1.ª semana do estado de graça

Todos manifestaram apreço pela nomeação de Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde do XXI Governo Constitucional. link 

Todos menos Mário Jorge Neves, vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM, que reagiu com alguma apreensão à indigitação de Adalberto Campos Fernandes para o cargo de ministro da Saúde, declarando tratar-se de “uma escolha muito infeliz”. link 

FNAM à parte, todos gostaram, dizia, da nomeação. 

José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos demonstrou mesmo entusiasmo ao manifestar toda a disponibilidade para colaborar com a nova equipa da Saúde na missão muito difícil que irá enfrentar. 

Também o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, considerou Adalberto Campos Fernandes "uma pessoa muito competente" e com "profundo conhecimento dos assuntos" do sector link 

A USF-AN deu conta da sua expectativa favorável ao desempenho do novo ministro. link 

Marta Temido, presidente da APAH, também quis juntar-se à foto: «“Acho que durante os últimos tempos fez propostas relativamente ao que faria de outra maneira se fosse ministro”. O novo ministro “assumiu o que noutros países se designa de ministro sombra, agora está na altura de pôr em prática. As expectativas são grandes, temos um ministro para responder a essas expectativas” ainda que os desafios sejam vários: lidar com o contexto de “insustentabilidade financeira”, “restabelecer o diálogo com alguns setores onde estava desgastado”, “reforçar os cuidados de saúde primários”. Vai ter um período de graça, mas terá de mostrar que há capacidade de fazer diferente”.» 

ACF, depois de entrada de rompante, silenciou-se. No recato estudo dos inúmeros dossiers a que tem de dar volta. 

Depois das intervenções da semana passada no Porto e dos primeiros títulos dos órgãos de comunicação, assaltou-nos a hipótese de estarmos perante nova versão do ministro Correia de Campos, sempre pronto a disparar discurso para as câmeras. 

Decorrida a primeira semana, a hipótese desvaneceu-se inconsistente. ACF, sounds bites à parte, fará questão de marcar o seu próprio estilo mais à defensiva com a comunicação social. 

Seja. Com ou sem nota artística o que interessa é marcar.