Inflexões de Rumo?
O Governo entrou na 2º. fase do seu mandato. Acabou-se o tempo para as veleidades, os deslizes e os improvisos.
O PS não pode ignorar que, por alguma razão, o PSD elegeu a Saúde, como alvo predilecto e imediato da batalha da oposição.
Ao PS interessa discutir não só as razões do PSD, mas também avaliar os resultados políticos da acção do MS. Não os dados estatísticos, as projecções, contabilidades "para inglês ver", etc.
O PCP já tinha "mordido a isca" (jornadas da Guarda), O PR lançou o alerta, o PSD pegou na "deixa", o BE não tardará em o fazer e o PS tem, obrigatoriamente, de em Óbidos, gizar uma estratégia.
Uma estratégia eminentemente política.
O pilar social do Estado é uma área muito sensível. Não se compadece com o "mensagem de ano novo" de CC que anunciou prosseguir com "medidas anti-populares" ou que na maior parte dessas medidas "tem razão antes do tempo". Uma clamorosa ausência de "timming".
Em Óbidos vão ser discutidas previsíveis inflexões no rumo da Saúde em Portugal e avaliar as suas consequências.
Há um documento prévio para discussão (resolução da AR nº. 4/2007) proposto pelo PS e aprovado por unanimidade na AR.
CC tem de o levar bem estudado.
A discussão vai girar à volta do que aí está estampado e, naturalmente, no que está nas entrelinhas. E, também, com o impacto e consequências das "antecipadas" recomendações da Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS.
Uma coisa é certa. O PS está intranquilo e a ANMP está à espreita. Ninguém, no espectro político nacional, está, nesta área, sereno. Por diferentes razões.
Em Óbidos, o PS vai ser confrontado com o "estado da Saúde" em Portugal. Com a sustentabilidade, operacionalidade, possibilidades e dimensão do SNS. Com os "apetites" do sector privado. Etc.
E se, possível, encontrar-se com a realidade.
Porque:
"A política é a doutrina do possível" disse Otto Bismarck
(um político que teve o ensejo de "inaugurar" o welfare state... com os seguros sociais obrigatórios, cobrindo a doença...)
O PS não pode ignorar que, por alguma razão, o PSD elegeu a Saúde, como alvo predilecto e imediato da batalha da oposição.
Ao PS interessa discutir não só as razões do PSD, mas também avaliar os resultados políticos da acção do MS. Não os dados estatísticos, as projecções, contabilidades "para inglês ver", etc.
O PCP já tinha "mordido a isca" (jornadas da Guarda), O PR lançou o alerta, o PSD pegou na "deixa", o BE não tardará em o fazer e o PS tem, obrigatoriamente, de em Óbidos, gizar uma estratégia.
Uma estratégia eminentemente política.
O pilar social do Estado é uma área muito sensível. Não se compadece com o "mensagem de ano novo" de CC que anunciou prosseguir com "medidas anti-populares" ou que na maior parte dessas medidas "tem razão antes do tempo". Uma clamorosa ausência de "timming".
Em Óbidos vão ser discutidas previsíveis inflexões no rumo da Saúde em Portugal e avaliar as suas consequências.
Há um documento prévio para discussão (resolução da AR nº. 4/2007) proposto pelo PS e aprovado por unanimidade na AR.
CC tem de o levar bem estudado.
A discussão vai girar à volta do que aí está estampado e, naturalmente, no que está nas entrelinhas. E, também, com o impacto e consequências das "antecipadas" recomendações da Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS.
Uma coisa é certa. O PS está intranquilo e a ANMP está à espreita. Ninguém, no espectro político nacional, está, nesta área, sereno. Por diferentes razões.
Em Óbidos, o PS vai ser confrontado com o "estado da Saúde" em Portugal. Com a sustentabilidade, operacionalidade, possibilidades e dimensão do SNS. Com os "apetites" do sector privado. Etc.
E se, possível, encontrar-se com a realidade.
Porque:
"A política é a doutrina do possível" disse Otto Bismarck
(um político que teve o ensejo de "inaugurar" o welfare state... com os seguros sociais obrigatórios, cobrindo a doença...)
É-Pá
2 Comments:
VELEDADES, DESLIZES, IMPROVISOS
Por mais que me esforce, não consigo perceber o que passa pela cabeça dos nossos governantes, que os leva, volta e meia, a atirar boca fora, sem pesar devidamente as consequências, os maiores despautérios. Então na Saúde, a situação é verdadeiramente pandémica.
