domingo, outubro 28

Reforma dos CSP (3)


3.ª questão formulada por PKM

Se há uma questão fundamental para o Futuro dos CSP em Portugal é sabermos se, de facto, como e quando, é que vamos ter uma resposta de cuidados domiciliários ao nível do que é, pelo menos, "mínimo" nos restantes estados europeus...

Luís Pisco
– O compromisso assistencial integra uma Carteira Básica de Serviços que passa pelo incremento dos cuidados domiciliários, cuja realização constitui um suplemento remuneratório para os médicos. Aliás este diploma já foi aprovado pelo Ministro da Saúde e publicado no Diário da República sob a designação de Portaria nº1368/2007, de 18 de Outubro. Corresponde ao documento anteriormente apresentado pela MCSP na sua página WEB.
Espera-se um aumento significativo do número de domicílios médicos, já que não existe problema com os de enfermagem e uma boa articulação com a rede de Cuidados Continuados Integrados.

Outro ponto essencial seria a visão da MCSP sobre a integração dos terapeutas (terapia ocupacional, fisioterapia, terapia da voz, etc.) nas equipas de CSP...

Luís Pisco
– Dentro das atribuições desta Missão cabe a coordenação do processo de reconfiguração dos Centros de Saúde (Ver RCM 60/2007). No projecto de diploma da reconfiguração dos Centros de Saúde, já entregue no Gabinete do Ministro da Saúde, e já em circulação nos restantes departamentos ministeriais, estão previstas unidades funcionais de cuidados na comunidade (UCC) e de recursos assistenciais partilhados (URAP) onde desenvolverão actividades de apoio, também às USF, os profissionais acima enumerados, entre outros como assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, etc.
Tornou-se evidente, após estudos realizados por Universidades, a urgência e a necessidade de alargar o leque de oferta de cuidados aos cidadãos. A integração de outras profissões ligadas aos Cuidados de Saúde Primários permitirá aumentar e diversificar a capacidade de resposta, aumentar a aposta na promoção da saúde e prevenção da doença e desmedicalização de muitas situações crónicas.

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4 Comments:

Blogger cotovia said...

A Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, a jóia da governação de CC parece também em vias de dar o litro.

O cansaço, o esmorecer do entusiasmo,a falta de preparação para defrontar as agruras da gestão de um processo desta complexidade, estão em vias de comprometer o projecto.

2:49 da tarde  
Blogger Hermes said...

O que vemos é que o processo foi mal gerido:

1) Muito basismo e muito corporativismo;

2) Muito voluntariado e a rapaziada há-de aderir "em massa" (eles estão mais interessados na outra ma$$a. O que não é um pecado. Havia que planear como dar a volta e organizar um novo enquadramento e ambiente. Também havia que clarificar que se a experiência corresse bem se generalizaria a todos os CSP (os doentes devem ser colocados em primeiro lugar!)

3) Muita teoria e burocracia vária com os mesmos missionários a ir a todas (MF em pregação, em actividades sindicais, em reunite aguda, a garantir segurança máxima - regalias à cabeça independentes do resultados -, a preparar textos/normas técnicos e de organização/gestão, em discussões no MS, etc....).

4) Não avaliaram em tempo todas as experiências. Seria fundamental para:

a) Mostrar créditos e reivindicar mais apoio e mais celeridade na concretização da reforma;

b) provar a superioridade face ao modelo tradicional;

c) idem sobre experiências diversas não avaliadas. Marcariam o jogo com nova maneira de actuar (objectividade + responsabilização) e tornariam óbvia a decisão de generalizar.

Assim chegam cansados, muitos atrasados, sem metas conhecidas, com restantes MF algo desorientados e muita gente a achar que a demora é porque não querem arriscar e afrontar os instalados (enquanto forem voluntários e não se mexer nos esquemas instalados...) - só que os benefícios que poderiam ser enormes e para todas as regiões - sobretudo para grandes cidades onde há maiores problemas (Braga, Porto, Lisboa e Setúbal) - não aparecem coma dimensão necessária (nem para doentes nem para HH).

Também não fica bem a gestão do tempo que a Missão fez: nomeada para um ano, prolongada depois para dois... agora diz que não é reforma para uma legislatura e não diz para quantas!

Por isso acho mesmo que o projecto da MCSP corre o risco de fracassar. Além do cansaço e do ritmo de lesma, não aparecerá a onda de entusiasmo (como o filme da onda gigantesca do Algarve) e adesão voluntária e não há suficientes resultados para justificar a generalização.

4:36 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

Lá se vai mais uma bandeira de CC.

Segundo parece a coisa já não vai lá nem com meias solas novas.

Pelos vistos não são só as calçadas de Lisboa esburacadas...

4:51 da tarde  
Blogger helena said...

Alguém de dentro devia defender o convento.

10:48 da tarde  

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