Mudar os Hospitais
A situação portuguesa (da gestão hospitalar) é neste caso, como eventualmente noutras, “sui generis”. Ao acumular, permanente e estável, de conhecimento dos profissionais, devidamente habilitados, prefere-se, muitas vezes, a ruptura, introduzindo-se o “sangue novo” do arrivismo, de pequenas ou grandes habilidades, de desconstrução.
Que provocam a instabilidade no governo dos serviços, geram a desconfiança nos profissionais de saúde e pioram o funcionamento das instituições. Há, naturalmente, excepções que apenas confirmam a regra.
Que provocam a instabilidade no governo dos serviços, geram a desconfiança nos profissionais de saúde e pioram o funcionamento das instituições. Há, naturalmente, excepções que apenas confirmam a regra.
Manuel Delgado - Gestão Hospitalar na Europa, revista Gestão Hospitalar, Set 2005.
Todos se lembram do que se passou no tempo do anterior ministro da saúde, Luís Filipe Pereira.
Com a nomeação de CC os AH readquiriram legitimas esperanças de que algo ia mudar nos hospitais.
Decorridos sete meses de governação a situação permanece na mesma, com algumas poucas excepções.
Tenho recebido inúmeros mails a relatar situações de AH sem funções distribuídas há vários meses. AH que vêem os seus postos de trabalho ocupados por meninos e meninas recém licenciados, familiares do CA. AH a quem foram retirados os gabinetes que usualmente utilizavam ou partilhavam com colegas. A perseguição mesquinha chega ao ponto de a administração lhes retirar o acesso ao PC por não ser necessário, uma vez que não têm funções distribuídas (segundo a Administração, não têm nada para fazer).
Senhor ministro, é preciso dar um abanão nos hospitais. Colocar nos Conselhos de Administração pessoas competentes da casa motivadas para servir o SNS. Temos de mudar de vida. Quanto mais rápido melhor. Olhe que se faz tarde.
Todos se lembram do que se passou no tempo do anterior ministro da saúde, Luís Filipe Pereira.
Com a nomeação de CC os AH readquiriram legitimas esperanças de que algo ia mudar nos hospitais.
Decorridos sete meses de governação a situação permanece na mesma, com algumas poucas excepções.
Tenho recebido inúmeros mails a relatar situações de AH sem funções distribuídas há vários meses. AH que vêem os seus postos de trabalho ocupados por meninos e meninas recém licenciados, familiares do CA. AH a quem foram retirados os gabinetes que usualmente utilizavam ou partilhavam com colegas. A perseguição mesquinha chega ao ponto de a administração lhes retirar o acesso ao PC por não ser necessário, uma vez que não têm funções distribuídas (segundo a Administração, não têm nada para fazer).
Senhor ministro, é preciso dar um abanão nos hospitais. Colocar nos Conselhos de Administração pessoas competentes da casa motivadas para servir o SNS. Temos de mudar de vida. Quanto mais rápido melhor. Olhe que se faz tarde.
5 Comments:
A ser verdade o que diz o Xavier (e não tenho que duvidar) tais condutas obviamente merecem o meu repúdio. A entrada de pessoas com formação diversificada tem que ser transformada em oportunidades de melhoria para todos e não de exclusão para os que já "cá estavam". A todos devem ser dadas oportunidades e exigidas as correspondentes responsabilidades, mas não devemos pensar que somos todos perfeitos. Em todos os sectores de actividade e em todas as áreas há bons e maus profissionais e muitas vezes quando se pretende mudar algo, mexendo no status quo, essas decisões são tidas como persecutórias. Conheço uma situação em que a uma profissional (AH) foi proposta uma mudança de serviço. A decisão foi mal recebida. Entretanto, quando uns meses depois, por opção própria, a pessoa em causa decidiu ir-se embora, agradeceu (ao que parece de forma sincera) o facto de ter sido colocada no novo serviço onde terá aprendido defacto coisas novas e não menos importantes para a sua carreira profissional.
Casos como este certamente todos os que não são novos nestas andanças, terão provavelmente conhecido.
Como se vem dizendo e repetindo neste blogg, também nesta matéria, "há que distinguir o trigo do jóio".
Vou solicitar autorização a quem me enviou mails.
Um abraço
Para já, posso informar que existem situações de AH na prateleira no IPO SA do Porto, Hospital de Santo António SA e na ULS de Matosinhos).
Até há bem pouco tempo esteve no HGSA outro colega na prateleira (no Centro de Formação) que entretanto decidiu ir trabalhar para as PPP, porque o trabalho que desenvolvia não era compatível com as suas capacidades.
Era bom a APAH averiguar estas situações.
Ora cá está uma oportunidade para os AH e não só. As PPP. Felizmente as PPP não deixarão de aproveitar os elementos com capacidade e competências que possam fazer trabalho de qualidade.
E outra conclusão se pode tirar: também há AH's favoráveis às PPP!
Joaopedro
Diga lá onde é que lhe dói!
Olhe vá à urgência de um qualquer hospital ou ao seu médico de família e vai ver que isso passa.
Na verdade o Senhor não faz a mínima ideia de que eu sou!
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