quinta-feira, julho 20

Novidades da Europa


Entre outros aspectos, leva-nos a constatar que a gestão em Saúde baseada na evidência é distinta da gestão convencional uma vez que atribui ênfase à criação de relações (em vez da definição de tarefas), estabelece dualidades soltas (em oposição à estruturação rígida), promove a construção e partilha de sentidos de acção (em vez de procedimentos de tomada de decisão), promove a aprendizagem (em vez de processo de distribuição de informação), promove a capacidade de improviso (em oposição ao omnisciente controlo) e promove o pensamento sobre o futuro (em vez da previsão econométrica). link
paulo kuteev moreira, DE 20.07.06

5 Comments:

Blogger tonitosa said...

Gestão (em saúde) baseada na evidência.
Algumas ideias...tudo bem. Outras parecem mais filosofia barata.
O que se espera da promoção da capacidade de improviso?! E do pensamento sobre o futuro?!
Ainda cabamos todos em "bruxos".

9:44 da tarde  
Blogger Doutor Enfermeiro said...

Ó Tonitosa,
o seu (infeliz) comentário só revela o seu desfazamento em relação a estas questões da saúde. Demosntra também um desconhecimento enorme sobre a evolução da saúde. Já começa s ser característica destes "recém-chegados", que numa tentativa infantil de se assumirem como neo-revolucionários e pseudo-intelectuais, fazem desmoronar o mundo da saúde, onde "pérolas" como esta têm uma secretária, uma cadeira e gozam de um bom rendimento do estilo jobs-for-the-boys.

3:18 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Na verdade os caros colegas comentadores ou não leram o que escrevi, ou não "quiseram" ler o que escrevi.
É que o que me mereceu "crítica" ou discordância foram as ideias de "promoção da capacidade de improviso" e de "pensamento sobre o futuro". Acrescento agora que mais a primeira que a segunda. E isto obviamente no domínio da gestão em saúde baseada na evidência.
Meus caros amigos, na história das ciências sociais e em particular nos domínios da gestão e da tomada de decisão, já muitas "teorias" passaram de moda, e nada me obriga a estar de acordo com todos os novos princípios enunciados.
E é sempre do contraditório que resulta a consolidação do pensamento científico (sem que me arrogue capacidade para dar um contributo científico para esta matéria).
Mesmo que reconheça que nós Portugueses somos todos muito bons a improvisar, prefiro uma actuação com os pés bem assentes na terra baseada naturalmente no estado actual da arte (melhor conhecimento) e apoiada no que mais relevante deva ser considerado para as soluções adoptadas. Sem nunca esquecermos que existe o risco de erro.
Quanto ao comentário do senhor enfermeiro preferias vê-lo dizer das suas razões para discordar do meu comentário e desenvolver o tema. De resto a sua crítica acéfala não me atinge.

2:05 da manhã  
Blogger Doutor Enfermeiro said...

Tonitosa disse:
"já muitas "teorias" passaram de moda, e nada me obriga a estar de acordo com todos os novos princípios enunciados."

Bem, isto está a passar para o domínio da metafísica. Ó amigo Tonitosa, repare que neste mundo não há verdades absolutas. Repare que as teorias de hoje não são as teorias de amanhã. Em nenhuma área do conhecimento uma teoria é eterna. É paradigmática. Por isso mesmo é apenas uma teoria.
Mas repare que necessitamos de ter uma referência para a nossa concepção do mundo, para as nossas actividades, para as nossas decisões, e é nesta base que entram em campo as teorias.
Há muitos anos atrás, Nicolau Copérnico refutou uma teoria que até então era tida como verdade: que o sol girava em torno da terra. Copérnico demonstrou que se passava precisamente da forma inversa.
As várias teoria da estrutura atómica têm vindo a modificarem-se. Todos nós sabemos que provavelmente daqui a 10 anos a teoria será diferente. Até lá, a que verdade os cientistas se vão agarrar? Nenhuma? Então não vale a pena andarmos neste mundo. Vivemos numa mentira constante.
Repare que todo o desenvolvimento humano até hoje, se apoiou em teorias, e a evolução tem acontecido... ou não partilha da minha opinião?

Em relação ao improviso... não revista este conceito com "características tugas".. O impriso faz parte da criatividadae, do conhecimento, da actividade, da evolução.... O improviso (leia bem o texto do Kuteev-Moreira)não é aqui empregue com o mesmo sentido do quotidiano...
Nem sequer sensibilidade tem, para diferenciar isto...

Mas reparei que é contra as teorias (porque segundo diz, a de hoje pode não ser a de amanhã), no entanto, refere "prefiro uma actuação com os pés bem assentes na terra baseada naturalmente no estado actual da arte "... ou seja na teoria em vigor...

Nem no mesmo post "bate a bota com a perdigota"...

7:01 da tarde  
Blogger tonitosa said...

O Senhor dout..enf.. é que confunde teoria com prática. E o estado actual da arte, meu caro, não é "a teoria em vigor" felizmente. É certamente bem mais rico e enriquecedor!
Mas fique lá com as suas (?) ideias que eu fico com as minhas.
E ficarei à espera que desenvolva o tema...para poder então, ou não, reconhecer que estou errado.

1:15 da manhã  

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