segunda-feira, fevereiro 26

Guerra das Urgências (4)





A Guerra das Urgências (Post do Xavier, de 19.02.2007) motivou-me para reler atentamente a proposta final da CTAPRU. link Confesso que valeu a pena, porque a leitura trouxe-me alguma surpreza, veio confirmar algumas das convicções que já tinha e, sobretudo, convenceu-me de que, como suspeita o Xavier e como, implicitamente, afirma Manuel Carrageta director do serviço de cardiologia do hospital Garcia de Orta, afinal a proposta não será, assim, tão injusta.

1- A surpreza tem a ver com a constatação de que 34 das 73 Urgências em funcionamento, afinal são urgências “clandestinas” (não constavam na R.R. das Urgências de 2001). Sabia que havia algumas, não pensava que fossem tantas.
Algumas já estariam em funcionamento em 2001. Ter-se-á permitido a abertura de outras posteriormente. De qualquer modo, ressaltam duas conclusões:
- Durante cinco anos, não houve determinação ou coragem para decidir o seu encerramento;
- Durante cinco anos, entendeu-se como normal que, tenhamos financiado o seu funcionamento “na clandestinidade”, ou tudo se passou como se assim se tivesse entendido. Já repararam no que isto significa? Por um lado, o Estado considera que esses serviços são “clandestinos” ou irregulares: não fazem parte da sua rede; pelo outro, o mesmo Estado continua a disponibilizar-lhe os recursos para se manterem tais como são. A propósito, em 2005, só 11 das “Urgências” cujo encerramento está proposto gastaram 28.047.378 Euros, (Ver link ) segundo o IGIF, Contabilidade Analítica de 2005 . Neste montante não se incluem o H. Curry Cabral e os CH da Cova da Beira e da PVVConde, para os quais não encontrei informação desagregada que permitisse tomar apenas a parte correspondente aos SU a encerrar).

2- Passemos à proposta da CTAPRU.
2.1 - É indiscutível que apresenta pontos fortes. Destacaria os seguintes:
a) Preocupou-se em encontrar e em alicerçar-se numa base de racionalidade: enunciou critérios para definir os pontos de urgência, discutiu e obteve a validação desses critérios em base mais alargada do que o âmbito da própria Comissão;
b) Enunciou claramente o objectivo que a proposta deveria cumprir: garantir para 90 % da população raios de distância/tempo (do ponto de socorro ao local) não superiores a 15 minutos e a 30 minutos, respectivamente em áreas urbanas e em áreas rurais. A ambição do objectivo sai claramente afirmada quer pela própria revisibilidade e ajustamento – que reivindica – quer pela melhoria garantida dos tempos de resposta para toda a população;
c) Obteve confirmação técnica, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra, de que a proposta cumpria o objectivo prosseguido;
d) Reconhece devidamente o papel fundamental que tem de ser exigido ao INEM, no socorro pré-hospitalar, e a importância da preparação do pessoal em ambas as fases do socorro (pré-hospitalar e hospitalar);
e) Afirma que a RRH tem natureza indicativa, deixando a decisão do destino do doente dependente da avaliação da sua situação clínica feita no local, quando possível;
f) Claramente recomenda que a implementação deve ser gradual e sujeita a verificação prévia de condições: em termos de melhoria de acessibilidades, de melhoria de requisitos de funcionamento dos pontos de SU que devam subsistir (sobretudo SUMC e SUP); de dotação adequada de recursos na área do socorro pré-hospitalar.

