segunda-feira, fevereiro 6

Oportunidade histórica

É para nós fundamental assegurar a acessibilidade e a qualidade dos serviços, nomeadamente nos sectores da saúde, sociais, educativos e culturais.
Se o Estado funcionar menos bem em alguns aspectos da sua actuação, o que é preciso é melhorá-lo, não acabar com ele."
XPAIS - Secretário-Geral do PS, Ferro Rodrigues, apresentando a moção "Fazer Bem Pelo Futuro" - aprovada - no congresso de Novembro de 2002
Isso foi antes de os doentes terem sido singularmente metamorfoseados como "consumidores", os cidadãos como "carneiros", o estado como "mero parasita", alguns agiotas internacionais como " importantes investidores", os inexplicáveis lucros da banca como "saudável exemplo a seguir", os explicáveis lucros das farmácias como "um grave prejuízo para os consumidores", a vida para além do défice como "o défice meta de vida", o desenvolvimento em "competitividade".
Guidobaldo
Mas há que ter esperança, pois segundo CC:
A saúde não é um jogo de gestão. É um bem público. Os serviços de saúde não devem reger-se pela competição sem freio. Devem reger-se pela equidade, pela eficácia e pela eficiência, sem perder de vista a qualidade. E o acesso à informação é terrivelmente desigual. Os doentes não são consumidores. São doentes, pura e simplesmente, como afirmou Ralph Dahrendorf.
Intervenção do Ministro da Saúde no IV Fórum Saúde, organizado pelo Diário Económico

1 Comments:

Blogger tonitosa said...

Os serviços de saúde devem reger-se "pela equidade, pela eficácia e pela eficiência, sem perder de vista a qualidade".
Com isto julgo que todos estaremos de acordo. A questão fundamental não está nos fins mas sim nos meios que permitam lá chegar.
E esse é o grande desafio do Estado Social. Ser capaz de atingir os objectivos da equidade, da eficácia e da eficiência, sem por em causa a "qualidade".
O que nem seria muito difícil se não existissem os constrangimentos impostos pela excessiva escassez de recuros financeiros e pelos desafios de novas patologias, a que acrescem os custos do prolongamento da vida permitido e apoiado pelos progressos científicos. A realidade é para nosso desespero, bem mais complexa.
Mas não há impossíveis!

11:14 da tarde  

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