Relatório Primavera 2015
As comissões da qualidade
e segurança são obrigatórias, mas apenas seis hospitais, das 23 unidades que
responderam aos questionários enviados pelo Observatório, identificaram a sua
existência, refere o Relatório de Primavera 2015.link Foram mandados para 50 unidades.
O relatório deste ano dedica um capítulo às questões da segurança do doente. E
refere que os procedimentos de controlo de infecção foram referidos somente por
cinco hospitais, “o que denota que as práticas seguras não estão a ser executadas
pelos hospitais” do SNS. Embora os doentes devam ser informados sobre os riscos
das intervenções médicas, antes de assinarem os consentimentos informados, o
relatório conclui que estes “continuam a expressar um puro acto ‘burocrático’
de recolha de assinatura, maioritariamente sob responsabilidade médica, sem os
esclarecimentos devidos sobre a natureza da intervenção, consequências e
riscos, o que parece significar que continua a ser gerido pelas organizações
hospitalares não como um procedimento central da segurança do doente, mas como
um mero acto administrativo.”
Perante as respostas dos
hospitais, os autores do estudo notam que estas “indiciam que as questões
inerentes à segurança do doente são geridas como procedimentos exigíveis
externa e/ou internamente, e não como uma verdadeira cultura de segurança do
doente.
Segundo o Eurobarómetro
de 2014, os portugueses consideram provável que os doentes sejam lesados nos
cuidados hospitalares (75% consideram provável e apenas 21% consideram
improvável; 4% desconhecem), o que, dizem os autores, revela a fraca confiança
dos portugueses na qualidade dos cuidados
JP 16.06.15
Etiquetas: OPSS
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