Cultura SA
À laia de despedida da Unidade de Missão dos HH SA e a propósito dos repetidos elogios do ministro da saúde, António Correia de Campos, quero dizer o que penso sobre a tão apregoada Cultura SA legada pelo LFP.
Não sou contra o processo de empresarialização dos HH.
Sou apenas contra este.
A cultura SA é a cultura da trapalhada, das contas aldrabadas, da nomeação das personalidades mais incríveis para gerir os hospitais (se o Belmiro de Azevedo os tivesse conhecido de perto, teria concluído que nem para porteiros das Sonae os queria). Das admissões de compadrio, da privatização mais ou menos encapotada das unidades hospitalares do SNS, das remunerações principescas, das mordomias, dos carros topo de gama e das ajudas de custo “a lá garder”. Dos cursos acelerados de gestão hospitalar de três semanas. Das passeatas a Barcelona a pretexto do Benchmarking. Do Ranking dos HHSA e SPA. Das perseguições aos funcionários públicos. Do emprateleiramento dos Administradores Hospitalares. Dos cortes cegos pondo em risco a qualidade das prestações. É esta a cultura SA: incompetência, esbanjamento dos dinheiros públicos e saloiada.
O resto são tretas fabricadas pelo marketing político.
Sou apenas contra este.
A cultura SA é a cultura da trapalhada, das contas aldrabadas, da nomeação das personalidades mais incríveis para gerir os hospitais (se o Belmiro de Azevedo os tivesse conhecido de perto, teria concluído que nem para porteiros das Sonae os queria). Das admissões de compadrio, da privatização mais ou menos encapotada das unidades hospitalares do SNS, das remunerações principescas, das mordomias, dos carros topo de gama e das ajudas de custo “a lá garder”. Dos cursos acelerados de gestão hospitalar de três semanas. Das passeatas a Barcelona a pretexto do Benchmarking. Do Ranking dos HHSA e SPA. Das perseguições aos funcionários públicos. Do emprateleiramento dos Administradores Hospitalares. Dos cortes cegos pondo em risco a qualidade das prestações. É esta a cultura SA: incompetência, esbanjamento dos dinheiros públicos e saloiada.
O resto são tretas fabricadas pelo marketing político.
ricardo
4 Comments:
Este é defacto um comentário a que só faltam as "provas" inequívocas do que se afirma. Vejam bem que até os estudos até agora apresentados são todos postos em causa. Defacto nehum dos que se conhecem conseguiu detectar (ou pelo menos não o disse) que tenha havido cortes cegos pondo em risco a qualidade das prestações. E vejam bem que estes malandros fizeram privatizações encapotadas e de tal forma que nem o Tribunal de Contas delas se apercebeu! E estes malandros destes candidatos a PR que até concordam com a necessidade de se procurar melhorar a eficiência da saúde sendo a empresarialização uma forma de o tentar conseguir!
E vejam lá as mordomias. Carros, ajudas de custo. Como explicar que os gestores tenham direito a despesas de representação? Então isso não é apenas uma "mordomia" dos AH?! E como explicar que os gestores SA's tenham direito a carro? Então isso não é apenas uma "mordomia" dos Directores dos Hospitais e dos Administradores Delegados? Ah, sim na verdade eles não tinham carro...deslocavam-se (deslocam-se) no carro do motorista. Esse (motorista) é que tem carro e dá boleia aos chefes.
E ESTA EH?!
Sou dos pouco crentes nesta ideia de que a Unidade de Missão HH SA's vai acabar. Ou melhor, estou em crer que outra estrutura de missão irá surgir no seu lugar, quiçá um Grupo Técnico ou Comissão de Acompanhamento e Avaliação dos Hospitais EPE's.
E sinceramente, acho mesmo que é algo que poderá ter o seu lugar numa nova "arrumação" do SNS. E é preciso que as suas funções e competências se não confundam com as de outros organismos e com as dos próprios EPE's. A UM Hospitais SA sempre teve uma certa apetência para se sobrepôr aos HH SA's e disso houve claros (maus) exemplos. A ânsia do poder pode conduzir a maus resultados e por isso é de esperar que CC aproveite esta reorganização para repensar se na verdade se justifica uma estrutura de acompanhamento dos EPE's e se sim, quais as suas competências.
Mas o acompanhamento parece-me indispensável, qualquer que seja o organismo ou a entidade responsável por o fazer. E penso que os serviços tradicionais da Administração Directa do Estado (IGS, DGS, etc.,) dificilmente poderão desempenhar essa missão.
Devem encarar o meu comentário como fruto de uma experiência pessoal e obviamente com certa carga subjectiva.
A UM SA como o lisboaearredores diz foi entidade centralizadora, contradizendo a tão apregoada descentralização dos HH SA, defendida em teoria pelo LFP.
Se CC pretende criar uma verdadeira Administração Nacional de Saúde deve cometer algumas das funções da UM às ARS, tal como vai acontecer com a negociação dos contratos dos HH EPE.
Mantendo sempre, como é evidente, a autonomia da Gestão dos HH EPE.
vivóporto você surpreendeu-me mais uma vez.
Desta vez apenas com um fais divers.
Não está a pensar que o Santa Maria é o Poole dasta ?
Eu conheço o PC de quem aliás tenho uma excelente impressão e não o reconheço nos textos do SM.
Desta vez, caro vivóporto, enganou-se redondamente.
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