quinta-feira, outubro 20

Fim dos Orçamentos de Brincadeira


"Não vamos prometer défices zero no final do ano. Pois vamos continuar a ter montantes em dívida no final de 2005 e no final de 2006. Tal défice é normal. O que queremos é que isso signifique ter, em termos de prazos de pagamento, ¾ meses em atraso e não ano/ano e meio".
Francisco Ramos, secretário de Estado da Saúde. JN n.º 614, 19,10.05.
Que diferença!
Não podemos deixar de lembrar a propósito destas declarações do secretário de estado da saúde, os lucros previstos pelo anterior ministro, Luís Filipe Pereira, no seu orçamento para 2005 para o sector da Saúde. A contabilidade criativa deu lugar ao rigor das contas.

2 Comments:

Blogger tonitosa said...

Veremos! Já tantos e tantas vezes foi dito algo de semelhante que é difícil acreditar. Mas há desde logo aqui uma dúvida: ter défice é ter gasto mais do que o que se recebeu. Fechar o exercício com dívidas (ter montantes em dívida) é coisa bem diferente. Ou seja ter pagamentos em atraso não siginifica, necessáriamente, encerrar o exercício (ano económico) com défice.

12:50 da manhã  
Blogger ricardo said...

Não entende o que FR quis dizer quem não quer.
Pedro Pitta Barros fez uma comunicação excelente no congresso de Farmacoeconomia sobre o subfinanciamento da Saúde.
Segundo PB os Hospitais SPA criaram um esquema para enfrentar o subfinanciamento crónico da saúde: pagamento pontual aos funcionários, deixar os pagamentos a fornecedores em atraso até vir o carro vassoura, ou seja o orçamento rectificativo.
O prazo médio de pagamento aos Laboratórios chegou a ser de dois anos.
Com orçamentos mais ajustados às necessidades este esquema é dispensável. É exequível uma gestão responsável com obtenção de ganhos de eficiência.
Portanto acabar o ano com 3/4 meses de atraso no pagamento significa que em princípio o ano vai ser fechado com um saldo negativo muito aceitável.

10:20 da manhã  

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