quinta-feira, junho 18

Relatório Primavera 2015

As comissões da qualidade e segurança são obrigatórias, mas apenas seis hospitais, das 23 unidades que responderam aos questionários enviados pelo Observatório, identificaram a sua existência, refere o Relatório de Primavera 2015.link Foram mandados para 50 unidades. O relatório deste ano dedica um capítulo às questões da segurança do doente. E refere que os procedimentos de controlo de infecção foram referidos somente por cinco hospitais, “o que denota que as práticas seguras não estão a ser executadas pelos hospitais” do SNS. Embora os doentes devam ser informados sobre os riscos das intervenções médicas, antes de assinarem os consentimentos informados, o relatório conclui que estes “continuam a expressar um puro acto ‘burocrático’ de recolha de assinatura, maioritariamente sob responsabilidade médica, sem os esclarecimentos devidos sobre a natureza da intervenção, consequências e riscos, o que parece significar que continua a ser gerido pelas organizações hospitalares não como um procedimento central da segurança do doente, mas como um mero acto administrativo.”
Perante as respostas dos hospitais, os autores do estudo notam que estas “indiciam que as questões inerentes à segurança do doente são geridas como procedimentos exigíveis externa e/ou internamente, e não como uma verdadeira cultura de segurança do doente.
Segundo o Eurobarómetro de 2014, os portugueses consideram provável que os doentes sejam lesados nos cuidados hospitalares (75% consideram provável e apenas 21% consideram improvável; 4% desconhecem), o que, dizem os autores, revela a fraca confiança dos portugueses na qualidade dos cuidados

JP 16.06.15

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