Nomeações SA
A escolha de dirigentes, efectuada pelo ministro da saúde, António Correia de Campos, para os hospitais da rede do SNS, tem obedecido a critérios nem sempre claros Lista de nomeações
O relatório da Primavera 2005 do OPSS considera que CC, ao contrário do seu antecessor, tem procurado designar os profissionais mais competentes e experientes, evitando as habituais encomendas do partido.
Fossem quais fossem os critérios adoptados pelo ministro da saúde, as escolhas para os diversos lugares de gestão não deixariam de ser sempre objecto de polémica.
Além da preocupação de colocar à frente dos hospitais profissionais com perfil, competentes e experientes, será importante promover a discussão dos modelos de gestão dos hospitais e das ULS. Neste ponto seria de extrema utilidade que a APAH desenvolvesse algumas iniciativas no sentido de fomentar o debate entre os seus associados sobre estas matérias.
Vamos aguardar, pacientemente, que o milagre aconteça.
15 Comments:
Face a estra informação coloco aos participantes do Blog uma questão que me parece essencial:
Conforme o Decreto-Lei que transforma os hospitais SA em EPE, aqueles serão extintos logo que seja publicado o estatuto destes.
A questão que se coloca é:
-Estas nomeações dizem respeito aos hospitais sa (publicadas no site da Unidade de Missão dos hospitais sa).Quando se proceder à sua transformação em EPE estas nomeações mantêm-se?Será que isso é legalmente possivel?
Peço aos colaboradores do Blog que,porventura; possuam mais informação acerca deste assunto que nos ajudem a esclarece-lo.
Obrigado!
Salvo melhor opinião ou alguma disposição específica a constar dos futuros estatutos dos hospitais EPE, neste momento, atendendo a que o decreto-lei transformador em EPE não contém nenhuma norma sobre cessação de funções, contrariamente ao que sucedeu com os decretos transformadores em SA (artigo 17), julgo que os nomeados agora se mantêm na plenitude das suas funções.
Não concordo coma opinião do Relatório do OPSS.
Não concordo com o tom paternalista deste post.
As nomeações do CC têm sido iníquas e desprovidas de sentido.
A manterem-se os Gestores SA nos HH EPE, deixa-se à consciência de cada um seguir os seguintes 9 de 10 conselhos de Corinne Moyer (Bom dia preguiça, ed.Pergaminho):
1º O empregado é a moderna figura da escravatura. Recorde-se que a empresa não é um lugar de realização pessoal, se fosse já se tinha dado por isso. Você trabalha para receber o ordenado ao fim do mês e "ponto final", como vulgarmente se diz nas empresa;
2º Não vale a pena querer mudar o sistema, confrontá-lo é o mesmo que o reforçar; contestá-lo é fazê-lo vingar com mais consistência ainda. (...);
3º Aquilo que faz não serve, em última análise, para nada e pode, de um dia para o outro, ser substituído pelo primeiro cretino que apareça. Por isso, trabalhe o menos possível e consagre algum tempo (mas sem exageros) a «vender-se» e a criar «o seu próprio círculo»; desta forma, estará dotado de apoios e será intocável (e intocado) no caso de uma restruturação;
4º Não será julgado pela maneira como desempenha o seu trabalho, antes pela sua capacidade em se conformar com sensatez ao modelo dominante. Quanto mais utilizar uma retórica oca, mais pensarão que está ao corrente do que se passa;
5º Nunca aceite, seja a que pretexto for, um lugar de responsabilidade. Seria obrigado a trabalhar consideravelmente mais, sem outra contrapartida senão alguns milhares de euros a mais (ou seja, "peanuts"), e meso assim...;
6º Escolha, (...), as áreas menos úteis: consultadoria, peritagem, pesquisa, estudos. Quanto mais inúteis, menos possível será quantificar a sua "contribuição para a criação de riqueza pela empresa». Fuja das funções operativas ("no terreno") como da peste. O ideal será portanto procurar vir a "ser posto na prateleira": estes postos de trabalho improdutivos, muitas vezes "transversais", são irrelevantes, mas sem qualquer espéciede pressão de natureza hierárquica: resumindo, é o descanso;
7º Uma vez na prateleira, evite acima de tudo as mudanças: entre os quadros, só os que mais se destacam é que são despedidos;
8º Aprenda a reconhecer, através de sinais discretos (pormenores no vestuário, piadas fora de tempo, sorrisoa amáveis), aqueles que, tal como você, não acreditam no sistema e se apercebem até que ponto ele é absurdo;
9º Sempre que «enquadrar» pessoas que estão em situação temporária na empresa (contratados a prazo, tarefeiros, trabalhadores de firmas prestadoras de serviços...) trate-os cordialmente; não se esqueça de que são os únicos que realmente trabalham.
