Prescrição do Ambulatório
IDEIA: Normalizar e Controlar a Prescrição PF no Ambulatório Hospitalar.
O QUÊ: Ao contrário do internamento a prescrição de medicamentos no ambulatório hospitalar não obedece a normalização clínica nem é adequadamente monitorizada e controlada no hospital. Trata-se de, com a colaboração de médicos e farmacêuticos, definir um formulário de ambulatório no hospital e de acompanhar e controlar as prescrições.
COMO: CFT, eventualmente alargada, definirá em 120 dias um formulário que será submetido à aprovação da D. Clínica/CA. Promover-se-á a rápida implantação de aplicação farmacêutica que facilite a prescrição médica, permita a monitorização e controlo da prescrição. Prever que parte substancial da redução de gastos (60%?) reverta para investimentos nos serviços do hospital (ex.em sistemas de informação que facilitem/promovam a boa prática clínica e previnam erros e omissões, de medicamentos ou não).
ONDE: No ambulatório do hospital (CE, SU; prescrição à alta de internamento e de hospital de dia).
QUEM: CFT e Serviços Farmacêuticos com grande envolvimento médico (Direcção Clínica e Directores de Serviço) - requer-se apoio e mandato claro da DC/CA do hospital.
QUANDO: Tão logo o CA publique o procedimento com o novo formulário.
QUANTO: a) A redução da factura PVF deverá ultrapassar os 10%; b) Com o formulário e prescrição informática reduzem-se os erros de prescrição (melhoria de qualidade); c) A factura a pagar pelos doentes será também menor. Benefícios globais de $$$$ (escala 1 a 5)
Problemas/efeitos indesejados: a) Espera-se reacção dos representantes dos médicos; b) Laboratórios farmacêuticos poderão reagir.
Grau de dificuldade: Médio, seja 3 ♠♠♠. (escala: 1 a 5 espadas).
OBERVAÇÃO FINAL:
Afirmámos antes: "Ao invés de ficar à espera de medidas vindas de cima impõe-se contribuir para a mudança sugerindo ideias... se possível replicáveis noutros Serviços e Unidades... podem aplicar nos seus locais de trabalho...". Deixámos claro que não se pretendiam "medidas vindas de cima" (top-down) antes que se desenvolvam nos locais onde as coisas acontecem (Unidades de Saúde). Assim parece-me que não colhe a opinião expressa pelo Guidobaldo, nosso mui respeitado e admirado colega de blogue: "MS tem à disposição inúmeros documentos... ". Trata-se de mudar a realidade das Unidades e locais de trabalho mobilizando profissionais e líderes (bottom-up) para melhorar os resultados e a segurança (doentes, profissionais), aumentar a sustentabilidade financeira e, nesse caminho, todos aprenderem e ficarem motivados para seguir sempre aprendendo e melhorando. Não se trata de ficar á espera que o MS decida (mande fazer) antes tomar a iniciativa nas Unidades e mudar em favor de doentes, profissionais e do próprio SNS.
Ora ninguém acredita que um bom profissional não irá contribuir (com ideias, sugerindo melhorias nas ideias apresentadas) apenas porque não gosta do Ministro ou "não votei nesse partido...". Como já 2 colegas de blogue disseram "falar é fácil, difícil é fazer". Agora é um bom momento para ver quem não demonstra (com ideias/sugestões) querer que o SNS melhore. Por mim fico á espera das sugestões à ideia postada, também do Guidobaldo que é em medicamentos ..."Aquela máquina!!!"
Não há perigo de haver ideias "más"/fracas porque temos os inúmeros colegas de blogue a apoiar-nos e a sugerir (lembrar, completar, ajudar a melhorar forma,...), por isso ....vamos às ideias!
O QUÊ: Ao contrário do internamento a prescrição de medicamentos no ambulatório hospitalar não obedece a normalização clínica nem é adequadamente monitorizada e controlada no hospital. Trata-se de, com a colaboração de médicos e farmacêuticos, definir um formulário de ambulatório no hospital e de acompanhar e controlar as prescrições.
COMO: CFT, eventualmente alargada, definirá em 120 dias um formulário que será submetido à aprovação da D. Clínica/CA. Promover-se-á a rápida implantação de aplicação farmacêutica que facilite a prescrição médica, permita a monitorização e controlo da prescrição. Prever que parte substancial da redução de gastos (60%?) reverta para investimentos nos serviços do hospital (ex.em sistemas de informação que facilitem/promovam a boa prática clínica e previnam erros e omissões, de medicamentos ou não).
