do preço. E é aqui que os problemas surgem. Idealmente, na ausência de outras considerações, o melhor preço seria determinado pelos custos de produção. Contudo, um preço que fosse igual ao custo de produção não consegue pagar os custos de desenvolvimento do produto, que inclui também as tentativas falhadas de inovação. Aceita-se assim um mecanismo que permite à empresa que tem uma inovação recuperar esses custos – é a protecção de patente, atribuída de forma genérica para todos os sectores com uma certa duração temporal. A existência de patente impede concorrência muito directa (impede que outros produzam o mesmo produto) embora não impeça toda a concorrência (outros medicamentos que tenham o mesmo fim terapêutico podem, e estão no caso da Hepatite C, presentes no mercado). Quanto mais diferenciado for o produto, menos essa pressão adicional se faz sentir.
Em qualquer caso, para medicamentos que são salvadores de vidas, deixar à livre decisão das empresas o preço praticado é susceptível de gerar preços elevados, pois à situação de protecção de patente junta-se a pressão dos doentes para serem tratados, qualquer que seja o custo (embora na verdade cada vez mais o cidadão sente que a despesa pública, num sistema como o Serviço Nacional de Saúde, também é paga por ele, mas ainda não é uma sensibilidade muito forte).
É aqui que neste momento se joga a discussão dos medicamentos para a hepatite C. Não havendo livre funcionamento do mercado para a determinação do preço, têm que ser encontrados outros mecanismos. E para isso existem diversas alternativas – a primeira é desde logo procurar o preço mais baixo que vigore internacionalmente. Mas a utilização desta regra leva a que as empresas farmacêuticas em geral tenham interesse em estabelecer acordos que levem a que o preço efectivo seja diferente do preço publicamente conhecido, como forma de evitar que um preço mais baixo num mercado seja usado como referência noutro mercado.
Para a solução de negociação, que acaba então por ser utilizada, a questão central é qual a âncora usada – e é aqui que entra novamente em campo a avaliação económica como forma de determinar o valor. A implicação que se procura retirar é que o preço deve reflectir o valor do medicamento. Porém esta afirmação aparentemente simples e aparentemente razoável tem a implicação de fazer com que o preço tenda a transferir o valor gerado, ou seja, é um preço muito diferente do que surgiria num mercado concorrencial, em que o preço tende a aproximar o custo de produção (em que o preço tende a aproximar o valor mínimo que o produtor está disposto a aceitar e não o preço máximo que beneficiário está disposto a pagar).
Ou seja, utilizar os estudos de custo-efectividade para justificar preços alinhados pelo valor gerado tem como consequência preços elevados quando o benefício é elevado.
E como o preço é elevado então haverá menos casos tratados do que se o preço fosse próximo do custo de produção. A indignação (?) de António Ferreira deverá ser dirigida contra a decisão de usar os estudos de avaliação económica para este fim, determinação de preços, e não para o seu papel de determinação do valor gerado.
...cont.

1:45 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

...
O segundo aspecto relacionado com a fixação de preço é a utilização de mecanismos de “pay for performance”. Ou seja, em vez de pagar sempre o medicamento, é apenas pago o preço quando o tratamento dá resultado. Este é um sentido de “pay for performance” também conhecido como “risk sharing” (embora também seja um mau nome porque o que faz é transferir risco, não partilhar, mas isso será outra discussão). A lógica de pagar apenas quando funciona, apesar de atractiva, não é ela própria tão adequada como parece. Em particular, pode levar a que possam ser tratados casos em que apesar de se esperar que o medicamento não tenha resultados, se essa decisão for tomada de forma totalmente independente pelo pagador, o que é apenas custo desnecessário. Claro que há um “pay for performance” noutros contextos que é mais interessante – se conseguir produzir ou prestar um mesmo tratamento com igual resultado e menor custo, então essa poupança é partilhada entre as partes. Mas não desse aspecto que se está aqui a tratar.
Dito isto, o que é desejável que suceda? em primeiro lugar, se o medicamento tem valor social, então deverá conseguir-se encontrar um acordo razoável para ambas as partes; e quanto mais depressa melhor. Em segundo lugar, o referencial para estabelecer o preço não pode ser o valor máximo que a sociedade esteja disposta a pagar. Terceiro elemento desejável, de uma forma genérica, o preço pago deve remunerar o custo do processo de inovação, embora aqui Portugal esteja numa posição ligeiramente mais confortável – o que quer se que se passe aqui não afectará as decisões de inovação das companhias farmacêuticas (a repartição mundial do custo da inovação é também ela uma outra discussão – por exemplo, se houvesse coordenação internacional, uma vez que o lucro consolidado da empresa cubra os custos de investimentos acrescidos de uma remuneração de 4 ou 5%, então a patente cai). Quarto, o preço que seja praticado provavelmente terá que possuir um elemento de desconto “secreto” para que um preço baixo não seja usado como referencial para outros países de maior importância e que tenham estabelecidos preços mais elevados (é uma espécie de condição de participação para as empresas farmacêuticas).
Claro que uma regulação agressiva do preço deveria simplesmente determinar o custo de produção do medicamento, adicionar uma margem ou melhor fazer um pagamento fixo extraordinário à empresa, e aproximar o preço desse custo de produção.
A indignação de António Ferreira se dirigida contra preços que reflectem exercício de poder de mercado é perfeitamente justificada, mas a culpa não está na dita avaliação económica como instrumento, e sim na forma de determinação do preço. Nos Estados Unidos, onde a tradição é de ter preços livremente determinados, mas com acção das autoridades de defesa da concorrência em geral, surgiu a notícia de uma queixa contra uma das empresas que tem medicamento para a hepatite C, ver aqui, precisamente por causa do preço elevado.
Até aqui não houve qualquer referência à questão de onde surgem os fundos para fazer estes pagamentos. E é claro que essa questão terá que ser colocada, mas apenas depois de estabelecido o mecanismo de determinação do preço, pois este não pode ser pensado em termos de quanto é o orçamento permite. Há duas razões para isso: por um lado, esgotar o orçamento se houver folga não é propriamente boa ideia. Por outro lado, se perante preços que reflictam o custo “adequado” se excede o orçamento, então deverá reduzir-se a despesa noutro qualquer ponto do Serviço Nacional de Saúde (ou eventualmente mesmo fora do
... cont.

1:47 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Serviço Nacional de Saúde, olhando para toda a esfera pública). E nesse caso, a lógica de custo – efectividade volta a ser útil numa comparação entre utilizações alternativas de fundos disponíveis.
Estabelecido este ponto, há, num ponto de vista global, o aspecto de incentivo ao desenvolvimento da inovação, quanto se deve pagar por essa inovação, quando, e qual o aproveitamento de investimento público em conhecimento que é apropriado depois de forma privada por parte da indústria, num conjunto de problemas que não é apenas específico da indústria farmacêutica, mas sendo neste especialmente sentido.
Ficou um texto longo, talvez demasiado longo, mas o problema não é simples, e soluções aparentemente simples e apelativas na sua formulação podem ter consequências inesperadas e não desejadas.
PPB, o Dantas

1:48 da tarde  
Anonymous João Paulo said...

Achei a resposta do Prof. Pedro Pita Barros mais esclarecedora:
http://momentoseconomicos.wordpress.com/2014/12/11/hepatite-c-e-o-meganegocio-farmaceutico-por-antonio-ferreira/

7:30 da tarde  

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