HH SA, estudo da CAHSA
CHVRPR
A)- Li c/ agrado o powerpoint da Comissão de Avaliação dos HH SA (CAHSA) (não está disponível o relatório). Trata-se de estudo sério c/ abordagem metodológica sólida, globalmente um óptimo trabalho.
B)- Subscrevo também, inteiramente, o excelente comentário aqui vertido p/ Elmapena sublinhando as seguintes questões:
i. Houve uma diminuição de 65% nas qts consumidas de medicamentos nos SAs face aos SPAs (c/ produção a aumentar mais naqueles); isso é bom pq é redução de desperdício? Sendo a maior parte da distribuição em unidose é possível haver assim tanta redução de qts? (haverá problemas na informação e s/ tratamento? prescrição endossada p/ outros serviços de saúde, será possível?)
ii. Como se reparte e explica o aumento de eficiência relativo (SA vs SPA) de 8% (é montante enorme em euros)? Resultou de: que áreas de actividades (DS, CE, Urg, HD, CA); maior eficiência onde (ex. despesas directas ou MCDT?) e de quê (natureza: ex. pessoal, PF,..)? (essencial p/ tirar conclusões e conhecer onde aprender e a que medidas dar prioridade)
iii. Sendo a análise global e c/ base nas diferenças das diferenças relativas às médias verificadas em SA e SPA seria interessante analisar os SA desviantes: os casos de sucesso (em quê, porquê, como replicar?) e de insucesso (que se fez mal/não fez?; problema CA ou outro? p/ não repetir…)
iv. Seria também interessante ter análise das inovações implementadas, separando as q explicam os resultados obtidos e as recentes/em curso que revelam potencial (deram frutos vs vão dar).
C )- Foram p/ mim motivo de desilusão os resultados dos SA em:
i. Gestão financeira (ter $ do capital a 3% podendo evitar juros implícitos de 28%? Ou > 18%?);
ii. Compras – preços de medicamentos maiores que nos SPA em 12%? (não haverá erro?)
iii. Acentuar da divergência nos SA (manutenção/agravamento relativo dos menos eficientes);
iv. Resultado global insuficiente (“2 a 1 após prolongamento” e não 5 a zero como esperávamos).
D)- Penso que ninguém põe em causa a superioridade teórica do modelo de gestão SA sobre SPA:
i. É impensável continuar a assentar em mecanismos de Administração Pública e em ambiente de Função Pública porque esse enquadramento não permite obter resultados correspondentes ao nível dos recursos (sub-óptimo), só favorece a ausência de gestão e a continuidade da captura do Estado p/ profissionais – aliás nessa configuração bastariam dirigentes e chefes de repartição, não verdadeiros gestores hospitalares. Defender o SNS é promover a s/ reforma c/ vista à consecução de óptimos resultados p/ a população, o que exige a s/ transformação profunda em termos de gestão - maior responsividade, maior qualidade e melhor uso do dinheiro pago p/ contribuintes;
ii. O modelo de gestão SA oferece inegáveis vantagens à partida desde que se garanta o cumprimento da missão pública (nomeadamente: perfil da oferta e cumprimento do contrato-programa cf necessário e previsto no planeamento regional; articulação e coordenação de cuidados; cumprir RRH e cooperar c/ serviços do SNS; não fazer jogo dos números, seja p/ beneficiar em $ ou esconder/manipular desvio fins). As vantagens à partida provêm sobretudo de:
– Dispor de capital ($ adicional) p/ investimentos e melhor gestão financeira;
– Maior autonomia e flexibilidade de gestão;
– Recurso a contratação privada de pessoal e possibilidade de incentivos;
– Contratação privada de bens e serviços;
– Auditoria/revisão e controlo financeiro;
– Maior atenção/apoio da tutela e maior presença da gestão (de que resultará normalmente maior nº de actos registados e facturados!).
iii. Aliás, cf refere a CAHSA, os gestores hospitalares inquiridos confirmaram unanimemente que modelo SPA não serve (não oferece autonomia necessária), o dos SA sim (autonomia é suficiente).