A coisa funciona por turnos, como num SAP, 24 sobre 24 horas. De manhã é a Secretária de Estado Adjunta que inicia a maratona … Passando rapidamente o testemunho ao Chefe que, verdade seja dita, não poupa horas extraordinárias, cumprindo, turno após turno, ininterruptamente, a propagação dos desconchavos, como se deles dependesse a sobrevivência dos utentes.
Poder-se-ia mesmo falar de comorbilidades em sede de disparate… Sendo a reforma dos cuidados de saúde primários um bom exemplo de multipatologia em sede de desatino protagonizado pela tutela.
Aqui há dias, presenciámos uma situação aguda da doença. Carmen Pignatelli, falando em nome do Ministro na conferência que marcou o primeiro ano de mandato da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) – Correia de Campos ficara retido no Conselho de Ministros que aprovou o orçamento de Estado para 2007 – resolveu desmentir o chefe, anunciando que seria muito difícil, senão mesmo impossível em alguns casos, cumprir os objectivos da reforma em curso; que quando entrou para Governo a Saúde lhe parecera um caos… Agravado, com o correr do tempo, para a eminência do colapso; que não existe ”Máquina“ da Saúde; que para negociar com os parceiros sociais a contratação colectiva, não dispõe de um só técnico especializado; que os recursos na área da informática são menos do que escassos; que a mobilidade dos profissionais depende da boa vontade do Ministro das Finanças, como também dele depende a aprovação dos novos modelos retributivos associados às USF, já aprovados por Correia de Campos… Que muito do que está previsto não acontece, porque o colega contabilista lhe corta as vazas…
Enfim… Um rol de impossibilidades e esperanças infundadas nascidas, garantiu ela, da falta de comunicação entre os diversos organismos que tutela e os subscritores da estratégia para os CSP (Ministro incluído) aquando da calendarização das metas a atingir.
Como normalmente acontece, o desvario ateou chamas de indignação e logo chegou à comunicação social, que não perdeu o furo.
- A reforma dos CSP está congelada! – Noticiaram, em uníssono, os jornalistas… Para logo apontar denunciante e denunciado:
- Carmen Pignatelli afirma que não será possível cumprir as metas traçadas, devido ao bloqueio das Finanças.
Dada a gravidade da situação, foram chamados à urgência todos os responsáveis envolvidos, e como seria de esperar, o desvario não tardou, polifónico.
Fonte oficial do Ministério da Saúde – designação genérica do assessor de imprensa – Garantiu que tudo não passou de uma utilização indevida da mensagem transmitida pela Senhora Secretária de Estado, pelos órgãos de comunicação social (CS). Carmen Pignatelli, por sua vez, justificou-se, alegando que se tratara de uma ”conversa intimista“, dirigida a profissionais e dirigentes… Enfim: confidências, abusivamente reveladas pelos jornalistas.
Correia de Campos, como não poderia deixar de ser, juntou-se ao coro de protestos contra os profissionais da CS, reafirmando o seu apoio inabalável à reforma dos cuidados de saúde primários, ”particularmente depois do lamentável tratamento da CS ao referido evento“ (ver carta, nesta edição).
O que nenhum deles explicou, foi como a tal conversa ”intimista“ aconteceu. Nem tão pouco, como as confidências chegaram aos jornalistas… Uma explicação que importava dar, digo eu, jornalista. Dizer, por exemplo, que as intimidades foram reveladas pela Secretária de Estado, numa mesa em cima da qual se destacavam os microfones da Antena 1 e da Renascença, para além dos gravadores de muitos outros profissionais de outros tantos órgãos de CS. Jornalistas, presentes na sala, a convite do Ministério. E dizer, também, que em nenhum momento nos foi dito que a conversa era em ”off“.
Bem… Se para a população que não esteve presente no Salão Nobre da Escola Nacional de Saúde Pública, a explicação até pode convencer – se nos esquecermos de que as afirmações da Senhora foram transmitidas na rádio – já para quem lá esteve, a desculpa fica mais difícil de engolir. E para esses… Não há costas de jornalista suficientemente largas para arcar com a culpa!
JMédico Família
Excelente análise do É-Pá.
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