A ganhar Dimensão
A José de Mello Saúde, o maior grupo privado nacional a operar no sector da saúde, adquiriu 35% do Grupo Quirón. Segundo deixou entender Salvador de Mello ao DE, a prioridade da JMS passou das Parcerias para a Internacionalização. Ainda assim, o grupo mantém a intenção de apresentar propostas aos concursos para construção de novos hospitais em regime de PPP.
O 'pipeline' continua firme, CC não tem que preocupar-se. Os candidatos robustecem-se para o assalto final ao sector público da Saúde.
2 Comments:
Não vejo porque razão não devemos ficar satisfeitos com o sucesso internacional das empresas portuguesas e no caso concreto da JMS. E é bom que ganhem dimensão para actuarem, tanbém, no mercado interno.
A participação do sector privado no mercado da saúde é já, mesmo entre nós (que andamos geralmente atrasados) uma realidade.
Os técnicos e gestores da Saúde não tem, por outro lado, que temer pelo seu futuro; na verdade novas oportunidades se abrem (particularmente) para os mais competentes.
Não sou fundamentalista em matéria de Sector Público e acho que na saúde o futuro passa, inevitavelmente, pelo alargamento do Mercado. Um Mercado rigorosamente regulado e que tarda em ser claramente assumido nos objectivos do Governo.
A reforma da Saúde exige uma colaboração estreita entre os vários actores e exige o fim da promiscuidade público-privado que se vive actualmente.
Infelizmente as PPP continuam a andar a passo-de-caracol, com avanços e recuos, o que não é motivador da confiança dos investidores.
Não subscrevo de todo a ideia de "assalto" ao sector público da saúde pelos sector privado. A não ser que o Governo deixe as portas "escancaradas"!
Guidobaldo,
Você toca exactamente em dois pontos fundamentais em matéria de actividade privada no mercado da Saúde: a regulação e a segurança/vigilância. Isto é, o Governo deve definir as regras de jogo - Regulação - e deve vigiar o cumprimento dessas regras - Controlo. As regras devem pois ser claras e as portas devem ser fechadas (não escancaradas) à sua violação.
O Mercado (e neste convém ter presente o Mercado Social) pode ser excelente parceiro do Estado na Saúde sem que isso ponha em causa a acessibilidade e a qualidade dos cuidados, condições que cabe ao Estado garantir.
E isto, ao contrário do que por vezes tem sido referido, nada tem a ver com Liberalismo (ou Neoliberalismo).
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