Cirurgia Plástica no SNS
Aparentemente, a Cirurgia Plástica no SNS link deveria estar condicionada à cirurgia reconstrutiva.
Todos conhecemos (e já ouvimos) a argumentação de que o Estado, por motivos orçamentais, não devia suportar a chamada "medicina de conforto".
Todavia, os HH's não têm fins exclusivamente assistenciais.
Assim, pergunto: onde se formavam os futuros especialistas de cirurgia plástica nas áreas da estética e da cosmética?
O apelo à indignação não poderá, por vezes, esmagar o bom senso?
É-Pá
Todos conhecemos (e já ouvimos) a argumentação de que o Estado, por motivos orçamentais, não devia suportar a chamada "medicina de conforto".
Todavia, os HH's não têm fins exclusivamente assistenciais.
Assim, pergunto: onde se formavam os futuros especialistas de cirurgia plástica nas áreas da estética e da cosmética?
O apelo à indignação não poderá, por vezes, esmagar o bom senso?
É-Pá
7 Comments:
O problema fundamental relativamente a esta matéria, como se refere no artigo do JN, reside no facto de o limiar entre a cirurgia simplesmente estética e correctiva ser muito ténue.
A questão posta pelo é-pá é pertinente.
Deve prevalecr sempre o bom senso.
Respondendo directamente à pergunta do e-pá: Nos Hospitais Privados.
Hospitaepe:
Seria uma hipótese. No caso dos HP revelarem apetência para isso. É que a formação, indirectamente, diminui a produtividade.
E, como sabe, os HP tem dado sobejos indicios de preferirem contratualizar especialistas "ready to wear ".
Finalmente, como também sabe, a formação do Internato Complementar é, no contexto em vigor, acompanhada e avaliada pelo MS, através de orgãos próprios.
éoquetemos:
O que mais temos são listas de espera cirúrgica. O dificil será encontrar uma especialidade sem elas...
Mas, atenção, nem tudo é linear.
Uma redução mamária pode, em alguns casos, ser um intervenção necessária e imprescindível para a saúde de uma doente, sem integrar qualquer aspecto estético.
Sobre os critérios de admissão cirúrgicos eles estão suficientemente explicitados nas propostas do SGIC, cujos graus de prioridade são validados pelo Director de Serviço (ou por quem o mesmo delegou competências). A não ser que esteja a insinuar que se fazem nos HH públicos cirurgias "clandestinas". Eu não apostava nisso.
Não vale a pena usar estes problemas para entrar no âmbito ou na senda do co-pagamento. As razões para pisar o risco de alterações do finaciamento do SNS terão de ser mais ponderosas. A propósito, sabe alguma coisa do relatório sobre a sustentabilidade do SNS?
Deixe estas doentes em paz. Elas já vão pagar taxas de "utilização".
E os jovens internos precisam de "fazer a mão". O mercado de trabalho, público ou privado, espera-os. Não é?
éoquetemos:
Não houve qualquer leitura preconceituosa, simplesmente a minha interpretação (ao que vejo errada) sobre o que estva escrito:
"Vai uma apostinha que essa é feita para os amigos e mais afluentes."
As propostas do SGIC não têm 3 niveis de prioridade.
Têm quatro:
NORMAL, PRIORITÁRIO, MUITO PRIORITÁRIO E URGÊNCIA DIFERIDA. Quando se trabalha numa unidade hospitalar sem urgência de porta aberta - como é o caso do Dr. Laranja Pontes - o leque estreita-se.
Mesmo assim o sistem continua cego, ou "vesgo", se quiser ser mais comedido.
Caro É-pá:
O importante será não fazer confusões.
1. Se tivesse nascido com “orelhas de burro”, estou convencido de que qualquer um faria o possível para as corrigir porque “não bateria a alheta com a careta”. Não me passaria pela ideia, em tal situação, desresponsabilizar o SNS. Sendo a saúde o tal “estado de completo bem-estar físico, social e mental”, certamente admitirá prioridades, defini-las é que é outra conversa, porque, diz quem sabe e eu acredito, o físico, o social e o mental intercondicionam-se.
2. O SNS é só tendencialmente gratuito e talvez não seja necessário ser-se adivinho para vaticinar que, neste domínio e por mais que nos custe, haverá alterações significativas na próxima década: até já está a haver algumas. Ver o que se passa no UK, na Alemanha, na Holanda. O não ser gratuito, ou ser menos gratuito (questão de prioridades orçamentais) não implica que os HH do SNS deixem de o fazer (custa-me dizê-lo assim porque penso que todos os HH deviam ser do SNS. Não por defender o monopólio do Estado e sim por entender que todos os HH deviam poder participar no SNS, em competição gerida e controlada pela Administração deste).
Caro Aidenós:
Concordo com o teor do seu comentário.
Quando falei num comentário anterior da "medicina de conforto"
estava exactamente a pensar nas condicionantes emergentes na Alemanha, na Holanda, UK..., por isso, apelei que os constrangimentos orçamentais não abafassem o bom senso.
E, finalmente, quanto ao seu (da OMS) conceito de saúde o meu inteiro aplauso.
Enviar um comentário
<< Home