USF, modelo a investir
Um dos pontos da primeira versão do Memorando
de Entendimento, assinado pelo anterior executivo com as instituições
internacionais, passava pelo desenvolvimento da reforma dos CSP, nomeadamente
com a aposta no modelo unidade de saúde familiar (USF), como forma de fazer
o Serviço Nacional de Saúde poupar dinheiro.
Todavia, «temos uma reforma a meio» que nem viu crescer significativamente o
número de USF criadas, nem completou o quadro administrativo que lhe está
consagrado desde que foi pensada.
Apesar de reconhecer ser necessário fazer uma revisão de alguns pontos do
modelo USF, Francisco Ramos considera que esse é o modelo onde se deve
investir.
Afinal, são estas unidades que conseguem aproximar mais os objetivos dos
profissionais aos objetivos dos dirigentes e do sistema de saúde, assim como
aos objetivos dos utentes.
Na perspetiva de
Francisco Ramos não é possível aumentar uma componente do sistema sem reduzir a
outra e nessa medida «é mesmo indispensável» reduzir a oferta hospitalar para
cumprir aquele que deve ser o desígnio de qualquer sistema de saúde que é ter
os CSP como porta de entrada do sistema
Outra questão que pode
comprometer as contas do SNS é a organização dos cuidados e a interligação
entre os CSP, os hospitais e os cuidados continuados.
Francisco Ramos
defendeu o desenvolvimento de «toda a componente dos Aces», nomeadamente das
unidades funcionais que os devem constituir, e também sugeriu a inclusão de
algumas «ferramentas indispensáveis» à relação entre o cidadão e o sistema nos
agrupamentos.
Nomeadamente alguns
meios de diagnóstico que podem ser integrados nas unidades de recursos
assistenciais partilhados (URAP) de forma a facilitar o percurso do utente
dentro do sistema de saúde, evitar as idas à urgência e o transtorno de
procurar um sítio para a realização de exames, e assim melhorar a «satisfação
do cidadão».
Tempo Medicina 02
06.15
Etiquetas: CSP
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home