Mercado Interno Competitivo
... O que vão
fazer para diminuir os tempos de espera?
No dia 1 de Fevereiro deve ser apresentado o novo portal do SNS, com dados clínicos (como tempos de espera) e dados económicos.
O médico de família, quando for marcar consulta, poderá ver com o doente se tem uma consulta de dermatologia daqui a um mês numa instituição hospitalar, ou daqui a três meses noutra, de forma a escolherem a que sirva melhor o interesse do utente.
Querem, portanto, transpor para o SNS a ideia de que o doente é um cliente e a ideia da liberdade de escolha?
Sim, temos de aproveitar a capacidade do SNS. A nossa diferença [em relação ao Governo anterior] é que queremos liberdade de escolha mas dentro do SNS, enquanto antes se pretendia privilegiar os sectores privado e social. A nossa estratégia poderá levar a que uma parte do dinheiro gasto actualmente com convencionados, e esta despesa andará no total por volta dos 800 milhões de euros, fique no SNS.
Todas estas ideias implicam um aumento da despesa. Como está o défi ce e a dívida do SNS?
Isso será anunciado na próxima semana.
Correia de Campos chegou a dizer que a dívida deverá ascender a 1,5 mil milhões de euros.
O que posso dizer é que os números não mostram o “milagre” de que falava o anterior Governo. O défice da saúde é muito superior ao divulgado, disparou. A estabilidade económica propalada não corresponde à realidade.
Fernando Araújo, JP 23.01.2016 link
Deixo aqui uma pequena parte da esclarecedora e clarividente entrevista de Fernando Araújo ao JP. Faço-o para que se perceba o que se pretende com um “mercado interno competitivo”.
No dia 1 de Fevereiro deve ser apresentado o novo portal do SNS, com dados clínicos (como tempos de espera) e dados económicos.
O médico de família, quando for marcar consulta, poderá ver com o doente se tem uma consulta de dermatologia daqui a um mês numa instituição hospitalar, ou daqui a três meses noutra, de forma a escolherem a que sirva melhor o interesse do utente.
Querem, portanto, transpor para o SNS a ideia de que o doente é um cliente e a ideia da liberdade de escolha?
Sim, temos de aproveitar a capacidade do SNS. A nossa diferença [em relação ao Governo anterior] é que queremos liberdade de escolha mas dentro do SNS, enquanto antes se pretendia privilegiar os sectores privado e social. A nossa estratégia poderá levar a que uma parte do dinheiro gasto actualmente com convencionados, e esta despesa andará no total por volta dos 800 milhões de euros, fique no SNS.
Todas estas ideias implicam um aumento da despesa. Como está o défi ce e a dívida do SNS?
Isso será anunciado na próxima semana.
Correia de Campos chegou a dizer que a dívida deverá ascender a 1,5 mil milhões de euros.
O que posso dizer é que os números não mostram o “milagre” de que falava o anterior Governo. O défice da saúde é muito superior ao divulgado, disparou. A estabilidade económica propalada não corresponde à realidade.
Fernando Araújo, JP 23.01.2016 link
Deixo aqui uma pequena parte da esclarecedora e clarividente entrevista de Fernando Araújo ao JP. Faço-o para que se perceba o que se pretende com um “mercado interno competitivo”.
Alguém
que se identifique com o SNS está contra? Ou será que só ricos e poderosos têm
direito a escolher o médico ou a instituição onde pretendem ser tratados,
devendo todos os outros cidadãos ser conduzidos, passivamente, ao hospital que
administrativamente lhes foi determinado. Mesmo que tal signifique aguardar
meses, quando não mesmo anos, por uma consulta!!! O doente
anónimo precisa de um provedor que o aconselhe na doença. Haverá alguém melhor
colocado para o fazer que o seu médico de família?
Tavisto
Tavisto
3 Comments:
Reforço o que disse no post anterior: o SEAS Fernando Araújo está cheio de razão e o caminho a seguir do mercado interno (dentro do SNS) competitivo é aquele que melhor defende os doentes e os contribuintes. Chamar a isto "tontice" não merece comentários!!
Reafirmo o que disse no post anterior: o SEAS Fernando Araújo merece todo o apoio quando traz para agenda o mercado interno (dentro do SNS) competitivo. Só os "tontos" neoliberais de pacotilha é que não percebem que os direitos dos doentes têm de ser defendidos utilizando os recursos dos contribuintes em pleno e não deixando-os esvair para fora do SNS.
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