quarta-feira, fevereiro 14

OM, código deontológico




O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, continua a considerar desnecessária uma eventual alteração do Código Deontológico dos clínicos, mesmo depois do triunfo do "sim" no referendo. link
O professor Rui Nunes, do Serviços de Ética Médica da Faculdade de Medicina do Porto, entende que o Código Deontológico deve ser revisto.
link

Para o provedor de Justiça, o Código Deontológico da Ordem dos Médicos não suscita nenhum problema, ao considerar como "falta deontológica grave" a prática de aborto pelos médicos, mesmo nos casos em que tal não é legalmente ilícito.link

Para o professor Vital Moreira há três soluções: revogação pela OM, declaração de nulidade pelos tribunais ou revogação pela própria AR, ao votar a nova lei de despenalização do aborto (causa nossa).

4 Comments:

Blogger naoseiquenome usar said...

:))))
As palavras são do José da GLQL, mas não resisto a transcrevê-las:

"Vital é um moderno. Quem não pensa como ele pensa, agora, será pouco menos do que um rural, incivilizado e, está bom de ver, “reaccionário”. A palavra nunca lhe saiu do léxico, embora já não ouse afirmá-la"

11:45 da manhã  
Blogger e-pá! said...

O problema é fruto de dualidades simples:

a) um código deontológico dentro de uma Ética humanista;
versus,
b) um código deontológico dentro de uma Ética cristã.

ou,

a) um um código deontológico universalista, laico;
versus,
b) um código deontológico confessional, dogmático.

ou,

a) a modernidade;
versus,
b) o conservadorismo.

6:06 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

ou...

Como diz Rui Ramos no Público d'hoje:

" As esquerdas em Portugal acreditaram sempre que a "modernidade" consistiria numa simples versão laicista da homogeneidade católica do Antigo Regime: onde antes eram todos "católicos", todos um dia seriam "homens de esquerda" ( inclusivé as mulheres). Foi o que aprenderam com Augusto Compte. O "progresso" iria consistir no triunfo total do secularismo socialista, tal como a história antiga teria consistido na expansão da igreja cristã. As direitas seriam uma espécie de índios americanos, condenados a desaparecer perante as caravanas e comboios da esquerda. Foi assim que Afonso Costa, em 1910 se convenceu que podia acabar com o catolicismo em "duas gerações". O que acontece a seguir é conhecido. Mas, pelos vistos, houve quem não tivesse aprendido nada. As esquerdas portuguesas dão-nos as boas-vindas ao séc. XXI com as ideias do séc. XIX."

:)

7:10 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

ou finalmente...

Corruptissima respublica, plurimae leges.

1:48 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home