ONDE: No ambulatório do hospital (CE, SU; prescrição à alta de internamento e de hospital de dia).
QUEM: CFT e Serviços Farmacêuticos com grande envolvimento médico (Direcção Clínica e Directores de Serviço) - requer-se apoio e mandato claro da DC/CA do hospital.
QUANDO: Tão logo o CA publique o procedimento com o novo formulário.
QUANTO: a) A redução da factura PVF deverá ultrapassar os 10%; b) Com o formulário e prescrição informática reduzem-se os erros de prescrição (melhoria de qualidade); c) A factura a pagar pelos doentes será também menor. Benefícios globais de $$$$ (escala 1 a 5)
Problemas/efeitos indesejados: a) Espera-se reacção dos representantes dos médicos; b) Laboratórios farmacêuticos poderão reagir.
Grau de dificuldade: Médio, seja 3 ♠♠♠. (escala: 1 a 5 espadas).
OBERVAÇÃO FINAL:
Afirmámos antes: "Ao invés de ficar à espera de medidas vindas de cima impõe-se contribuir para a mudança sugerindo ideias... se possível replicáveis noutros Serviços e Unidades... podem aplicar nos seus locais de trabalho...". Deixámos claro que não se pretendiam "medidas vindas de cima" (top-down) antes que se desenvolvam nos locais onde as coisas acontecem (Unidades de Saúde). Assim parece-me que não colhe a opinião expressa pelo Guidobaldo, nosso mui respeitado e admirado colega de blogue: "MS tem à disposição inúmeros documentos... ". Trata-se de mudar a realidade das Unidades e locais de trabalho mobilizando profissionais e líderes (bottom-up) para melhorar os resultados e a segurança (doentes, profissionais), aumentar a sustentabilidade financeira e, nesse caminho, todos aprenderem e ficarem motivados para seguir sempre aprendendo e melhorando. Não se trata de ficar á espera que o MS decida (mande fazer) antes tomar a iniciativa nas Unidades e mudar em favor de doentes, profissionais e do próprio SNS.
Ora ninguém acredita que um bom profissional não irá contribuir (com ideias, sugerindo melhorias nas ideias apresentadas) apenas porque não gosta do Ministro ou "não votei nesse partido...". Como já 2 colegas de blogue disseram "falar é fácil, difícil é fazer". Agora é um bom momento para ver quem não demonstra (com ideias/sugestões) querer que o SNS melhore. Por mim fico á espera das sugestões à ideia postada, também do Guidobaldo que é em medicamentos ..."Aquela máquina!!!"
Não há perigo de haver ideias "más"/fracas porque temos os inúmeros colegas de blogue a apoiar-nos e a sugerir (lembrar, completar, ajudar a melhorar forma,...), por isso ....vamos às ideias!
semmisericórdia
5 Comments:
Tem toda a razão, caro SemMisericórdia... no conteúdo, na forma e no objectivo!
Talvez acrescentasse algumas medidas preventivas contra o impacto da inevitável reacção da IF (proibição de prescrições fora do formulário - para isso seria necessário o profundo empenho do DC -, financiamento da formação médica por entidades que não a IF, proibição das visitas dos DIMs a horas de "expediente", eventualmente negociação directa CA/IF para financiamento da formação (mas sempre sem esquecer o formulário!!!)).
De qualquer modo, este é o principal ponto em que é necessário actuar! Um abraço.
Sobre esta "IDEIA" apresentei já alguns pontos de vista. É agora o momento de clarificá-los na sequência da "critica" (entre aspas, note-se) do Semmisericordia.
Direi desde logo que normalizar não é mau. Direi mesmo que é necessário mas não deve ser uma limitação à iniciativa individual, e particularmente no domínio da Saúde. Na verdade é o médico que faz o diagnóstico que sabe (ou julga saber) o que fazer com cada doente. E deve fazê-lo com total liberdade. E normalização pode não ser sinónimo de qualidade mas apenas de um "determinado padrão de qualidade".
O prescritor recorrerá certamente a normas e informação adequadas mas a sua intervenção deve ser avaliada pelos resultados.
