quinta-feira, outubro 25

Mais uma elegia...


ao português suave ...


Um método tipicamente português de resolver (ou criar) problemas...

O Governo - ao que parece - tinha conhecimento por investigações próprias [!], i.e., sem conhecimento da autoridade do Sector, da existência de 400 farmácias com falsa propriedade (proprietários simulados).link
Guardou, ciosamente, esses dados para apresentar em altura oportuna.

Se não fizer nada - e tudo indica que não vai fazer - daqui a uma semana, com a entrada em vigor da nova lei da propriedade de farmácias, julgo eu na minha inocência jurídica, tudo estará regularizado.

Embora não sendo pouco esta "normalização" consentida pelo Governo (mais do que consentir é cúmplice), o que fica por adivinhar é que por ser maior.

- Como vão ser os negócios dos trespasses destas 400?
- Estes 400's vão constituir-se num grupo capaz de "incomodar" a ANF em futuros concursos?
- ou, a ANF, pelo teor dócil das suas reacções, estava "dentro da jogada"?

Todos vemos neste contexto acções iníquas, mas poucos poderão definir a abrangência da iniquidade.

Este modo de viver ou mais uma inusitada elegia ao "português suave"...
É-Pá

4 Comments:

Blogger JN said...

Não é pela entrada em bigor da nova legislação que a propriedade deixa de ser ilegal. Apenas se houver venda (formalismo) da farmácia do actual proprietário legal (farmacêutico) ao proprietário ilegal. Tudo pode ficar na mesma, até porque não existe nenhum mecanismo previsto na legislação que permita uma transferência automático da propriedade para o "falso proprietário". E, claro, se houvesse o que iria dizer o Sr. Ministro da Saúde ao Sr. Ministro das Finanças destes senhores que não declaram rendimentos da farmácia que "ilegalmente" exploravam. Estranho nunca ninguém falar neste assunto.
Um Boticário Informado

11:43 da manhã  
Blogger Peliteiro said...

Ó é-pá, isto com a ANF começa a ser obsessão. Para si a ANF tem culpa de tudo!

O Dr. João Cordeiro mal pôde inquiriu, protestando, o Ministro da Saúde sobre a questão das 400 falsas propriedades.
O Ministro já não estava – aliás tinha saído mal acabou de discursar, malcriadamente, sem sequer cumprimentar a anfitriã, Maria de Belém, que dele se tentou despedir – e portanto não respondeu nem esclareceu. O Presidente do Infarmed andou à roda, à roda, à roda e nada disse – como de costume, aliás.

O que é que a ANF deveria fazer para não se considerarem as suas "reacções de teor dócil"? Um atentado, um golpe de Estado, um haraquiri?

Agora, realmente Correia de Campos deveria justificar-se muito bem justificado e este assunto deveria ser consequente. Como alguns outros.

_________________________

Caro é-pá, mudando de assunto o que me diz dos 36% da farmácia dos HUC?

7:41 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Caro MS Peliteiro:

São compromissos ...não ingenuamente assumidos.
Esteja tranquilo que a ANF fez as contas...

3:35 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Está mal informado...

12:38 da manhã  

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