Em relação à questão das nomeações ainda é cedo para tirar ilações definitivas.
´Há um grande avanço em relação ao LFP. O que não é de admirar. No entanto estamos muito longe de uma solução razoável.
A discussão deste tema não deve resumir-se a listar nomes manifestando a nossa concordâcia ou desaprovação. O problema é bastante mais sério.
Os AH vão para oa CA´s e para as Direcções de Serviços fazer o quê?
O CC redigiu cartas pessoais de intenções sigilosas para os gestores nomeados. Será que estão aí inseridas as grandes orientações do Ministro?
ANÚNCIO
AAHH COM ALMA PRECISAM-SE
1. Cargo a desempenhar
Gestor de Unidade Hospitalar
2. Perfil de competências:
Experiência hospitalar; competência técnica adequada,
3. Perfil de personalidade
Atitude profissional pró-activa , apaixonado pela gestão, responsabilidade social, orientação por desafios e para os resultados , capacidade para realizar e fazer acontecer projectos , motor de mudança, inovação e criatividade, visão estratégica; cultura de reengenharia , espírito de missão, provedor do doente, honestidade, verticalidade e transparência, capacidade de liderança, democracia e bom senso.
4. Contrato de gestão
Os candidatos têm de indicar o hospital a que se candidatam e o respectivo programa de governação para 3 anos.
5. Critério de selecção
Para a selecção dos candidatos será usada a seguinte fórmula :
Avaliação Final =
Perfil de competências +Perfil de Personalidade + 3 x Contrato de Gestão
5
6. Avaliação de desempenho / Mensal
Cumprimento do Contrato de Gestão
7. Informações e contactos :
Os interessados devem enviar processo de candidatura para LX
O que faz falta é :
Cozido à portuguesa para vencer a crise
Ponha em banho maria uma dose qb de:
políticos
gestores
empresários
autarcas
Adicione os seguintes temperos:
experiência, competência, atitude, transparência, honestidade, responsabilidade, espírito de missão, inovação, democracia e bom-senso
Leve a lume brando e vá misturando
Ao fim de duas horas apague o fogão e ponha o cozido na mesa “ Portugal”
Para o jantar convide os nossos parceiros da União Europeia e provoque a crença neste cozido renovado.
Depois do jantar fale aos portugueses e conquiste a sua confiança no futuro
Nota : se tiver dificuldade na aquisição dos têmperos , espere para nova geração que vem - já a seguir - e espera a sua oportunidade.
O problema resolve-se com um novo modelo e uma nova cultura de gestão.
São necessários outro tipo de protagonistas ( verdadeiros líderes)capazes de operar a reengenharia hospitalar até alcançar resultados exigíveis face ao estado da arte e recursos disponíveis
Porque não estabelecer com tecto de horas extrordinárias até Dezembro de 2005, 50% do actual valor de encargos?
Assim, é possível a poupança de milhões de euros aos orçamentos hospitalares e obriga a um desafio de reegenharia dos processos e modelos de afectação de pessoal, que são medieais, e não resultaram de nenhum estudo de engenharia industrial.
