Consumo Hospitalar de Medicamentos
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Entretanto, face às dificuldades que referi de dispormos de informação actualizada sobre o consumo hospitalar de medicamentos, os Gabinetes do Ministro da Saúde e do Secretário de Estado da Saúde efectuaram mais um inquérito junto dos hospitais para "identificação das substâncias activas e fornecedores com maior impacto no crescimento do consumo de medicamentos em hospitais" link
Tentando ultrapassar a grande dificuldade existente relativamente à informação sobre o consumo hospitalar de medicamentos, o Infarmed divulgou mais um resultado da monitorização que efectua regularmente junto dos hospitais do SNS sobre o consumo de medicamentos dos chamados Regimes Especiais.
Os dados de 2005 vieram confirmar a grande importância dos medicamenos antineoplásicos e imunomoduladores, 127.085.390 euros (38,9%) e dos medicamentos dispensados aos doentes com HIV, 96.373.602 euros (29,5%), relativamente ao total da despesa hospitalar com medicamentos (642.098.923 euros nos 29 hospitais monitorizados).
A insuficiência de dados de informação sobre a dispensa hospitalar de medicamentos, nomeadamente, o desconhecimento de muitas variáveis que influenciam o consumo de medicamentos nos hospitais não permitiu a comparação dos custos de tratamento médio por doente e por hospital, de forma a tirar conclusões sobre a eficiência da utilização da tecnologia do medicamento entre os HH do SNS.
A principal conclusão a tirar da divulgação destes dados, advém do facto de ela constituir mais uma chamada de atenção para a inexistência de dados de informação, fiáveis e actualizados, sobre a utilização hospitalar de medicamentos que permitam analisar e intervir correctamente nesta importante área de gestão.
Os dados de 2005 vieram confirmar a grande importância dos medicamenos antineoplásicos e imunomoduladores, 127.085.390 euros (38,9%) e dos medicamentos dispensados aos doentes com HIV, 96.373.602 euros (29,5%), relativamente ao total da despesa hospitalar com medicamentos (642.098.923 euros nos 29 hospitais monitorizados).
A insuficiência de dados de informação sobre a dispensa hospitalar de medicamentos, nomeadamente, o desconhecimento de muitas variáveis que influenciam o consumo de medicamentos nos hospitais não permitiu a comparação dos custos de tratamento médio por doente e por hospital, de forma a tirar conclusões sobre a eficiência da utilização da tecnologia do medicamento entre os HH do SNS.
A principal conclusão a tirar da divulgação destes dados, advém do facto de ela constituir mais uma chamada de atenção para a inexistência de dados de informação, fiáveis e actualizados, sobre a utilização hospitalar de medicamentos que permitam analisar e intervir correctamente nesta importante área de gestão.
Sem informação não há gestão capaz, senhor ministro!
Entretanto, face às dificuldades que referi de dispormos de informação actualizada sobre o consumo hospitalar de medicamentos, os Gabinetes do Ministro da Saúde e do Secretário de Estado da Saúde efectuaram mais um inquérito junto dos hospitais para "identificação das substâncias activas e fornecedores com maior impacto no crescimento do consumo de medicamentos em hospitais" link
A dificuldade de obtenção de informação num universo tão complexo como é a actividade hospitalar, redobra quando há necessidade de a obter através de pesca à linha. O senhor ministro poderá defender-se dizendo que em tempo de guerra não se limpam armas... Mas, valha-nos deus, já vai sendo tempo de haver informação de gestão fiável e automatizada.
1 Comments:
Será que a análise dos dados do quadro nos permite concluir que os encargos com consumo de medicamentos nos hospitais SPA tem crescido a um menor ritmo do que nos hospitais SA? Se assim concluirmos(parece-me que não o podemos fazer)porquê?Que variáveis interferem e que podemos controlar nesta realidade?Como muito bem diz o Xavier o que podemos concluir face à informação que vamos obtendo é que dispomos de muito pouca e não se encontram grupos homogéneos de informação comparáveis entre os vários hospitais de modo a podermos concluir para decidir.Não há dúvidas que em cada um dos nossos hospitais precisamos de considerar a informação como um recurso estratégico superior a qualquer outro factor de produção.Essa tem que ser a grande aposta dos hospitais:mais ainda do que informação para a gestão têm os estrategas que promover a gestão da informação nas organizações de saúde(nível micro e depois macro).Os Hospitais, os Centros Hospitalares ,AS FUTURAS UNIDADES LOCAIS DE SAÚDE,em meu entender não se aguentarão , mesmo a ´curto e médio prazo,digo não obteremos algum sucesso,se não criarmos sistemas de informação internos capazes de suportar a decisão/governação/administração/gestão.Hoje, a grande maioria das vezes, decidimos sobre aquilo que não se conhece.Mas, volto a um desafio inicial deste blog, quem são os nossos decisores de topo e os leaders nos nossos hospitais?E nos cuidados de saúde primários?Eles elegem o saber como pressuposto da decisão?Estão interessados na decisão racionalizada e objectiva?Tenho cada vez mais dúvidas.Parece-me que os quadros afixados pelos corredores e salas dos nossos hospitais, pelo menos nos EPEs,com o conceito da Missão do hospital não passam de um objecto de imples adorno.Estarei a ser demasiado dura nesta análise?A informação ou melhor a criação de um sistema de informação adequado nos hospitais tem que ser reconhecida como indispensável pelos gestores,porque lhes permitirá induzir a mudança de atitudes em todas as áreas:recursos humanos,logistica...medicamentos,linhas de produção...Mas se assim conseguirmos fazer os gestores irão esquecer:1. As "cunhas políticas e outras" que enchem já as nossas organizações(pelo menos uma má imagem)e só admitirão pessol em função da informação intermédia disponível/planeamento_encargos,contéudos funcionais ...
2.As compras sem planeamento e ao sabor de interesses individuais ou de pequenos grupos ou a maioria das vezes por incompetência de gestão do negócio.
3.A decisão "em cima do joelho" e porque lhes parece e convem distorcendo a pouca informação que têm disponível.
Para que se operem todos esses esquecimentos, temos que utilizar/recuperar muito do que existe(porque nos hospitais já há muito que em alguns existem coisas bem feitas)e caminharmos para:
-Revisão de circuitos e procedimentos com fortes gestões intermédias nas áreas de suporte e nas de produção.
-Sub-sistemas de informação aos vários níveis como o da farmácia e medicamento e integação da informação de suporte com a clínica.Monitorização a todos os níveis.
-Gestão da informação ao nível de uma Unidade Orgânica(EIS),com um gestor sénior bem conhecedor da realidade em que se insere(se não quiserem,pode ser júnior desde que queira aprender e seja competente)trabalhando para a gestão estratégica e em articulação com fortes núcleos de gestão intermédia.Vamos construindo assim e melhorando o nosso sistema de informação da organização/empresa.Quando estivermos perante um conjunto organizado de procedimentos, despolotados pela gestáo da organização,que geram informação útil à unidade económica, ajudando a diminuir a incerteza e apoiando a decisão estratégica e a intermédia,conseguiremos entre outros sucessos,talvez também diminuir o consumo hospitalar de medicamentos sem prejúizo da qualidade ou melhor ,incrementando a qualidade junto dos DOENTES.
E este caminho não se percorre sem pessoas, e sobretudo sem pessoas competentes e disponíveis para "vestir a camisola" em espiríto de missão da organização.É neste contexto, que cabe o papel dos administradores hospitalares(não foi sempre assim?)quer na gestão intermédia mas também no TOPO;se assim não fosse estarìamos ou não a inverter o percurso natural das coisas da vida?
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