sábado, abril 18

Paulo Macedo, cortes cegos

Jornal Médico | Defendeu recentemente que não é possível manter um SNS de qualidade e ao mesmo tempo manter o actual ministro. Está realmente convencido de que assim é?
Miguel Guimarães | O ministro da Saúde, ao abrigo do mito da sustentabilidade do SNS e à boleia do memorando de entendimento imposto pela troika, definiu como prioridade para o seu mandato a redução drástica do orçamento do Estado para a Saúde, o que conduziu a um incompreensível desinvestimento baseado em cortes “cegos” e com menosprezo inaceitável pela qualidade e humanização dos cuidados de Saúde. A sua preocupação centrou-se essencialmente nos números e nos indicadores de gestão e não nas pessoas e na qualidade. E esta situação foi integralmente assimilada por muitos dos seus colaboradores a diversos níveis. Esta é a política de Saúde do ministro Paulo Macedo. Esta é a sua missão no Ministério da Saúde. Esta é a sua imagem de marca. De resto, todos os estudos que têm sido publicados e apresentados nos últimos anos apontam para uma deterioração preocupante da qualidade do SNS. Por isso não acredito numa mudança estratégica na política de Saúde, centrada nas pessoas e na qualidade, sob a liderança do actual ministro.
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