A aquisição de equipamentos tem de estar sujeita a uma análise de custo/benefício que evidencie, claramente, as vantagens económicas e clínicas e estabeleça o seu nível de performance.
Em caso de baixa produtividade do equipamento dever ficar disponível para outra instituição pública ( um forma de respeitar o dinheiro dos impostos e os contribuintes)
É preciso que os CA considerem e respeitem os AH e os coloquem ao serviço de uma estratégia de sucesso para o desenvolvimento e resultados eficientes dos hospitais.
Não sei a quem interessa a marginalização de tantos AH.
Os HHSA descobriram uma nova figura " o staff de confiança dos gabinetes " recém- licenciados sem formação específica e sem experiência profissional e de vida.
Assim, não são de esperar outros resultados senão endidamentro crónico e o despesismo galopante automobilizado.
Se solução passava por viaturas topo de gama, foi um embuste completo.
Andar a pé tem maior turbo gestão, pelo menos o passado assim o mostrou.
Afinal o país só é pobre para os outros . As elites são ricas e têm excesso de mordomias.
Não é tolerável esta situação.
Os CA deviam ser avaliados mensalmente pela tutela e pela provedoria local dos doentes.
Quem não comprovasse a evolução positiva das organização tinha apenas mais um mês para mostrar o que valia e justificar as falhas e pontos fracos de gestão
A situação económica do país e a rotura económica da Administração Pública só se evita com um grande rigos e nível exigente de responsabilização dos seus dirigentes.
Se não for assim revertem prejuízos para todos e as soluções de entrega aos privados estão à espreita em cada esquina e organização
Exmo Senhor Ministro da Saúde:
Quero comunicar-lhe que não estou disponível para qualquer cargo que Vossa Excel.ª, eventualmente, pretenda nomear-me.
A razão desta minha indisponibilidade prende-se com a falta de confiança que tenho em relaçãoa este modelo degestão hospitalar e às relações institucionais com o MS.
Estarei, no entanto, permanentemente ao dispor para discutir ideias sobre este tema e servir o Serviço Público de Saúde.
Com os melhores cumprimentos.
VPM
AH
Algumas das nomeações anunciadas são tão inverosimeis que eu só acredito depois de ver!
Como é possível o CC reconduzir o Director de uma unidade hospitalar do norte, atendendo (só)às seguintes circunstâncias:
1º-O referido Director é destacado menbro da distrital do PSD.
No seu anterior mandato perseguiu claramente todos os funcionários que identificou como pertencendo ao anterior regime (o de Manuela Arcanjo);
2º-Um dos vogais executivos do anterior CA era também membro destacado do PSD.Para facilitar a recondução do CA,diz-se,não aceitou ser reconduzido;
3º-O outro membro executivo do anterior CA é familiar directo do presidente da concelhia do PSD...(só por esse motivo aparece na gestão dos hospitais);
4º-Após a divulgação da noticia da sua recondução,o CA intensificou a perseguição interna aos funcionários que eles colocaram na oposição (e que, por consequencia, votaram PS)...
Diz-se que a referida recondução (se acontecer)foi por medo pois o referido director é «uma figura publica» e mantém amizades com alguns membros do governo...
Carta de missão e prémios de gestão
A carta de missão é uma das novidades do novo regime de nomeações e visa definir as responsabilidades e objectivos dos dirigentes de topo, logo no acto de posse. Trata-se de “um compromisso de gestão onde, de forma explícita, são definidos os objectivos, devidamente quantificados e calendarizados a atingir no decurso do exercício de funções”, tal como o define a lei que hoje é debatida na Assembleia da República.
Além da definição do âmbito e dos objectivos da função, a carta de missão servirá como referência para a avaliação do desempenho do dirigente, admitindo o Governo que o seu incumprimento possa determinar o seu afastamento do cargo. Quer isto dizer que embora as novas regras determinem que estes cargos são de escolha política, e como tal cessam com a queda do Governo, isso não impede que possam ser antes interrompidos caso a tutela entenda que não está a ser cumprida a carta de missão. Estes dirigentes podem igualmente cessar funções — sempre sem direito a qualquer indemnização — no caso de não ser renovada a respectiva comissão de serviço, que a lei estipula vigorar por um período de três anos.
