Avaliação dos BOC

«Em síntese e em tese, ultrapassando questões sobre a qualidade dos dados que necessariamente terão de ser aferidas, a capacidade instalada em salas de BO nos hospitais do SNS, no pressuposto de terem um funcionamento padrão (2880 horas por ano) considerando que uma taxa de utilização de 80% é a adequada (importa ter flexibilidade para absorver flutuações diárias e sazonais) considerando uma ocupação média de 2 horas por cirurgia padrão (25% inferior a serviços de alta rentabilidade considerados standard) seria possível intervencionar 1152 episódios padrão por sala o que nas 508 (569) salas do país significa que seria possível efetuar 585.216 (655.488) cirurgias padrão 22,8% a mais do que o que foi efetivamente realizado em 2012 (108.749 episódios padrão a mais do que os realizados nas 48 entidades). 

Também o número de cirurgiões no seu todo não é limitante, assim no pressuposto duma utilização padrão (462 horas por cirurgião padrão/ano) desta capacidade instalada as 2.176.794 horas de cirurgiões disponíveis no BO permitiria a intervenção em 544.199 cirurgias padrão (considerando uma rentabilidade sub-ótima de 1 cirurgia padrão por cada 4h de cirurgião padrão). Com estes pressupostos a capacidade instalada de cirurgiões permitiria a produção de mais 67.732 episódios cirúrgicos. 

O número de anestesiologistas no seu todo, para uma rentabilidade sub-ótima seria limitante, assim no pressuposto duma utilização padrão (770 horas por anestesiologista padrão/ano) desta capacidade instalada as 892.843 horas de anestesiologistas disponíveis permitiria a intervenção em 446.421 cirurgias padrão (1 cirurgia padrão por cada 2 horas de anestesiologista padrão), ficando em falta 30.045 episódios (esta questão seria contornável quer passando a considerar o tempo médio de disponibilidade de 60% ou para utilizações com alta taxa de rentabilidade das salas de BO (1,5 horas por cirurgia padrão).» 

 Avaliação da situação nacional dos Blocos Operatórios link