2.1 - A meu ver, a proposta da CTAPRU tem também debilidades. Limitando-me ao que considero mais importante, referirei:
a) A Comissão não confunde, mas não dá suficiente relevo à distinção entre atendimento permanente e, por outro lado, emergência e urgência, distinção que parece verdadeiramente fundamental. Podem corresponder, correspondem, a necessidades reais da população; mas diferem profundamente nos recursos exigidos para lhes dar resposta, na praticabilidade da dessiminação desses recursos por todo o lado e também na sede própria em que devem inserir-se. Ao não relevar convenientemente esta realidade como que legitima e inculca uma reacção do seguinte teor: ainda não temos condições de SUMC, mas o mal está aí; por que não nos são dadas?
b) Consequentemente, distribui SUB por HH e por CS, sendo estes a meu ver, a sua sede própria, nem sequer indicando uma linha desejável de evolução para os casos em que a SUB tenha, por agora, de ficar no Hospital. Perdeu a oportunidade de, por mais esta via, dizer à população que os HH são serviços a que se deve aceder por referência médica, e quão importante é a intervenção dos CP na gestão da promoção da saúde e no combate à doença; não podemos esquecer que mais de 50% - mais de 4 milhões/ano – dos utentes dos SU são-no por iniciativa própria e receberiam resposta mais adequada à sua situação se, em vez de um SU, tivessem procurado um SAP; não falaremos agora de consequências em termos de consumo de recursos (repetição de exames, alteração de terapêutica, etc.);
c) Ainda consequentemente, o reconhecimento pela RRU do escalão dos SUB (mínimo de 2 médicos e 2 enfermeiros) parece discutível pelo pouco que acrescentará, em termos de intervenção, a uma triagem feita no local e será, possivelmente, causador de perdas de tempo e de risco acrescido para as situações que devam ser classificadas de emergentes ou urgentes.
d) Excepção feita ao SU do H. Curry Cabral, a proposta é omissa no que se refere às áreas urbanas de Lisboa, Porto e Coimbra. Em qualquer delas são mantidos vários SUP, a funcionar 24 horas por dia e com procura claramente diminuída, particularmente pronunciada em algumas das especialidades que os integram. Fica a convicção de que uma melhor coordenação de recursos poderia ser conseguida com economia sensível e sem prejuízo para os utentes.
e) Globalmente, poderá dizer-se que que não é feita suficientemente a clarificação da situação à partida e à chegada, saindo diminuída a evidência dos resultados positivos esperáveis da proposta da CTAPRU. É admissível (preocupação de não exceder o mandato?) que posteriormente se complementem aspectos agora omitidos: qual a resposta para a necessidade de atendimento alargado ou permanente, rede de SAP, normas explícitas de triagem de acidentados e urgentes, etc.; mas, a sua inclusão na proposta explicitaria a sua consistência e ajudaria à sua aceitabilidade

3. Sendo indiscutível que o MS têm o direito e o dever de implementar uma RRH de urgência e de o fazer com qualidade, tempo de resposta e eficiência – como diz Manuel Carrageta ao Correio da Manhã É um dever o Estado garantir a segurança e a dignidade do cidadão. As Urgências têm a ver com a segurança”, porque surgiu, afinal, a “Guerra das Urgências? O que me parece é que ela é compreensível da parte dos que a travam e era esperável. É certo que a proposta teve um período de discussão pública, mas a população não lê relatórios técnicos e a informação que lhe chegou foi que o MS ia extinguir o seu SU ou o que considerava como tal. Na maioria dos casos, população descriminada pelo factor interioridade ou de afastamento dos grandes centros, que tem assistido a uma série de decisões que, não se discutindo a sua bondade, tem levado à perda do que considerava os seus factores de afirmação (quartéis, esquadras, escolas, outros serviços públicos, tudo menos impostos que continua a pagar pelas taxas nacionais). Agora também serviços de saúde? Continuando a citar Manuel Carrageta: “Essa medida pretende melhorar as Urgências, a capacidade de atendimento e a resolução dos problemas. É uma medida que tem de ser criada gradualmente. As alternativas confiáveis e seguras têm de ser criadas antes de se fechar qualquer Urgência. Tem de haver um trabalho de preparação da população nas cidades ou localidades onde vão ser encerradas as Urgências. Se não for feita essa preparação das pessoas para aceitarem com tranquilidade e com a sensação de que vão ganhar com isso, que a Urgência é bem encerrada, então vai-se criar instabilidade e um sofrimento que é preciso evitar a todo o custo.