Outra das novidades do novo regime é dada pela possibilidade de a carta de missão poder prever a atribuição de prémios de gestão pelo desempenho, à semelhança do que é já corrente nos objectivos de gestão praticados no sector privado. A nova lei prevê que estes prémios possam beneficiar o organismo em questão ou apenas o titular do cargo de chefia, sendo atribuídos progressivamente em função do grau de cumprimento dos objectivos definidos. Esta é matéria que, no entanto, carece ainda de ser regulamentada para poder ter aplicação prática.
JornalPúblico 23.06.05
O Estado Social de Direito só está em crise para alguns, para outros é o que se vê!É fartar vilanagem!
Outra proposta:
1º LFP podia ser preverso, mas tinha tudo bem pensado, ao menos no que se refere aos HH SA, nomeadamente quanto a objectivos a atingir e aos meios de lá chegar. Nós é que podíamos não saber;
2º Gostaria de ver o MS a ter uma linha de rumo igualmente bem definida e a torná-la pública, para todos ficarmos a saber;
3º Sistèmicamente falando parece-me um grave erro-aliás desde sempre cometido pelo nosso legislador- de fazer uma reforma para os hospitais e outra reforma para os cuidados primários de saúde (CSP). Se os CSP são a base do sistema de saúde, a reforma dos CSP não deveria ser feita depois da reforma dos HH, quando muito deveria ser feita em simultâneo;
4º Nesta perspectiva, e tendo em conta, entre outros factores, a economia da gestão, deveriam criar-se, antes de mais, as unidades de saúde locais;
5º Cada unidade de saúde local deveria ser, aqui sim, uma EPE (aliás, como sucede com o Serviço Regional de Saúde da Madeira, EPE);
6ºCom o figurino previsto para as EPE na Lei Geral: Assembleia Geral e Conselho de Administração;
7ª Todos os membros do Conselho de Administração das ULS seriam nomeados com base na confiança política, podendo integrar ou não AH;
8º Cada hospital e cada Centro de Saúde seriam geridos por um Director. No caso do Hospital, obrigatoriamente por AH de carreira, com base no tipo de concurso que irá ser implementado para os lugares dirigentes que não são de confiança política, ou seja, concursos céleres, fora do contexto do CPA, abertos a todos os AH inscritos no quadro único;o mesmo se deveria passar para os lugares de AH existentes ou a criar em cada hospital. Em todos os HH os lugares de Chefia ou de Direcção de Serviços de Apoio Geral seriam obrigatoriamente desempenhados por AH, os quais poderiam vir também a desempenhar funções nos CRIs ou equivalente;
9º No caso dos Centros de Saúde o Director deveria ser alguém de uma carreira específica a criar, como aliás já esteve previsto,a carreira de Administrador de Saúde, semelhante à carreira de AH, com um quadro único, e o lugar a preencher nos mesmos moldes do lugar de Director dos HH;
10º Quer os HH quer os CS gozariam, tal como agora de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira e ser-lhe-ia legalmente facultada a possibilidade de adopção de técnicas de gestão empresarial.
Fiz o meu estágio final da ENSP no hospital de São João, quando era ainda Administrador geral, o Dr. Sá Ferreira.
Tive oportunidade de passar uma noite em claro a reinar ao São João. De que guardo grandes recordações.
Um grande abraço para os colegas do Porto.
Ahh, grande Xavier, com que então é dos nossos! Um grande abraço de retribuição. Por volta das 3 horas da manhã ainda fui dar uma volta pela Foz. Não há dúvidas que «o Festão» continua inigualável, ao menos em alegria saudável e pacífica. E o Porto continua a ser a cidade mais linda de Portugal, apesar do Gui Guio.
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