sábado, dezembro 19

A Geringonça moves

“O governo quer recolocar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no seu patamar de diferenciação e de pólo integrador e aglutinador da coesão social”. (ACF em visita ao CHUC (18.12.15) . 
Enquanto ACF trata da política, o secretario de estado adjunto da saúde, Fernando Araújo, lança as grandes linhas de reforma do SNS. Que urge modernizar e direcionar, novamente, para as pessoas. link 
Para os três níveis de cuidados (três pilares estratégicos), Fernando Araújo nomeou três coordenadores: CSP, Henrique Manuel da Silva Botelho ; CH, António Ferreira e CCI, Manuel José Lopes.
A equipa dos CH, além do coordenador, António Ferreira, contará com António Dias Alves e Carlos Alberto Vaz (administradores hospitalares), João Manuel Oliveira (médico, diretor clinico do IPO Lisboa), José Pedro Almeida (engenheiro biomédico), Paulo Carinha (farmacêutico) e Rui Abreu Silva (sociólogo).
Os ojectivos traçados para esta equipa de trabalho são ambiciosos: 
 Alteração do modelo de funcionamento do sistema das urgências/emergências (criação de equipas fixas);
Ambulatorização dos cuidados, nomeadamente o Aumento da cirurgia de ambulatório (Grandes hospitais a taxa é de 69,9%, abaixo dos 73,9% do grupo de hospitais médios e grandes); 
Organização interna e modelo de gestão hospitalar, tendo como exemplo as Unidades Autónomas de Gestão (UAG), apostando na autonomia e na responsabilização da gestão e na aplicação de incentivos ligados ao desempenho; 
Avaliação externa das experiências hospitalares existentes em regime de parceria público-privada (PPP) e dos protocolos com o sector social, no sentido de habilitar tecnicamente a decisão política em função da defesa do interesse público; 
 Sistema Integrado de Gestão do Acesso, que facilite o acesso e a liberdade de escolha dos utentes no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente no que diz respeito a áreas onde a espera ainda é significativa, criando e estimulando um mercado interno no Serviço Nacional de Saúde; 
Registo de Saúde Eletrónico, enquanto instrumento indispensável à gestão do acesso com eficiência, equidade e qualidade; 
Valorização do papel das farmácias comunitárias enquanto agentes de prestação de cuidados, apostando no desenvolvimento de medidas de apoio à utilização racional do medicamento e aproveitando os seus serviços, em articulação com as unidades do SNS, para nelas ensaiar a delegação parcial da administração de terapêutica oral em oncologia e doenças transmissíveis; 
Melhor planeamento dos recursos humanos hospitalares, bem como incentivos à mobilidade dos profissionais, dentro do Serviço Nacional de Saúde; 
Analisar a estratégia de contratualização e financiamento hospitalar, propondo alterações que promovam uma orientação eficiente dos recursos às necessidades. 
Limpinho. Aí temos bem definidas as políticas. Objectivos e grupos de trabalho promotores da reforma do SNS. Longe vão os tempos do “encanar a perna à râ” de Paulo Macedo. 
Aguardo com especial expectativa o resultado da "avaliação externa das experiências hospitalares existentes em regime de parceria público-privada (PPP)". A "Auditoria à Execução do Contrato de Gestão do Hospital de Loures“, apesar do que lá se escreveu, não me deixou descansado link 
Drfeelgood

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1 Comments:

Blogger Tavisto said...

Eppur si muove (parafraseando Galileu), para desespero de céticos e descrentes.

10:00 da manhã  

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