Fighting against déficit
O combate ao deficit é, por assim dizer, a galinha dos ovos de ouro de qualquer Governo.
Pode anunciar-se ideias, grandes investimentos, reformas, isto é, revelar uma grande dinâmica governativa, mas não se faz ou não se pode fazer ... por causa do deficit.
Se o deficit já está nos valores esperados, não faz mal, mas também não se pode alterar nada, porque é cedo, será preciso consolidar.
E asssim, sucessivamente...
Por outro lado, houve tempos que a retoma económica se baseava, num espantoso e espalhafatoso e terriifico "choque fiscal".
Depois, chocaram na primeira esquina o deficit e lá subiu o IVA, o IRS e IRC (assim, assim - é preciso não castigar muito as empresas).
Nenhum partido político, nenhum candidato a 1º. ministro conhece a situação económica e financeira do País. É sempre surpreendido quando chega ao Governo. E vai daí, sente-se autorizado a rasgar as promessas eleitorais, para se dedicar ao deficit.
Todos temos a sensação que as coisas, em Portugal, quando sobem, nunca mais descem ( até, porque, a MF Leite não deixa!)
Esta perseguição do deficit vai, pelo menos, durar uma geração...a "azucrinar" os cidadãos:
- vai servir de desculpa para 3 legislaturas;
- vai, em igual número de legislaturas, esfolar-nos nos impostos;
- vai, acabar com estes resquícios sociais, oriundos do PREC e hoje - absolutamente! - demodées;
- vai induzir que qualquer cidadão tenha receio de ser FP, e ser publicamente acusado de causador da despesa pública;
etc.
E, como happy end, virá um governo com os cofres carregados de euros e, pasme-se!, quando vai anunciar uns bónus, já ninguém habitará por cá.
Então, este Governo (finalmente satisfeito?) fará uma tounée pelo Mundo, a divulgar o método, numa inesgotável série de conferências.
"Fighting against déficit:
- A government without debt in a country without citizens."
É-Pá
Pode anunciar-se ideias, grandes investimentos, reformas, isto é, revelar uma grande dinâmica governativa, mas não se faz ou não se pode fazer ... por causa do deficit.
Se o deficit já está nos valores esperados, não faz mal, mas também não se pode alterar nada, porque é cedo, será preciso consolidar.
E asssim, sucessivamente...
Por outro lado, houve tempos que a retoma económica se baseava, num espantoso e espalhafatoso e terriifico "choque fiscal".
Depois, chocaram na primeira esquina o deficit e lá subiu o IVA, o IRS e IRC (assim, assim - é preciso não castigar muito as empresas).
Nenhum partido político, nenhum candidato a 1º. ministro conhece a situação económica e financeira do País. É sempre surpreendido quando chega ao Governo. E vai daí, sente-se autorizado a rasgar as promessas eleitorais, para se dedicar ao deficit.
Todos temos a sensação que as coisas, em Portugal, quando sobem, nunca mais descem ( até, porque, a MF Leite não deixa!)
Esta perseguição do deficit vai, pelo menos, durar uma geração...a "azucrinar" os cidadãos:
- vai servir de desculpa para 3 legislaturas;
- vai, em igual número de legislaturas, esfolar-nos nos impostos;
- vai, acabar com estes resquícios sociais, oriundos do PREC e hoje - absolutamente! - demodées;
- vai induzir que qualquer cidadão tenha receio de ser FP, e ser publicamente acusado de causador da despesa pública;
etc.
E, como happy end, virá um governo com os cofres carregados de euros e, pasme-se!, quando vai anunciar uns bónus, já ninguém habitará por cá.
Então, este Governo (finalmente satisfeito?) fará uma tounée pelo Mundo, a divulgar o método, numa inesgotável série de conferências.
"Fighting against déficit:
- A government without debt in a country without citizens."
É-Pá
5 Comments:
Pois é...em política o que é verdade hoje, deixa de sê-lo amanhã.
E as coisas parecem complicar-se. Surgem (preocupantes???) sinais de desalinhamento no governo. São os casos da Justiça e da Educação. E são os desencontros dos deputados das ilhas com o OE.
Por isso também na saúde as coisas não vão ser fáceis.
As sondagens começam a preocupar José Sócrates.
E os Portugueses, na verdade não podem estar contentes. Como pode ser visto e ouvido no post "valeu a pena" as coisas más têm sido demasiadas. Bem nos podem dizer que são necessários sacrifícios mas, como costuma dizer-se "noblesse oblige". E como se verifica com frequência (o caso dos administradores do B.P. será apenas o mais recente) os bons exemplos não vêm de cima. É fácil baixar o nível das reformas (por exemplo) quando os que o fazem têm reformas múltiplas e elevadas. É fácil adiar a idade da reforma, quando os que o fazem (os deputados e governantes) podem reformar-se após escassos anos de permanência nos cargos políticos! É fácil despedir trabalhadores da AP, mas quem o faz não hesita em nomear, para os gabinetes ministeriais e empresas públicas, filhos e afilhados! E quando ´~ao "despedidos" do Governo não tardam em ocupar cargos pricipescamente pagos em empresas (públicas e privadas) para cujos cargos nem sempre têm competências que se lhes reconheçam!
Enfim, tudo isto me ocorreu a propósito do que hoje publica o JN sobre o encerramento dos SU. O tempo começa a escapar a CC. As eleições já vêm a caminho...e ainda bem. Não podemos continuar a assistir a uma política de duvidosas intenções para além do economicismo.
