quinta-feira, maio 3

SNS em Mudança


(…) Considerando apenas o universo dos Hospitais EPE, os resultados melhoraram cerca de 26 milhões de euros em relação a 2005 (corrigindo o efeito do orçamento rectificativo neste ano). Os custos cresceram abaixo da inflação, tendo sido atingido o difícil objectivo de conter o aumento da despesa em medicamentos, que se situou em 4%.LINK

Todo este trabalho necessita de consolidação e aperfeiçoamento, no sentido de melhorar os instrumentos de gestão e desenvolver uma cultura de responsabilidade das administrações hospitalares, compatível com a maior autonomia de que dispõem. A prévia definição de objectivos, a contratualização, o acompanhamento e a avaliação são passos da gestão hospitalar que importa consolidar.

Como corolário do processo de avaliação, a substituição das administrações que não demonstrarem o suficiente empenho para a realização dos objectivos deve ser encarada como um acto de boa gestão. É um processo a decorrer, sem prazo estabelecido, assente em decisões individualizadas e com justificação própria.(…)
Francisco Ramos, DE 03.05.07

5 Comments:

Blogger e-pá! said...

Uma nota prévia:
De saudar o bom desempenho hospitalar que de deduz das afirmações do Sr. Secretário de Estado.
No entanto, continua a senda do MS ao que parece envolvido num inigmático "concubinato" com o DE.
Importantes notícias vão saindo a conta-gotas nesse periódico. Se, a esta hora, abrirmos a página do Portal da Saúde, nada consta sobre os resultados do desempenho dos HH's (neste caso EPE's).
A gestão hospitalar, melhor, todo o universo que a envolve (objectivos, contractos-programas, a avaliação, etc) mergulha - para a multiplicidade de profissionais de saúde que contribuem para o funcionamento do Sistema - num misterioso secretismo. Não há qualquer indício de partilha.

Volto a insistir numa tecla. Os resultados apresentados, diga-se em abono de verdade, confirmam a consolidação. O Governo, ao que é visível, quedar-se-à por aí. Em última análise, procederá à paulatina substituição das administrações prevaricadoras no cumprimento de objectivos pré-estabelecidos, o que é um natural corolário de responsabilização por uma boa gestão.
A consolidação é um objectivo indispensável no actual contexto orçamental do País, mas não é um fim. Uma "nova" situação hospitalar, isto é os HH's privados (já abertos e por abrir), o crescendo dos seguros de saúde (nomeadamente os de grupo - nas empresas), entre outras alterações do "mercado da saúde", introduzem, na análise das performances, novos parâmetros - a competividade e a concorrência - que não se satisfazem com (exclusivos) objectivos de consolidação.
Os utentes não são personagens fiéis (em muitas coisas), mas nomeadamente, em termos de exigência e aceitação de serviços. A medida que for beneficiando do desenvolvimento do País, será tentado (solicitado, aliciado) a saír do SNS, se este não lhe oferecer qualidade.

Abriram-se novas fronteiras, enfrentamos novos desafios que, em minha opinião, passam pelo investimento e na aposta em inovação.

Portanto, olhando para cabeçalho do post, considero que podemos falar num SNS em consolidação, ainda, sem ventos de mudança.

11:55 da manhã  
Blogger Joaopedro said...

A informação do MS foi privatizada pelo DE.

12:07 da tarde  
Blogger cotovia said...

Quem estava à espera de sangue: aí está.
Os administradores dos hospitais com fracos resultados vão "out".
Lá se foi a tese do artigo do André Macedo "sobreviver".LINK
A intervenção musculada está de volta ou nunca deixou de estar.

12:17 da tarde  
Blogger cotovia said...

O próximo artigo é sobre o SPA. E, assim por diante.
A informação do MS em edições do DE.

Quem adivinha em que edição será publicada a versão definitiva do relatório da comissão nomeada pelo senhor ministro da saúde encarregada de propôr soluções para a estabilidade do SNS?

12:27 da tarde  
Blogger ochoa said...

Quem adivinha qual é a cor favorita de FR?
Se tencionava responder cinzento, GANHOU !

9:12 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home