E é aqui que me parece que o "controlo" deve ter um papel importante. A palavra "controleiro" por mim utilizada, pretendeu apenas, e só, delimitar esse tipo de intervenção. Por isso me referi a um sistema "exageradamente" controleiro.
Naturalmente não posso deixar de concordar com medidas que visem evitar erros e decisões não fundamentadas em conhecimentos técnico-científicos (decisões sem base científica só um médico "burro" ou "louco" poderá tomar!).
É evidente que o SI é apenas instrumental. Mas é fundamental para o tal controlo e avaliação e mesmo para a melhoria contínua (da própria normalização).
De resto eu o digo quando considero que "com base nos resultados alcançados (naturalmente registados pelo SI) e meios utilizaods se devem promover estudos e comparações...".
O semmisericordia quando pergunta :"...então depois ninguém decide?" ...só pode estar a enfatizar os seus pontos de vista, por ter visto nos meus algo contrário.
Obviamente que a promoção de estudos e comparações não visa fazer dos mesmos peças de museu. Esqueceu-se de ler o resto: ...que possam servir de aconselhamento (se quiser "normas") em novas intervenções.
Talvez tenha sido sensível à expressão "o que me parece importante" como significando exclusão de normalização e controlo mas não era (nem podia ser esse o sentido atribuído por mim. Corrija-se então para "importante, a par de outras medidas..."
Direi a terminar: normalizar é bom mas pode não o ser. Controlar é bom mas pode não o ser. Normas e controlo são medidas auxiliares e importantes meios de apoio à decisão e gestão mas devem ser utilizadas de forma a não inviabilizar a iniciativa individual e "deresponsabilizar" o médico prescritor.
Quanto ao comentário do Vladimiro, discordo da ideia de que a IF está (sempre) contra os interesses do SNS. Entendo que se trata de um sector fundamental para a Saúde e, por isso, mais do que ver na sua actividade e no seu comportamento um "perigo" para as reformas na área da Saúde, devemos olhar a IF como um parceiro. Naturalmente que nem sempre os interesses empresariais e do SNS coincidirão, mas é sempre possível encontrar, pelo diálogo responsável, pontos de equilíbrio.
Dito isto, não concordo com a proibição das visitas dos DIM's durante o horário de trabalho dos médicos. É a estes que deve caber a responsabilidade de saberem quando podem receber aqueles sem prejuízo para as suas tarefas. Na verdade a divulgação de novos produtos é fundamantal para os profissionais de Saúde, mormente para os médicos, e deve ser encarada com parte da sua actividade, Os DIM's desempenham um papel de facilitador. O resto, os casos Pequito, devem ser tratados como "virus" a merecerem adequado "tratamento". E não é pela proibição das visitas que se "moraliza" o sistema. Naturalmente, devem ser definidas algumas regras e condições de acesso ao interior dos serviços.
Já quanto a patrocínios para formação entendo que devem ser considerados oferta aos Serviços cabendo aos dirigentes (eventualmente a um conselho científico) fazer a sua afectação à formação e seleccionar os "formandos" por forma a reduzir eventuais cedências com objectivos pessoais. Mas não nos iludamos: há nuitas maneiras de matar moscas!
Uma vez que trata-se de reduzir no desperdício não será vantajoso criar um modelo de formulário hospitalar do ambulatório para todos os hospitais do SNS?
POsteriormente cada unidade hospitalar procerá adaptações de pormenor em função do seu perfil de cuidados.
Sobre a normalização e a qualidade (deviamos elaborar mais ideias para colocar na "pasta qualidade") relembro que Correia de Campos disse em tempos na TV que certificação é como uma fotografia, demonstrando que não percebe nada - e consequentemente é insensível a estas questões - de qualidade nem dos custos da não qualidade.
Sobre os DIM, convinha ler este artigo.
Quanto à IF veja-se a quebra no crescimento dos genéricos (Quota de mercado dos genéricos tem maior descida de sempre; DE-2/10/2006) e as dúvidas sobre o tecto de 4% nos Hospitais. Pero que las hay, hay.
Quanto à proposta em consideração, parece-me brilhante - como seria de esperar vinda de quem vem -, apenas corrigiria o grau de dificuldade para 5 espadas, dadas as greves e tumultos previsíveis e o contexto de falta de coragem em enfrentar os lóbis deste Ministério da Saúde.
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