Sobre a Saúde
O JN traz hoje uma importante entrevista com Francisco Louçã. Dessa entrevista respigámos o que achámos de mais importante relativamente ao Sistema de Saúde.
1.º - Redesenhar as funções do Estado:
Francisco Louçã entende que é necessário redesenhar as funções do Estado» sem mexer na protecção social. O Estado deve ter uma função de regulação social muito importante, ter uma política redistributiva para ter protecção social. O Estado deve ter o Serviço Nacional de Saúde para não ter uma democracia incompleta. FL defende a elaboração de um orçamento de base zero «para reduzir desperdícios».
2.º - Financiamento hospitais PPP:
O custo de capital para um investimento de longo prazo é mais barato em termos de dívida pública do que o recurso à banca e ao financiamento dos investidores privados. Portanto, a construção de um hospital em PPP é sempre mais cara.
O custo de capital para um investimento de longo prazo é mais barato em termos de dívida pública do que o recurso à banca e ao financiamento dos investidores privados. Portanto, a construção de um hospital em PPP é sempre mais cara.
3.º - Privatização do Sistema de Saúde:
Eu acusei o Governo de falta de coragem para responder aos problemas essenciais do país. Dou o exemplo do que acho que é o paradigma do imperialismo selvagem, que é entregar à gestão privada a gestão dos centros de saúde. Acho isso inaceitável.
Vetaria sempre uma privatização do sistema de saúde e de utilidades públicas fundamentais como a água ou a energia.
Eu acusei o Governo de falta de coragem para responder aos problemas essenciais do país. Dou o exemplo do que acho que é o paradigma do imperialismo selvagem, que é entregar à gestão privada a gestão dos centros de saúde. Acho isso inaceitável.
Vetaria sempre uma privatização do sistema de saúde e de utilidades públicas fundamentais como a água ou a energia.
4.º - Mudanças no Sistema de Saúde:
No Sistema Nacional de Saúde a grande mudança passa por criar unidades locais em que os centros de saúde estão articulados com os hospitais, não de uma forma dependente. É preciso simplesmente assegurar que havendo medicina pública e medicina privada, há uma medicina pública de confiança que é bem gerida e que garanta a qualquer pessoa, seja o filho do rico ou o filho pobre, um tratamento digno.
francisco louçã, JN n.º 674, 18.01.06
francisco louçã, JN n.º 674, 18.01.06
Trata-se do único candidato presidencial, no meu entender, com uma perspectiva correcta em defesa do sector social e do Sistema de Saúde. Estamos a pensar em aderir ao BE.
4 Comments:
«Estamos a pensar em aderir ao BE.»
Depois de apresentarem a sua inclinação partidária, num bom exercício de transparência, os dinamizadores deste blogue deveriam, já agora, aproveitar a «onda», «saindo do armário» do anonimato.
A Democracia e a Liberdade agradecem.
No comments!...
Reafirmo tudo o que disse anteriormente a propósito da situação lamentável, em protecção de rendimento e equidade, dos EUA qt aos 48 milhões de pessoas sem cobertura de saúde. Acrescento agora o seguinte:
i)- Esses doentes são atendidos numa urgência (emergência) mas se for detectado um cancro o doente tem alta c/ esse conhecimento (e de quanto custaria o tratamento completo no hospital), c/ aspirinas e recomendação p/ pensar numa solução.
semMisericórdia.
O importante é evitar que isto aconteça em Portugal a pretexto de equilibrar as contas do Estado ou seja lá o que for.
PPP, opting out, oferta dirigida a nichos de mercado, dar em exploração hospitais e centros de saúde às empresas privadas, pagas com os impostos dos contribuintes, num mercado sem protecção, sem concorrência é hipotecar a nossa democracia e legar aos descendentes o pior de Portugal.
Em defesa do Serviço Nacional de Saúde, trave mestra da nossa democracia, como escreveu o Xavier no topo deste blog, eu faço qualquer coisa, até aderir ao Bloco de Esquerda se necessário for.
Ao Xavier os meus parabéns pela sua generosidade.
É sem misericórdia que LFP e CC querem vender a Saúde para dar a ganhar milhões a meia dúzia de empresas.
Quando a cadeia de solidariedade se quebrar por força dos "optings outs", e outros pantominices que os escribas do marketing apreogoam aos sete ventos, e se instalar o salve-se quem puder, teremos milhares de portugueses sem cobertura de saúde e os ricaços nos coquepites da ESS a recuperarem à brava.
País da saloiada. Somos uma cambada de bimbos. Sempre fomos um país atrasado e com admiração pelos ricos arrivistas.
Senão não votávamos num candidato como Cavaco Silva.
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