Empresarialização dos Universitários
Os dois grandes hospitais universitários de Lisboa e Porto – H.Santa Maria e H.S. João- vão ser empresarializados a partir de Janeiro do próximo ano.
Com edifícios gémeos, projectados pelo arquitecto alemão Hermann Distel, 1.300 camas cada, foram oficialmente inaugurados em 1953 e 1959, respectivamente.
Na página oficial do HSM pode ler-se o arrazoado seguinte:
«O Hospital de Santa Maria constitui-se como uma instituição coerente, na abrangência de Centros de Excelência disponíveis à Comunidade, a nível regional, nacional e internacional, em função de uma procura selectiva de cuidados diferenciados e num pressuposto de valores éticos, científicos e educacionais.
De acordo com esta Visão Estratégica, os seus serviços clínicos testemunham o percurso histórico individualizado e especializado que foi percorrido, e constituem-se como agentes principais do sistema complexo e multidisciplinar que o Hospital de Santa Maria integra.»
Perceberam alguma coisa?
Com edifícios gémeos, projectados pelo arquitecto alemão Hermann Distel, 1.300 camas cada, foram oficialmente inaugurados em 1953 e 1959, respectivamente.
Na página oficial do HSM pode ler-se o arrazoado seguinte:
«O Hospital de Santa Maria constitui-se como uma instituição coerente, na abrangência de Centros de Excelência disponíveis à Comunidade, a nível regional, nacional e internacional, em função de uma procura selectiva de cuidados diferenciados e num pressuposto de valores éticos, científicos e educacionais.
De acordo com esta Visão Estratégica, os seus serviços clínicos testemunham o percurso histórico individualizado e especializado que foi percorrido, e constituem-se como agentes principais do sistema complexo e multidisciplinar que o Hospital de Santa Maria integra.»
Perceberam alguma coisa?
Realmente o "povo" é mimoseado com cada naco ...
O Hospital de São João, por sua vez, tem uma "homepage" sui generis, limitando-se a apresentar a Unidade de Cirurgia Ambulatória e o Grupo de Patologia Mamária.
Segundo o DE (21.11.05), o Hospital de Santa Maria vai ser empresarializado com um capital social de 128,3 milhões de euros, e o Hospital de São João com 108,2 milhões (o projecto de decreto lei de transformação dos HH SA em EPE, insere no quadro dos HH a empresarializar o HSM e o HSJoão, não apresentando, no entanto, qualquer valor para o seu capital social).
O Hospital de São João, por sua vez, tem uma "homepage" sui generis, limitando-se a apresentar a Unidade de Cirurgia Ambulatória e o Grupo de Patologia Mamária.
Segundo o DE (21.11.05), o Hospital de Santa Maria vai ser empresarializado com um capital social de 128,3 milhões de euros, e o Hospital de São João com 108,2 milhões (o projecto de decreto lei de transformação dos HH SA em EPE, insere no quadro dos HH a empresarializar o HSM e o HSJoão, não apresentando, no entanto, qualquer valor para o seu capital social).
O ministro da saúde, António Correia de Campos, ao criar a figura do Director-geral hospitalar, estaria, por certo, a pensar na gestão destes dois grandes hospitais de molde a conseguir a ”libertação do Conselho de Administração da gestão corrente e assim promover uma maior concentração na gestão estratégica”.
Será que temos a revolução hospitalar mesmo à porta ?
Será que temos a revolução hospitalar mesmo à porta ?
Primeiro, faço votos para que as Administrações destes dois HH universitários procedam à criação de Homepages com o mínimo de qualidade, condizente com a dimensão e importância destas duas grandes empresas hospitalares.
3 Comments:
CC tem pressa em empresarializar estes hospitais por razões óbvias.
Os dois HH têm cerca de 10 mil funcionários e orçamentos anuais de muitos milhões de euros.
O ´combate ao défice público agradece esta transformação.
Que seja uma boa oportunidade para a introdução de critérios de eficiência na gestão destas grandes unidades hospitalares do SNS.
CC, a meter novamente água:
Hospital de Santa Maria foi uma das unidades a que o ministro da Saúde se referiu, no debate parlamentar da semana passada, defendendo que o seu quadro de pessoal estava sobredimensionado. António Correia de Campos disse, citando informações do presidente do conselho de administração deste hospital, que “dos seis mil funcionários, mil são excedentes”. Na verdade, esclareceu o presidente de Santa Maria, Adalberto Fernandes, “o hospital tem 5219 funcionários, e o número dito pelo ministro no Parlamento resultou de um lapso”, que é desvalorizado pelo gabinete de Correia de Campos, que sublinha a existência de médicos em excesso em alguns serviços e em defeito noutros.
De resto, o anterior presidente do maior hospital português, Alberto Moreno, fez chegar ao DE o relatório de actividades de 2004, onde se constata que, no final do ano passado, o hospital tinha 4967 efectivos, mais 79 que no final de 2003. Sendo o número de efectivos actual de 5219, isso significa que nos últimos 10 meses o hospital admitiu 252 funcionários.
Diário económico
Quanto à qualidade dos sites aqui referidos, a explicação só pode ser uma: os HH não pagam tanto aos responsáveis como ganha aquela senhora jornalista contratada pelo Governo para tratar do site (já nem sei de que ministério).
Mas já agora veja-se o que se passa com os sites dos HH SA's onde a maioria não tem informação actualizada e outros estão ainda em "construção" ou remodelação. De resto esta situação é geral (salvo raras excepções) nos sites dos serviços públicos, designadamente dos Gabinetes Ministeriais. Haverá mesmo interesse em divulgar dados?
Quanto aos trabalhadores em excesso, ocorr dizer: força, Eng. Alberto Moreno. O Senhor estava no Bom caminho mas não tinha cartão!
E as coisas agora estão como estão. Vejam-se as notícias sobre os aumentos generalizados de custos nos hospitais, designadamente com medicamentos.
É que ao que se sabe, só no fim de semana passado é que CC decidiu reunir (julgo que pela primeira vez) com os CA's dos HH). Nos SA's tem sido um regalo ver entrar fornadas de técnicos (?) e administrativos e alguns requisitados a outros serviços públicos. Em matéria de aquisições estão a voltar os "velhos" e tradicionais fornecedores. Mas atenção: os concursos são todos muito transparentes(?).
Mas os novos gestores abdicaram (?)das "mordomias" (?) e por isso a saúde financeira do sistema está garantida. E a prová-lo está a distribuição de "incentivos". Ora se há lugar a incentivos referentes a 2004, então é porque os resultados alcançados foram bons. Ou não é esse um pressuposto fundamental para a sua atribuição?
Então como se pode pôr em causa a gestão SA's?
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