Paulo Macedo, cortes cegos
Jornal Médico | Defendeu recentemente que não é possível
manter um SNS de qualidade e ao mesmo tempo manter o actual ministro. Está
realmente convencido de que assim é?
Miguel Guimarães | O ministro da Saúde, ao abrigo do mito da
sustentabilidade do SNS e à boleia do memorando de entendimento imposto pela
troika, definiu como prioridade para o seu mandato a redução drástica do
orçamento do Estado para a Saúde, o que conduziu a um incompreensível
desinvestimento baseado em cortes “cegos” e com menosprezo inaceitável pela
qualidade e humanização dos cuidados de Saúde. A sua preocupação centrou-se
essencialmente nos números e nos indicadores de gestão e não nas pessoas e na qualidade.
E esta situação foi integralmente assimilada por muitos dos seus colaboradores
a diversos níveis. Esta é a política de Saúde do ministro Paulo Macedo. Esta é
a sua missão no Ministério da Saúde. Esta é a sua imagem de marca. De resto,
todos os estudos que têm sido publicados e apresentados nos últimos anos
apontam para uma deterioração preocupante da qualidade do SNS. Por isso não
acredito numa mudança estratégica na política de Saúde, centrada nas pessoas e
na qualidade, sob a liderança do actual ministro.
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Etiquetas: Crise e politica de saúde, Paulo Macedo
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