Liberalização dos MNSRM
Após a liberalização do preço dos MNSRM, os Laboratórios fizeram subir os preços, proporcionalmente à antiga margem do armazenista, que foi assim absorvida.
O Cegripe por exemplo aumentou cerca de 3,82%, o Bucagel 4,30%, a Mebocaina forte 6,88%, o Nicorette Patch 42,51%, o Panadol 12,18% e a Aspirina C 11,23%.
Segundo o ministro da saúde, António Correia de Campos, com esta atitude a Indústria Farmacêutica ”fez um aproveitamento oportunista deste período em que os medicamentos só estão disponíveis nas farmácias".
Agora, segundo o DE (12.10.05), após pressões de Correia de Campos invocando o acordo que está a ser negociado com a Apifarma, os Laboratórios vão baixar os preços dos MNSRM até aos valores que tinham antes da aprovação do diploma que liberalizou a venda destes medicamentos.
Estamos pois, afinal, perante uma “liberalização” de preços dos MNSRM condicionada às pressões (chantagens) do ministro. Vamos confirmar nas próximas semanas se a descida anunciada dos MNSRM se verifica. O pior, pode, entretanto, acontecer no caso de o ministro e a Apifarma não chegarem a acordo. Podemos contar, então, com uma subida fulgurante do preço dos MNSRM.
O Cegripe por exemplo aumentou cerca de 3,82%, o Bucagel 4,30%, a Mebocaina forte 6,88%, o Nicorette Patch 42,51%, o Panadol 12,18% e a Aspirina C 11,23%.
Segundo o ministro da saúde, António Correia de Campos, com esta atitude a Indústria Farmacêutica ”fez um aproveitamento oportunista deste período em que os medicamentos só estão disponíveis nas farmácias".
Agora, segundo o DE (12.10.05), após pressões de Correia de Campos invocando o acordo que está a ser negociado com a Apifarma, os Laboratórios vão baixar os preços dos MNSRM até aos valores que tinham antes da aprovação do diploma que liberalizou a venda destes medicamentos.
Estamos pois, afinal, perante uma “liberalização” de preços dos MNSRM condicionada às pressões (chantagens) do ministro. Vamos confirmar nas próximas semanas se a descida anunciada dos MNSRM se verifica. O pior, pode, entretanto, acontecer no caso de o ministro e a Apifarma não chegarem a acordo. Podemos contar, então, com uma subida fulgurante do preço dos MNSRM.
Porque será que estes episódios nos fazem lembrar, cada vez mais, o sucedido com a liberalização do preço dos combustíveis ?
Pobres consumidores!
9 Comments:
Quem se lixa é sempre o mexilhão, quer dizer, o doente !
Depois deste favor feito prontamente (?) pela Apifarma ao ministro da saúde, o que é que este irá dar em troca no âmbito do acordo em negociação ?
O que há a fazer é deixar o mercado actuar.
Já estão em funcionamento sete novos postos de venda de MNSRM.
Os preços vão subir e descer até estabelizarem num ponto determinado pela concorrência.
Ninguém nos livra, no entanto, de uma subida generalizada do preço destes medicamentos.
Afinal porque é que CC liberalizou os MNSRM ?
Para criar novos postos de venda que façam concorrência às farmácias.
Os utentes não foram ouvidos nem achados neste negócio.
A coluna da direita insere um conjunto de logos, desenhos, links que expressam um conjunto de afectos e da curta historia deste blog.
Um pequeno desenho, por exemplo, foi extraído de um projecto do meu filho mais novo que foi premiada num concurso anual de arquitectura.
Não temos nada a ver com qualquer partido político. No entanto aqueles logos vão permanecer na coluna da direita, porque gostamos de os ter ali.
Achamos curioso a importância que as pessoas dão a estes pormenores.
Santa Maria
Você tem cada coisa?! O que é que a política tem a ver com este blogg? Tem piada, eu que há muito tempo aqui venho expressar as minhas opiniões, não me tinha dado conta destes logos. Será que vejo mal? Não. O que se passa é que EU NÃO LIGO A COISAS MENORES!
Não se preocupe, Santa Maria, isto passa-lhes rapidamente.
(cá vai mais um comment que misteriosamente desaparecerá!)
Eu bem dizia...
E os preços do mnsrm subirão ainda mais!
Olha logo com quem, com a Indústria Farmacêutica.
Agora as lojecas pensavam que vender medicamentos era o negócio da China estão a braços com o problema da distribuição, pensavam que os laboratórios lhes entregavam 5 tostões de medicamentos todos os dias à porta do estabelecimento. Ainda não se aperceberam que é um negócio de escala, que implica estruturas bem organizadas a montante.
Ainda, fazendo futurologia, havemos de ver notícias de aspirinas vendidas na candonga, em quiosques e bazares; ao dobro do preço, claro.
Resumindo, vantagens desta medida, para a população, como me fartei de dizer, serão pouco mais de nenhumas.
Todos os dias ácontece um contratempo.
Hoje saiu-nos a Santa com a questão dos logos do BE.
O que interessa é a discussão dos temas, objectivamente, sem pessoalizar ou resvalar para as agressões pessoais. Como infelizmente algumas vezes tem acontecido.
Discussão com tónica nas questões técnicas.
Xavier, deixe lá estar os logos do BE. Com este PS tão mauzinho é para onde eu vou asilar um dia destes.
Eu cá por mim tirava a imgem do Santo Basílio.
Ele há cada uma...
Querem fazer deste blog uma página oficial da Direcção Geral de Saúde.
Cara Santa Maria fique sabendo que eu vou votar no Francisco Loucã Anacleto para Presidente da República.
Mss estava a ler os comentários e achei que os seus leitores merecem uma explicação adicional.
Preço dos MNSRM. Suponhamos que 1 MNSRM custa 80 de preço industrial e 20 de margem da farmácia (passando por cima do custo de distribuição). Se a indústria aumentar o preço de 80 para 100, bem podem os comerciantes (mesmo os das novas lojas) baixar as suas margens – que esse MNSRM custará sempre mais do que quando tinha preço fixo. E, para aqueles que não têm vivência empresarial, vale a pena lembrar que as margens comerciais (das farmácias ou das novas lojas) não são lucros. É com essas margens que as farmácias e as novas lojas pagam as rendas, os móveis, os ordenados - e os impostos ao Estado. A SONAE, que é uma organização poderoso, fez as suas contas e desistiu de criar uma rede de lojas autónomas (com insígnia própria), tendo optado por criar pequenas ilhas no meio dos hipermercados para os MNSRM e, mesmo assim, com muitas outras categorias de produtos a fazer-lhes companhia. Há coisas da vida que não se conseguem ultrapassar tendo como argumento “sou ministro de um governo com maioria absoluta”.
Luís Oriente
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