E)- Dito isto importa dizer ao que venho – Os SA num relance (post seguinte)
B)- Subscrevo também, inteiramente, o excelente comentário aqui vertido p/ Elmapena sublinhando as seguintes questões:
i. Houve uma diminuição de 65% nas qts consumidas de medicamentos nos SAs face aos SPAs (c/ produção a aumentar mais naqueles); isso é bom pq é redução de desperdício? Sendo a maior parte da distribuição em unidose é possível haver assim tanta redução de qts? (haverá problemas na informação e s/ tratamento? prescrição endossada p/ outros serviços de saúde, será possível?)
ii. Como se reparte e explica o aumento de eficiência relativo (SA vs SPA) de 8% (é montante enorme em euros)? Resultou de: que áreas de actividades (DS, CE, Urg, HD, CA); maior eficiência onde (ex. despesas directas ou MCDT?) e de quê (natureza: ex. pessoal, PF,..)? (essencial p/ tirar conclusões e conhecer onde aprender e a que medidas dar prioridade)
iii. Sendo a análise global e c/ base nas diferenças das diferenças relativas às médias verificadas em SA e SPA seria interessante analisar os SA desviantes: os casos de sucesso (em quê, porquê, como replicar?) e de insucesso (que se fez mal/não fez?; problema CA ou outro? p/ não repetir…)
iv. Seria também interessante ter análise das inovações implementadas, separando as q explicam os resultados obtidos e as recentes/em curso que revelam potencial (deram frutos vs vão dar).
C )- Foram p/ mim motivo de desilusão os resultados dos SA em:
i. Gestão financeira (ter $ do capital a 3% podendo evitar juros implícitos de 28%? Ou > 18%?);
ii. Compras – preços de medicamentos maiores que nos SPA em 12%? (não haverá erro?)
iii. Acentuar da divergência nos SA (manutenção/agravamento relativo dos menos eficientes);
iv. Resultado global insuficiente (“2 a 1 após prolongamento” e não 5 a zero como esperávamos).
D)- Penso que ninguém põe em causa a superioridade teórica do modelo de gestão SA sobre SPA:
i. É impensável continuar a assentar em mecanismos de Administração Pública e em ambiente de Função Pública porque esse enquadramento não permite obter resultados correspondentes ao nível dos recursos (sub-óptimo), só favorece a ausência de gestão e a continuidade da captura do Estado p/ profissionais – aliás nessa configuração bastariam dirigentes e chefes de repartição, não verdadeiros gestores hospitalares. Defender o SNS é promover a s/ reforma c/ vista à consecução de óptimos resultados p/ a população, o que exige a s/ transformação profunda em termos de gestão - maior responsividade, maior qualidade e melhor uso do dinheiro pago p/ contribuintes;
ii. O modelo de gestão SA oferece inegáveis vantagens à partida desde que se garanta o cumprimento da missão pública (nomeadamente: perfil da oferta e cumprimento do contrato-programa cf necessário e previsto no planeamento regional; articulação e coordenação de cuidados; cumprir RRH e cooperar c/ serviços do SNS; não fazer jogo dos números, seja p/ beneficiar em $ ou esconder/manipular desvio fins). As vantagens à partida provêm sobretudo de:
– Dispor de capital ($ adicional) p/ investimentos e melhor gestão financeira;
– Maior autonomia e flexibilidade de gestão;
– Recurso a contratação privada de pessoal e possibilidade de incentivos;
– Contratação privada de bens e serviços;
– Auditoria/revisão e controlo financeiro;
– Maior atenção/apoio da tutela e maior presença da gestão (de que resultará normalmente maior nº de actos registados e facturados!).
iii. Aliás, cf refere a CAHSA, os gestores hospitalares inquiridos confirmaram unanimemente que modelo SPA não serve (não oferece autonomia necessária), o dos SA sim (autonomia é suficiente).
E)- Dito isto importa dizer ao que venho – Os SA num relance (post seguinte)
semMisericórdia
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