Vejamos então o que diz o JN:
"Urgências hospitalares só encerram ao longo de 2008
Protestos não travaram fechos, mas as urgências continuam de pé
Das 15 urgências hospitalares que estavam previstas encerrar antes do final do ano, nenhuma fechou portas e solução à vista só "no decorrer de 2008", segundo o ministério da Saúde. "Não estão cumpridas ainda as condições acordadas nos protocolos com as autarquias", justifica a mesma fonte. Faltam ambulâncias, consultas de especialidade, recursos humanos.
O plano traçado por Correia de Campos, há oito meses, que previa o fecho de 15 serviços de urgência, foi acolhido com forte contestação por parte das autarquias e populações visadas. O elevado tom de protesto obrigou o ministério a negociar condições de transição com as edilidades. Acabaram por ser assinados acordos com a maioria delas.
Embora os protocolos sejam individualizados, há um ponto comum que é a garantia de que a urgência não encerra enquanto não estiverem assegurados serviços com "um acrescento de qualidade", sublinha o ministério.
A colocação de meios de transporte de emergência (ambulância e helicóptero), a criação de unidades de cuidados continuados, unidades de saúde familiar, consultas de especialidade e a dotação de mais recursos humanos são alguns dos critérios previstos nos protocolos. A existência de viatura com suporte imediato de vidas, por exemplo, é fundamental para assegurar o transporte rápido dos doentes para os hospitais de referência, nos períodos em que as unidades locais estão fechadas.
"Em muitos casos, grande parte destas condições estão asseguradas, mas não todas", assume o ministério, para justificar o atraso na implementação da restruturação das urgências.
Um exemplo que ilustra os atrasos do processo é Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, cuja urgência deveria ter encerrada a 30 de Setembro e continua sem data para marcada para fechar. "Já tem uma unidade de cuidados continuados e uma unidade de saúde familiar para absorver quem não tem médico de família, mas falta a ambulância", pormenoriza fonte do gabinete do ministro.
Só quando estas condições estiverem asseguradas é que a urgência fecha e dá lugar ao funcionamento, das 8 horas à meia-noite, da consulta não programada de agudos.
Das seis urgências hospitalares da Região Norte que o ministério tenciona fechar, todas continuam em funcionamento e apenas uma (Peso da Régua) tem ordem de fecho assegurada, de acordo com a Rádio Renascença. Macedo de Cavaleiros, Santo Tirso, Fafe e S. João da Madeira (única autarquia que não assinou protocolo como o Ministério da Saúde) estão a ser transformadas em urgências básicas. Vila do Conde só encerrará à noite quando tiver colocada uma viatura do INEM. Para a região Centro, também estava programado o encerramento de seis urgências. Cinco municípios - Estarreja, Espinho, Fundão, Cantanhede e Ovar - fizeram acordo, Anadia é a excepção. No entanto, nenhuma fechou porque aguardam reforço de meios de transporte e a reorganização em serviços básicos de urgência. Das três unidades do Sul, ainda não há decisão definitiva sobre o Curry Cabral (Lisboa), Montijo e Peniche."
A VER VAMOS, digo eu.
O "outro" tem razão, tu estás azedo e incrédulo! Pareces o velho do Restelo. Ó homem deixa-nos uma réstia de esperança, por favor!
Halloween 3%
O nosso Halloween é durante todo o ano.
Neste Halloween vou mascarar-me de Manuela Ferreira Leite.
Há 380 mil doentes à espera de uma primeira consulta nos hospitais públicos. A TVI divulga, pela primeira vez, um número nacional das listas de espera para consultas. A informação resulta de um inquérito aos hospitais, nunca divulgado, feito pela Inspecção-Geral do Ministério da Saúde em 2006. Somando consultas e cirurgias, há quase seiscentos mil doentes em lista de espera nos hospitais públicos, mais de cinco por cento da população.
Pela primeira vez, há um número oficial sobre as listas de espera para uma primeira consulta de especialidade nos hospitais públicos. São 382.866 doentes à espera de uma primeira consulta com um médico especialista hospitalar, em regra marcada depois de um diagnóstico de doença, ou fundada suspeita de doença nos Centros de Saúde.
O número resulta de um levantamento feito em 2006 pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde junto de cada hospital, onde foi exigido às administrações que revelassem quantos doentes tinham em lista de espera por especialidade. Até aqui só era conhecida a lista de espera nacional para cirurgias, com 208. 632 doentes, de acordo com o publicado pelo Ministério da Saúde em Junho deste ano.
Esta lista com mais de 382 mil doentes é inteiramente nova e refere-se exclusivamente a primeira consultas. No total, temos 591 498 doentes em lista de espera nos hospitais, mais de 5% da população. Mas este número não contabiliza as listas de espera para consultas de seguimento nos hospitais públicos, nem para exames complementares. Quanto aos centros de saúde, também não há números conhecidos.
O Ministério da Saúde, contactado pela TVI, refere que está a implementar um programa de combate às listas de espera para consultas externas semelhante ao que existe para as cirurgias, que passa pela informatização de todos os hospitais e Centros de Saúde e pela gestão centralizada de informação. Só com esse processo completo assumirá um número global sobre as listas de espera para consultas.
O número que, esta quinta-feira, revelamos pode ter sido afectado por excesso, porque um número indeterminado de doentes certamente já morreu, outros terão procurado consultar-se com médicos privados e outros ainda poderão estar inscritos em mais do que um hospital. Mas também pode pecar por defeito, porque há muitos hospitais que definem tectos de doentes a consultar e depois fecham as inscrições.
Há mesmo casos detectados pelo Ministério da Saúde de Centros de Saúde que a meio do ano já não requeriam mais consultas aos hospitais, dando instruções aos doentes para tentaram a inscrição no ano seguinte, por terem entretanto atingido a quota de consultas que o hospital lhes havia ilegalmente imposto.
tvi 01.11.07
Enviar um comentário
<< Home