terça-feira, outubro 11

Greve dos Enfermeiros


Começa amanhã quarta feira (12.10.05 às 08h00) e termina às 24h00 de quinta-feira (13.10.05) a paralisação total do trabalho, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), com prestação dos serviços mínimos indispensáveis.
Com o objectivo de minimizar os efeitos desta greve junto dos utentes, o Ministério da Saúde enviou uma circular normativa a todos os serviços a solicitar a reprogramação da prestação de cuidados - tratamentos, consultas e exames - e a comunicação das alterações efectuadas aos utentes.
De acordo com o pré-aviso de greve apresentado pelo SEP, a paralisação é uma forma de luta por "um regime específico de aposentação ajustado à natureza do exercício da profissão e aos contextos de acção em que os enfermeiros desenvolvem a sua actividade". (link)
Como os níveis de conflitualidade são muito baixos em Portugal , senhores enfermeiros, vamos a fazer greve. Mexam-se!

6 Comments:

Blogger ricardo said...

O nosso amigo José Sócrates daqui a algum tempo vai começar a queixar-se do elevado número de greves.
Quanto a níveis de conflitualidade a procisão ainda vai no adro.
Trata-se de uma declaração infeliz, um tiro no pé do homem dos fatinhos.

12:40 da manhã  
Blogger ricardo said...

Resultado de um estudo feito junto dos profissionais de enfermagem:

12% dos inquiridos tentaram o suicídio, 86,8% sofreram esgotamentos e a depressão atingiu uma franja que oscila entre os 33 e os 68% .
Como é que se prova que estas ocorrências resultam directamente de trabalharem com doentes. Com a vida e com a morte.
Qual a quota parte de outros factores: trânsito diário quando se deslocam para o local de trabalho, divórcios, educação dos filhos.
Que factores de risco poderão resultar mais graves para os enfermeiros do que por exemplo em relação aos trabalhadores das fábricas (também sujeitos a turnos) condutores de transportes públicos, polícia de segurança pública.
Restará talvez o risco da infecção hospitalar.

Concordo com o LM. Processo muito mal conduzido.

10:58 da manhã  
Blogger xavier said...

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) indicou que a greve de dois dias daqueles profissionais que começou esta quarta-feira regista uma adesão entre 80 e 90%.

2:28 da tarde  
Blogger xavier said...

O ministro da Saúde recusa a possibilidade de existirem alterações à lei da idade da reforma para a administração pública nas profissões do sector «quaisquer que sejam as greves que venham a ser feitas».

«A questão principal é a da igualdade de tratamento de todas as profissões do sector público», afirmou o ministro, pelo que «não haverá qualquer regra de excepção, quaisquer que sejam as greves que venham a ser feitas».

5:54 da tarde  
Blogger xavier said...

O primeiro dos dois dias de greve dos enfermeiros registou uma adesão de 85%, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). Apesar dos números, o ministro da Saúde recusa qualquer tipo de alterações à lei da idade da reforma, um dos motivos da paralisação.
DN 13.10.05

11:22 da manhã  
Blogger xavier said...

José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), afirma a nível nacional que há hospitais onde se verifica uma adesão de 100 por cento, como é o Instituto Português de Sangue, em Lisboa, ou Hospital de Lagos (Algarve).

O sindicato divulgou também alguns outros dados, referidos pela Agência Lusa, no que respeita à adesão à greve no Porto e no Alentejo.

No Porto, a instituição com menor adesão esta manhã, era o Hospital Pediátrico Maria Pia (28,7 por cento), enquanto a maior se verificou no Centro de Saúde de Ramalde com 100 por cento, segundo dados divulgados pelo SEP.

Ainda nesta região, o Hospital Joaquim Urbano e o Instituto Português de Oncologia registavam 80 por cento, enquanto o São João 83,19 por cento de adesão à paralisação.

No caso do Alentejo, a adesão à greve no Hospital de Beja rondou os 85 por cento no turno da manhã, disse o SEP, verificando-se o encerramento do bloco operatório e adiamento de todas as cirurgias programadas, à excepção das urgentes.

Idêntico cenário regista-se no Hospital de Évora, onde a adesão rondou igualmente os 85 por cento, segundo fonte hospitalar.

No Hospital de Portalegre a adesão foi menor, de 63 por cento, indicou o sindicato, mas no Hospital de Elvas «quase todos os serviços apresentam uma adesão na ordem dos 100 por cento».
TSF on line 13.10.05

5:32 da tarde  

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