quinta-feira, fevereiro 9

Estudo das PPP hospitalares


O trabalho encomendado pelo ministro da saúde, António Correia de Campos, para definição de prioridades de construção dos novos HH PPP, está disponível no portal da saúde (link) para discussão pública até 27 de Março. Elaborado por uma equipa da Escola de Gestão do Porto, liderada por Daniel Bessa, o estudo faz a hierarquização das prioridades de construção de novos HH, de acordo com vários critérios: necessidades das populações, acessibilidade, qualidade dos cuidados, custos e impacto da construção de cada unidade na reorganização da rede hospitalar do SNS.
Ranking de hospitais:
1.º- Hospital de Todos os Santos
A construir na zona oriental de Lisboa, para substituição dos hospitais de São José, Capuchos/Desterro e Santa Marta- Número de camas previstas : 600
2.º- Hospital Central de Faro
Unidade para substituição do hospital distrital de Faro. Número de camas previstas: 550
3.º - Hospital Garcia de Orta
O Hospital Garcia de Orta vai ser reformulado para dar resposta ao aumento de procura dos utentes da margem Sul do Tejo (hospital da margem sul do Tejo). Número de camas previstas: 650
4.º- Hospital Central de Évora
Para substituição do Hospital do Espírito Santo. Número de camas previstas: 370
5.º- Hospital Central de Gaia
Para substituição do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. Número de camas previstas: 550
6.º- Hospital Póvoa de Varzim e Vila do Conde
Para substituição das actuais unidades da Póvoa e de Vila do Conde. Número de camas previstas: 140

5 Comments:

Blogger tonitosa said...

E vão chover as críticas a este estudo.
Por mim prometo (a favor ou contra) logo se verá.
Mas neste momento estou com muita curiosidade pra o que aí vem.

12:33 da manhã  
Blogger xavier said...

O Portal da Saúde (a melhorar)
faz um apelo:

Participe na discussão pública do Estudo sobre as Prioridades de Investimento da 2.ª Vaga de Projectos em PPP.
O estudo técnico sobre as Prioridades de Investimento da 2.ª Vaga de Projectos em PPP, da responsabilidade da Escola de Gestão do Porto, está em fase de discussão pública até ao dia 27 de Março de 2006, inclusive.

O estudo, que contou com a colaboração técnica dos serviços do Ministério da Saúde, merece o acordo de princípio do Ministério.

Agradecem-se, desde já, todos os contributos, comentários e sugestões que deverão ser enviados para o e-mail discussaopublica@ms.gov.pt.

1:21 da manhã  
Blogger Clara said...

Este é um estudo que não pondera as vantagens e desvantagens do recurso ao investimento em regime de PPP e das alternativas possíveis.

Parte-se do princípio que este problema já foi previamente resolvido pela decisão política de recorrer ao investimento e gestão privada.

Pretende-se tão só definir prioridades para dirigir os investimentos privados.

Este trabalho pretende ser a bússola da Privatização da Saúde na rede hospitalar do SNS.

Nesta discussão não estou interessada.
A discussão tecnocrática só pretende escamotear o verdadeiro problema político inerente à privatização da saúde e à aniquilação do SNS como entidade construída pós 25 de Abril alicerçada no princípio da solidariedade dos cidadãos portugueses.

As questões ideológicas só prejudicam o debate e o esforço na procura de soluções para o financiamento da Saúde - dirão os meninos economistas neo-liberais de serviço.

As questões ideológicas são importantes para afirmação da forma como queremos viver em comunidade e das prioridades onde julgamos que é prioritário investir.
Para que nos serve um sistema de saúde com sustentação financeira sólida se ele não cumprir a sua função social em termos de universalidade, acessibilidade e qualidades das prestações de cuidados aos cidadãos deste nosso país.

10:01 da manhã  
Blogger xavier said...

A substituição dos hospitais de São José, Capuchos/Desterro e Santa Marta é "positiva", mas obriga a "uma recolocação dos recursos humanos".
Manuel Delgado, da APAH JPública 10.02.06.