4 Entretando a situação evoluiu, e ouvimos o Ministro da Presidência a apagar o fogo de reacção descontrolada de CC e assistimos agora à assinatura de acordos com os Autarcas contestatários. Há que reconhecer que, num caso e noutro, não será o armistício mais honroso para quem, antes da guerra, tinha do seu lado razão de sobra.
AIDENOS

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12 Comments:

Blogger ricardo said...

"FALTA SENSIBILIDADE AO MINISTRO"

António Arnaut, ‘pai’ do Serviço Nacional de Saúde

Correio da Manhã – Como avalia a reestruturação?

- António Arnaut – O encerramento de um serviço transmite insegurança psicológica e este aspecto foi negligenciado. O ministro Correia de Campos é das pessoas que mais sabe de Saúde no País, mas falta-lhe sensibilidade para perceber que um serviço de atendimento permanente dá uma tranquilidade que deve ser preservada.

Por que recuou o ministro?

- Podem chamar-lhe recuo, mas não é disso que se trata. As manifestações, que tiveram exageros, chamaram a atenção para a situação melindrosa que é tocar no direito à saúde. Até enalteço a disponibilidade dele para reconhecer que não tinha razão do ponto de vista humano.

Fechar não é a resposta mais adequada?

- Há serviços que têm de ser reformulados mas há casos que justificam a manutenção das Urgências que as estatísticas eliminam.

CM 26.02.07

11:03 da manhã  
Blogger coscuvilheiro said...

O que tem maior significado político neste episódio das Urgências é o facto do primeiro ministro José Sócrates ter sentido necessidade de chamar a si a condução deste dossier.
A decisão de estabelecer acordos com os autarcas foi do primeiro ministro aos olhos dos portugueses.
CC sai por conseguinte muito enfraquecido desta história.
O que irá acontecer quando ocorrerem novos protestos das populações em relação a uma outra qualquer medida?
Há uma forte possibilidade da cena voltar a repetir-se e José Sócrates voltar a desresponsabilizar o ministro da saúde!
Irá CC, após este (grave) incidente, mudar de estilo, melhorar a sensibilidade política e actuar de forma mais cautelosa e sensata?
Será certamente difícil!
Será, efectivamente, muito ao ministro da saúde, apesar da sua coragem, recuperer a face.

11:30 da manhã  
Blogger bininho said...

O humor negro de CC foi a cereja em cima do bolo. Tenho a certeza que CC se vai demitir dentro de algumas semanas. Sócrates vai deixar acalmar a coisa para não parecer que a sua demissão está relacionada com isto, mas o destino está traçado! E é melhor que esteja, pois a partir de agora CC não tem qualquer apoio ou credibilidade dentro do SNS para continuar as 'mudanças' que estava a tentar. É pena ver um homem bem preparado tecnicamente a fracassar por ser 'desbocado'.

O balanço: a coisa ainda correu pior que com Luís Filipe Pereira. 'É a Vida'.
Aguardemos o relatório de Primvera do OPSS

12:25 da tarde  
Blogger xavier said...

LINK REPARADO
11 das “Urgências” cujo encerramento está proposto gastaram 28.047.378 Euros, (Ver link )

Procedemos a reparação deste LINK que se encontrava desactivado.
Pelo facto apresentamos as nossas desculpas.

1:39 da tarde  
Blogger Vida Nova said...

Mais um excelente post: lúcido, objectivo e sintético como se vêem poucos por aqui.

2:04 da tarde  
Blogger coscuvilheiro said...

Em primeiro lugar agradecer ao AIDENÓS mais este excelente trabalho.

Ainda bem que o AIDENÓS reconhece que os SUB têm como sede própria o Centros de Saúde e não os HHs.

Como entender então o facto da Comissão responsável pela elaboração do trabalho não ter entrado em linha de conta com os serviços de urgência da rede de CSP (SAPU; CATU, etc)?

