OM, código deontológico
O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, continua a considerar desnecessária uma eventual alteração do Código Deontológico dos clínicos, mesmo depois do triunfo do "sim" no referendo. link
O professor Rui Nunes, do Serviços de Ética Médica da Faculdade de Medicina do Porto, entende que o Código Deontológico deve ser revisto. link
O professor Rui Nunes, do Serviços de Ética Médica da Faculdade de Medicina do Porto, entende que o Código Deontológico deve ser revisto. link
Para o provedor de Justiça, o Código Deontológico da Ordem dos Médicos não suscita nenhum problema, ao considerar como "falta deontológica grave" a prática de aborto pelos médicos, mesmo nos casos em que tal não é legalmente ilícito.link
Para o professor Vital Moreira há três soluções: revogação pela OM, declaração de nulidade pelos tribunais ou revogação pela própria AR, ao votar a nova lei de despenalização do aborto (causa nossa).
4 Comments:
:))))
As palavras são do José da GLQL, mas não resisto a transcrevê-las:
"Vital é um moderno. Quem não pensa como ele pensa, agora, será pouco menos do que um rural, incivilizado e, está bom de ver, “reaccionário”. A palavra nunca lhe saiu do léxico, embora já não ouse afirmá-la"
O problema é fruto de dualidades simples:
a) um código deontológico dentro de uma Ética humanista;
versus,
b) um código deontológico dentro de uma Ética cristã.
ou,
a) um um código deontológico universalista, laico;
versus,
b) um código deontológico confessional, dogmático.
ou,
a) a modernidade;
versus,
b) o conservadorismo.
ou...
Como diz Rui Ramos no Público d'hoje:
" As esquerdas em Portugal acreditaram sempre que a "modernidade" consistiria numa simples versão laicista da homogeneidade católica do Antigo Regime: onde antes eram todos "católicos", todos um dia seriam "homens de esquerda" ( inclusivé as mulheres). Foi o que aprenderam com Augusto Compte. O "progresso" iria consistir no triunfo total do secularismo socialista, tal como a história antiga teria consistido na expansão da igreja cristã. As direitas seriam uma espécie de índios americanos, condenados a desaparecer perante as caravanas e comboios da esquerda. Foi assim que Afonso Costa, em 1910 se convenceu que podia acabar com o catolicismo em "duas gerações". O que acontece a seguir é conhecido. Mas, pelos vistos, houve quem não tivesse aprendido nada. As esquerdas portuguesas dão-nos as boas-vindas ao séc. XXI com as ideias do séc. XIX."
:)
ou finalmente...
Corruptissima respublica, plurimae leges.
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