Mãos à obra
Urgências privadas procuradas por mais utentes do público.
Existência de mais pessoas com seguros, maior poder de compra e tempos elevados de espera no SNS levam mais ao setor privado.
As urgências dos hospitais privados estão a receber mais doentes que vêm de unidades do Serviço Nacional de Saúde. Esta é uma das explicações que os grupos privados dão para o aumento que chega a 15% na procura em relação ao ano passado na região de Lisboa, numa altura em que o gripe ainda está longe de atingir o pico e os valores do ano passado.
No Hospital da Luz, do Grupo Luz Saúde, por exemplo, fonte oficial do grupo aponta um "crescimento de 10% a 15% nas urgências neste período, em relação a 2015." Com uma média de 400 atendimentos por dia, conta já com mais cem casos do que o habitual. E teve um pico de 450 na segunda-feira, o dia em que os hospitais públicos tiveram um recorde de procura.
Tal com o o DN noticiou, houve hospitais públicos que registaram tempos de espera acima das 12 horas, como aconteceu em Évora. Em Lisboa, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e o Amadora-Sintra tiveram de enviar doentes para o Hospital de Santa Maria, que chegou a ter 603 doentes e um tempo de espera que atingiu as 10 horas.
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Artur Osório, presidente do Associação Portuguesa da Hospitalização Privada, diz mesmo que "há mais pessoas dispostas a pagar para ir à urgência, mesmo sem ter seguros", acrescenta. As urgências privadas estão a registar um crescimento de 30% a 40% em relação ao que é habitual e em relação ao ano anterior no caso de Lisboa".
Na sua opinião, "há uma crise de confiança no sistema de saúde, como aliás referiu o ministro Adalberto Campos Fernandes. E isso faz com que apareçam mais doentes no privado. O caso de São José, por exemplo, abalou a opinião pública. Mas eu creio que esta perceção negativa não é totalmente justa".
Mas esta não será a única explicação para o crescimento do setor, que se regista há vários anos, mesmo em consultas e cirurgias. "Há mais seguros de saúde e as pessoas já têm maior poder de compra. As próprias empresas oferecem-nos aos seus trabalhadores". Os preços também são mais apelativos e as taxas moderadoras no público também terão afastado algumas pessoas nos últimos anos.
DN 09/01/2016 link
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Esta é a herança que Paulo Macedo deixa a ACF.
Esta é a herança que Paulo Macedo deixa a ACF.
Sob o pretexto da crise, retirou-se ao SNS meios financeiros (menos 1,5 mil milhões de euros) ao mesmo tempo que se favorecia o sector privado/social, cumprindo-se a agenda ideológica de PSD/CDS para a Saúde: quem a quiser ter que a pague.
E este estado de coisas tem de ser revertido, ACF e a sua equipe têm de meter rapidamente mãos à obra para voltar a pôr o SNS nos carris. As medidas políticas têm de ser céleres e inequívocas. As chagas do SNS têm de ser reparadas, é preciso afastar o cheiro a carne podre que tanto agrada aos abutres.
Tavisto
Nota: Os hospitais públicos reduziram o número de camas 25.230 (2012) para 24.569 (2013), enquanto os hospitais privados aumentaram o número de camas 10.029 (2012) para 10.474 camas (2013). Estatisticas da Saúde link ; DE, um dia nas Urgências link
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1 Comments:
O avizinhar do período de maior incidência de gripe e a grande afluência de doentes às urgências hospitalares, originando uma grande pressão sobre os serviços, longas horas de espera e protestos dos utilizadores, motivou o envio de uma carta da Direcção-Geral da Saúde ao Patriarcado de Lisboa.
As autoridades pediram à Igreja para colaborar com o Ministério da Saúde no sentido de evitar as chamadas falsas urgências. O Patriarcado confirma o envio do apelo, durante o último fim-de-semana, a todas as paróquias da região de Lisboa.
Os párocos têm estado, por isso, a veicular, durante as missas, a informação transmitida pela Direcção-Geral da Saúde para que os fiéis não recorram às urgências hospitalares sem motivo válido.
Até ao momento não foi possível obter informação da Direcção-Geral da Saúde sobre se o pedido de colaboração dirigido à Igreja abrangeu outras partes do território nacional ou se ficou confinado à região de Lisboa.
DN 07.01.16
Nos cuidados de saúde não há milagres: Aqui está uma boa iniciativa. Colaboração do poder espiritual nas coisas terrenas.
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