2:16 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Aidenos:

"A Guerra das Urgências (Post do Xavier, de 19.02.2007) motivou-me para reler atentamente a proposta final da CTAPRU..."

...que, entretanto, foi "saneada" do Portal da Saúde.
Só lá residem (ou resistem) os comentários do MS e os esclarecimentos da Comissão, supostamente, aditamentos à proposta final..., neste momento, "fantasma".

Terá este facto algum significado?

9:17 da tarde  
Blogger coscuvilheiro said...

O relatório definitivo da CTAPRU está disponível no Portal da Saúde
LINK
O caro É-Pá desiste logo à primeira.

10:35 da tarde  
Blogger laginha said...

Depois de ler o post, lembrava-me de já ter lido a maoir parte destes argumentos e verifiquei um post de alguém que deve ter ido ao site do DE buscar o artigo do Paulo Moreira. De facto, vale a pena notar o que este já dizia em 10/12/2006 "e dizer da justiça" deste blogue no que diz respeito a capacidade de análise e verticalidade do jovem Prof. da ENSP:

"O Serviço Nacional de Saúde (SNS) português é uma caixinha de surpresas. O documento para audição pública produzido pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências (CTAPRU), trouxe-nos uma nova interrogação sobre a racionalidade da gestão dos últimos 20 anos de SNS.

Para nosso espanto, constatamos que, sem qualquer tipo de justificação racional apareceram, desde 2001, 34 serviços de urgência (SU) não formais. Ou seja, dos actuais 73 SU apenas 39 tinham sido formalmente criados. Os outros, não eram ‘formais’!

Refeitos da surpresa, ele há outras questões para o debate. Ao contrário do apregoado em alguns foruns mediatizados, a proposta preconiza, de facto, um alargamento da rede de SU. Dos 39 formais, definidos em 2001, para 83 propostos para a nova rede. Mesmo incluindo os 34 que surgiram informalmente (?), a proposta continua a preconizar um aumento efectivo.

O que confunde a população é a reclassificação dos SU existentes em 3 níveis de diferenciação: 1) Serviço Urgência Polivalente (SUP) preparado para as situações clinicamente mais exigentes; 2) Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) preparado para responder a situações de complexidade intermédia; 3) Serviços de Urgência Básica (SUB) a situar, em larga escala, em Centros de Saúde (CS). Confunde a população que o seu SU possa ser “reclassificado”. E sem explicação sistemática, o processo continuará confuso.

Há que observar, por outro lado, que não é apresentada qualquer argumentação técnica para justificar a existência dos três níveis. Sendo que alguma investigação recente preconiza diferentes abordagens com mais ou menos níveis, esta não é uma questão menor. Neste aspecto, a pré-definição imposta pela legislação poderá ter limitado as opções dos técnicos. Poderá, até, ter eliminado algumas alternativas inovadoras.

O relatório contém algumas recomendações muito discutíveis que proponho para debate: a) as linhas de Sintra e/ou Cascais não terão um único Serviço de Urgência Polivalente? b) com que racional se justificam três SUP dentro da cidade de Lisboa? c) em Loures, onde se planeia um grande hospital, haverá apenas uma pequena urgência? d) A região centro terá um número de SU superior ao norte ainda que tenha bastante menos população? e) ainda na região centro, dois dos SUP estão em Coimbra, e um outro em Viseu. A região oriental (Covilhã, Guarda, Castelo Branco) ficou esquecida?

Por outro lado, o relatório levanta dúvidas metodológicas só desculpáveis porque nenhum dos membros da comissão é investigador ou académico. Apesar do meu respeito e empatia por estes profissionais de indiscutível competência clínica, esta fragilidade afecta, por tabela, a sua argumentação. O documento agora disponibilizado não tem referências concretas aos estudos internacionais em que se baseou. E a pesquisa nas resvistas científicas de gestão da Saúde, indica-nos uma grande diversidade de modelos que poderiam justificar outras recomendações, quiçá mais racionais e sem questionar a equidade. Preocupados com a sustentabilidade do SNS?

