Reforma da Saúde
Estranhamente ou talvez não, Patinha Antão deixou de criticar a política de saúde do nosso ministro António Correia de Campos.link
(…) Criado em 1979, e inspirado no NHS britânico, o SNS (Serviço Nacional de Saúde) desenvolveu-se, inicialmente, segundo uma lógica de monopólio público, empurrando a produção privada para um papel marginal e relutantemente tolerado.
Mas, em 1990, a Lei de Bases da Saúde pôs termo a esta concepção, abrindo a porta para um sistema misto, de produção pública e privada, integrado e concorrencial.
E, em 1993, afirmando o princípio da subsidariedade, a reforma do Estatuto do SNS veio permitir a celebração, por concurso, de contratos de gestão de estabelecimentos seus por entidades privadas.
Reconheceu-se, sem complexos que a gestão privada poderia servir o interesse público, desde que acrescentasse valor, em qualidade de serviço e em eficiência de custos, em relação ao comparador da correspondente gestão pública.
O primeiro, e até agora único, contrato deste tipo foi o da gestão do Hospital Amadora Sintra que se iniciou em 1996.
Volvida uma década, e apesar de acidentes de percurso, o seu pressuposto de criação de valor está mais do que verificado.
Entretanto, a reforma do modelo de governação evoluiu sobretudo em duas direcções.
Introduziu-se, em ‘big bang’, na rede hospitalar do SNS, a gestão empresarial profissional e a acreditação internacional de qualidade.
E ampliou-se o mercado concorrencial, através do lançamento de novos hospitais públicos em regime PPP (parceria público-privada) e da expansão dos seguros privados de coberturas complementares de saúde.
Acredito que esta reforma, face ao nível de maturidade que já atingiu, se tornou irreversível.(…)
(…) Criado em 1979, e inspirado no NHS britânico, o SNS (Serviço Nacional de Saúde) desenvolveu-se, inicialmente, segundo uma lógica de monopólio público, empurrando a produção privada para um papel marginal e relutantemente tolerado.
Mas, em 1990, a Lei de Bases da Saúde pôs termo a esta concepção, abrindo a porta para um sistema misto, de produção pública e privada, integrado e concorrencial.
E, em 1993, afirmando o princípio da subsidariedade, a reforma do Estatuto do SNS veio permitir a celebração, por concurso, de contratos de gestão de estabelecimentos seus por entidades privadas.
Reconheceu-se, sem complexos que a gestão privada poderia servir o interesse público, desde que acrescentasse valor, em qualidade de serviço e em eficiência de custos, em relação ao comparador da correspondente gestão pública.
O primeiro, e até agora único, contrato deste tipo foi o da gestão do Hospital Amadora Sintra que se iniciou em 1996.
Volvida uma década, e apesar de acidentes de percurso, o seu pressuposto de criação de valor está mais do que verificado.
Entretanto, a reforma do modelo de governação evoluiu sobretudo em duas direcções.
Introduziu-se, em ‘big bang’, na rede hospitalar do SNS, a gestão empresarial profissional e a acreditação internacional de qualidade.
E ampliou-se o mercado concorrencial, através do lançamento de novos hospitais públicos em regime PPP (parceria público-privada) e da expansão dos seguros privados de coberturas complementares de saúde.
Acredito que esta reforma, face ao nível de maturidade que já atingiu, se tornou irreversível.(…)
Mário Patinha Antão, DE 16.05.07
4 Comments:
Pudera!
CC já ultrapassou LFP pela direita.
Aproxima-se velozmente o dia... em que um acidentado ao dirigir-se a um Hospital, na proximidade (a natureza do mesmo fica à imaginação do leitor), o primeiro diálogo, será:
HH - Tem o seu seguro de saúde?
D - Não. Não tenho!
HH - Deve dirigir-se, com urgência, a um "desses" hospitais públicos!
Ao longe (observando a Saúde...), Patinha Antão, apressa-se a chamar uma ambulância, e rematará:
- O Estado acaba de "cumprir" a sua função social...
O comentário do É-Pá é certeiro.
A reelaboração dos conceitos está em marcha.
Se não se consegue mudar a realidade, muda-se a teoria.
A teoriado Patinha foi sempre a mesma. A de CC é que tem vindo a radicalizar-se.
O PSD também precisa de renovar a sua gent da saúde. As jornadas parlamentares foram de uma pobreza confrangedora e, claro, com impacto zero na comunicação social. Não quererão lá no PSD o Prof. Paulo Moreira? Até ficava bem e elevava o debate político e a oposição séria. O livro do Prof. PM vale a pena ler.
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