10:25 da manhã  
Blogger Xico do Canto said...

Estudo PPP – EGP/MS

CC, sentindo necessidade de suportar tecnicamente opções políticas de construção de novos hospitais, a que chamou de 2ª vaga, encomendou o trabalho a Escola de Gestão do Porto. Não se sabe bem porquê. Se por maior capacidade científica, se por ter apresentado proposta economicamente mais vantajosa (houve concurso? ) ou, quiçá, porque a cidade do Porto nos habituou a lideranças só antes vistas na Capital. (FCP e superdragões, carago ou, como se ouve dizer, mais vale uma rua do Porto q’a gaia toda). Não quero acreditar em favoritismo ao amigo Bessa.

Abrir os cordões à bolsa, entenda-se aos nossos impostos, é o preço de decisões políticas passadas em que espertos políticos em organização e gestão da coisa pública acabaram com a única estrutura de planeamento do Ministério da Saúde. Lembram-se do DEPS?. Que desperdício. Para quê planear quando somos óptimos a improvisar!. Mesmo assim os peritos da EGP, apesar do encaixe que lhes bateu à porta, não deixaram de deitar mão da massa cinzenta que ficou dispersa no Ministério da Saúde reconhecendo “ (…) onde encontramos não apenas informação mas também, há que reconhecê-lo , sensibilidade ao problema, muita experiência e conhecimento”. Enfim, a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.

A metodologia utilizada foi certamente a possível, entre outras. A minha ignorância não me habilita à sua profunda análise crítica. Os resultados do trabalho poderão, contudo, merecer alguma apreciação. Não me é possível fazer uma apreciação crítica a todas as opções para os HH desta 2ª vaga mas gostaria de tecer alguns comentários, quer de ordem geral, quer relativamente às soluções encontradas para alguns hospitais da grande Lisboa.

Tenho sérias reservas à forma como foi quantificada a variável necessidades não satisfeitas através de dias de internamento quando se sabe que a oferta de cuidados de saúde hospitalares assentam cada vez mais em componentes ambulatória e, menos, em capacidade de internamento.(peso de 40%).

De igual modo, a variável sobrecusto/ineficiência que se esquece de incorporar o contributo de eventuais más práticas gestionárias que certamente as haverá e com dimensão diferente de hospital para hospital, para além dos custos de manutenção decorrentes da obsolescência crónica das instalações e equipamentos de alguns deles. (peso de 25%).

Quanto à variável demografia, fiquei assustado. Lisboa vai perder, nos próximos 30 anos, 30% a 50% da sua população. Safa, não sou eu que irei investir em imobiliário da capital. Mas mais relevante é a não evidenciação do envelhecimento dessa mesma população e seu reflexo na procura de cuidados de saúde. Mas, sobre esta matéria também o Min da Saúde tem andado a assobiar para o lado.

E, pasme-se, o HTS (Hospital de todos os Santos) é o mais prioritário por, nomeadamente, ter ficado em primeiro lugar na variável necessidades não satisfeitas. Hoje tem cerca de 1250 camas. Passará a ter 600. Não percebo!.

Ainda em relação a este Hospital foi esquecida (?) a valência materno infantil. Nos HCL esta actividade é desenvolvida no Hosp. D. Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa que à muito reclamam intervenção no sentido da racionalidade da capacidade instalada – duas maternidades e duplicação de serviços com fraca procura e com tendência decrescente. Acresce o facto de, no elenco de valências a contemplar no novo HTS se evidenciar a Cir. Pediátrica, Ginecologia e Obstetrícia, Neonatologia e Pediatria. Com a previsional redução da população e a tendência de baixa na taxa de natalidade ainda vamos importar doentes pediátricos e mulheres grávidas para rentabilizar estes serviços. Parece lógico que se encontre uma resposta para o HDE e MAC.

E por aqui me fico que o estudo é “grande” e eu sou pequeno.

xico do canto

12:15 da tarde  

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