Sem ventos de mudança
Nota prévia:
De saudar o bom desempenho hospitalar que se deduz das afirmações do Sr. Secretário de Estado. LINK
No entanto, continua a senda do MS, ao que parece, envolvido num enigmático "concubinato" com o DE.
Importantes notícias vão saindo a conta-gotas nesse periódico. Se, a esta hora, abrirmos a página do Portal da Saúde, nada consta sobre os resultados do desempenho dos HH's (neste caso EPE's) referente ao exercício de 2006.
A gestão hospitalar, melhor, todo o universo que a envolve (objectivos, contratos-programa, a avaliação, etc) mergulha - para a multiplicidade de profissionais de saúde que contribuem para o funcionamento do Sistema - num misterioso secretismo. Não há qualquer indício de partilha.
Volto a insistir numa tecla. Os resultados apresentados, diga-se em abono de verdade, confirmam a consolidação. O Governo, ao que é visível, quedar-se-à por aí. Em última análise, procederá à paulatina substituição das administrações prevaricadoras no cumprimento de objectivos pré-estabelecidos, o que é um natural corolário de responsabilização por uma boa gestão.
A consolidação é um objectivo indispensável no actual contexto orçamental do País, mas não é um fim. Uma "nova" situação hospitalar, isto é os HH's privados (já abertos e por abrir), o crescendo dos seguros de saúde (nomeadamente os de grupo - nas empresas), entre outras alterações do "mercado da saúde", introduzem, na análise das performances, novos parâmetros - a competividade e a concorrência - que não se satisfazem com (exclusivos) objectivos de consolidação.
Os utentes não são personagens fiéis (em muitas coisas), mas nomeadamente, em termos de exigência e aceitação de serviços. A medida que for beneficiando do desenvolvimento do País, será tentado (solicitado, aliciado) a saír do SNS, se este não lhe oferecer qualidade.
Abriram-se novas fronteiras, enfrentamos novos desafios que, em minha opinião, passam pelo investimento e na aposta em inovação.
Portanto, olhando para cabeçalho do post (SNS em mudança), considero que podemos falar num SNS em consolidação, ainda, sem ventos de mudança.
De saudar o bom desempenho hospitalar que se deduz das afirmações do Sr. Secretário de Estado. LINK
No entanto, continua a senda do MS, ao que parece, envolvido num enigmático "concubinato" com o DE.
Importantes notícias vão saindo a conta-gotas nesse periódico. Se, a esta hora, abrirmos a página do Portal da Saúde, nada consta sobre os resultados do desempenho dos HH's (neste caso EPE's) referente ao exercício de 2006.
A gestão hospitalar, melhor, todo o universo que a envolve (objectivos, contratos-programa, a avaliação, etc) mergulha - para a multiplicidade de profissionais de saúde que contribuem para o funcionamento do Sistema - num misterioso secretismo. Não há qualquer indício de partilha.
Volto a insistir numa tecla. Os resultados apresentados, diga-se em abono de verdade, confirmam a consolidação. O Governo, ao que é visível, quedar-se-à por aí. Em última análise, procederá à paulatina substituição das administrações prevaricadoras no cumprimento de objectivos pré-estabelecidos, o que é um natural corolário de responsabilização por uma boa gestão.
A consolidação é um objectivo indispensável no actual contexto orçamental do País, mas não é um fim. Uma "nova" situação hospitalar, isto é os HH's privados (já abertos e por abrir), o crescendo dos seguros de saúde (nomeadamente os de grupo - nas empresas), entre outras alterações do "mercado da saúde", introduzem, na análise das performances, novos parâmetros - a competividade e a concorrência - que não se satisfazem com (exclusivos) objectivos de consolidação.
Os utentes não são personagens fiéis (em muitas coisas), mas nomeadamente, em termos de exigência e aceitação de serviços. A medida que for beneficiando do desenvolvimento do País, será tentado (solicitado, aliciado) a saír do SNS, se este não lhe oferecer qualidade.
Abriram-se novas fronteiras, enfrentamos novos desafios que, em minha opinião, passam pelo investimento e na aposta em inovação.
Portanto, olhando para cabeçalho do post (SNS em mudança), considero que podemos falar num SNS em consolidação, ainda, sem ventos de mudança.
É-Pá
7 Comments:
Sustentabilidade do SNS-
Discussão intermitente.
“Não nos interessa lançar essa discussão agora”, admitiu o ministro da Saúde quando confrontado com o atraso na divulgação oficial do relatório sobre a sustentabilidade do financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Fica em stand by a aguardar melhor oportunidade.
Seja qual for o ângulo de observação, é evidente que no SNS sopram ventos de mudança.
Os objectivos são justificáveis: conseguir ganhos de eficiência.
Os efeitos adversos das medidas que estão a ser implementadas ainda não se fizeram sentir.
O processo de mudança em curso trará inevitávelmente, prejuízo do acesso dos doentes aos cuidados de saúde. O efeito das medidas far-se-à sentir muito para além da moderação do consumo de cuidados.
Caro é-pá,
Foi uma pena não o nomearem para a administração dos HUC.
Um conhecimento tão profundo e abrangente dos temas de saúde merecia maior reconhecimento.
Uma injustiça.
Caro mário de sá peliteiro:
Podia ser mais directo.
Dizer, por exemplo, que queria ver-se "livre" de mim neste blog.
Ou, então, pensar que eu poderia - outro exemplo - estar de licença sem vencimento... de longa duração...em trânsito para qualquer sítio.
Agora há uma coisa posso assegurar-lhe...
O amigo tem lugar cativo na futura "holding" da ANF. É justo que assim seja.
Caro é-pá,
Se há coisa que me arrependo muitas vezes é de ser directo.
Estava a provocá-lo sim, :-)
Mas não pense que me queria ver livre de si. Se fosse o caso dizia-o. Muito embora discordemos quase sempre, a verdade é que lhe reconheço valor nos seus textos. Respeito muito o mérito.
Mais certo é eu ir para a administração dos HUC e o é-pá para a holding da ANF.
Um abraço
Meus queridos bloguers, MSP e E.Pá:
Deixem-se dessas animosidades, please!
Contribuam, antes, positivamente, para o debate da Saúde!
Cumprimentos.
(Vamos lá ver: o objectivo é melhorar tanto quanto possível o SNS que temos. Certo?)
Na praça da Ribeira
Há um romance d´amor
Entre a Rita queé peixeira
E o xico que é pescador.
Qualquer dia acontece por aqui algum casamento!
E porque não?
Se os miúdos ultimamente deram em nascer nas ambulâncias...
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