Atentemos também no facto de, aparentemente, se ter perdido a oportunidade de partilhar o risco com os novos hospitais em Parceria Público-Privado, que ficaram fora desta reconfiguração. Ou seja, para o Estado, a oportunidade para modernizar, a expensas privadas, uma parte significativa da rede de urgências do país parece ter passado ao lado, tal como uma diversidade de novas abordagens organizacionais. Por exemplo, em 2001, a Audit Commission, do Reino Unido, publicou o relatório ‘Reforming Emergency Care’ que clarificava opções organizacionais e desafios de competências multi-profissionais necessárias para satisfazer as novas necessidades de cuidados de Saúde das populações. Este relatório português parece ter-se auto-limitado a uma visão geográfica e quilométrica do fenómeno. Não faz qualquer alusão à evolução do perfil do utilizador dos SU, à exclusão dos médicos de medicina interna do centro deste processo, às elevadas taxas de reinternamentos, não alude à escassez de médicos especialistas em grandes áreas geográficas, nem ao facto de mais de 50% dos utentes dos SU não serem caracter urgente, conforme comprovado pelo Protocolo de Triagem de Manchester.

Ainda não constatamos, como os finlandeses, que mais de metade dos problemas de Saúde se resolvem fora SU e com o apoio do sector social."

Esta última frase é particularmente interesaante para o debate actual!

10:07 da manhã  
Blogger saudepe said...

Caro Laginha,
Compreendo que queira defender o professor PKM. Considero, no entanto, de mau gosto e pouco inteligente, acusar o trabalho do nosso Aidenós de quase plágio do artigo do professor Kuteev.

3:02 da tarde  
Blogger laginha said...

Caro (ou cara) 'Saudepe',
não era minha intenção (nem julgo que de ninguém que tenha mencionado o artigo do Prof. Paulo Moreira) acusar o texto de plágio. A intenção era apenas mostrar que o Prof PM já tinha feito uma análise muito válida que vai na mesma linha da aqui apresentada acrescentando outros aspectos muito importantes ao debate. Peço desculpa se pareceu dar essa impressão. Um abraço.

PS: vale a apena ir ao site do DE e ver o arquivo dos artigos do Prof. PM. Alguns são verdadeiras pérolas de discernimento e insenção e com uma contínua actualidade conforme os meses passam.

7:58 da tarde  
Blogger AIDENÓS said...

Ainda devo ao Prof. Paulo Moreira a visita que recomenda ao site do DE. A minha intervenção não teve outras razões que não fossem as que, a abrir, referi expressamente. Por vezes ando um pouco distraído, e não tinha lido o que PM dizia já em 10/12/2006. Se tivesse, ter-me-ia sido mais fácil, pois bastaria citá-lo nos pontos em que concordasse, como, noutros casos, algumas vezes tenho feito.
Para mim – que não sou e não tenho a ambição de ser professor em lado nenhum e tenho consideração pelos que são – foi agradável surpresa constatar agora que a minha análise vai na mesma linha também seguida por PM, sem, obviamente, serem coincidentes. Na verdade, a minha intervenção visou mostrar que no Ministério da Saúde há distracções intoleráveis, que a proposta da CTAPRU tem pontos fortes e tem debilidades e, se a “Guerra” existe, é porque o processo não foi o que deveria ter sido. Se nesta linha existem alguns pontos de convergência com PM, a verdade é que, por isso, não os deveria ter omitido e a coincidência fica por aí: naturalmente, são diferentes as razões e os comentários por mim aduzidos, assim como é diferente o tempo em que foram feitos e as reacções – algumas excessivas – que entretanto surgiram.
Registo que a sua intenção não foi a de acusar-me de o ter plagiado – do que me não pesa a consciência – mas sim a de chamar a atenção para o mérito do Professor, a que não ponho nenhuma restrição, e este esclarecimento parece-me consistente.

9:51 da tarde  

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