sábado, janeiro 26

Comunicação Social (3)


Onde terá lugar a próxima reportagem sobre o transporte de doentes urgentes ? link

Equipas a postos. Saídas planeadas. Textos alinhavados. Conclusões tiradas: É preciso correr com o ministro da saúde.

O filão da Saúde é disputado por toda a oposição, desde o CDS/PP até ao BE, passando pelo menezes. Até o Jerónimo deu em fazer figuras tristes. Uma grande decepção foi ver o João Semedo à porta do Amadora Sintra a angariar assinaturas.

O professor Martelo, pantomineiro mor cá do burgo, no seu último habitual magazine na TV afoitou-se a comentar, uma vez mais, a Saúde. É evidente que desta matéria não percebe patavina. Não analisa coisa nenhuma. Fala, fala, fala... Limita-se a dar o seu contributo para pôr CC na rua.
A saída de CC para o professor martelo vale a pena. Implicaria naturalmente mudança de política. E depois de tudo o que tem acontecido quem ousaria acusar o próximo ministro da saúde de estar a privatizar o SNS.
Clara

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7 Comments:

Blogger Joaopedro said...

A SIC, depois da aventura "Penim", está a tentar ultrapassar a TVI...
por baixo.

1:26 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

Sobre este último incidente interessa frisar que as populações, até há bem pouco tempo, estavam entregues à guarda àqueles senhores bombeiros.

O sistema do INEM terá que melhorar.

O nosso atraso é ainda muito grande. É preciso muita saúde para ultrapassar estas dificuldades.

1:33 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Bem.

Ouvir, com paciência e incredulidade, o patético incidente telefónico entre o CODU (VR)/ INEM /B Favaios / B Alijó e pensar que o mal, ou a maldicência, está na comunicação social será o mesmo que sair para a rua a exigir um novo julgamento de Galileu para de novo condenar o heliocentrismo. É, em termos de sáude, sustentar que existe uma paranóica acção persecutória contra os responsáveis, quando o episódio que tivemos oportunidade de ouvir um pormenorizado e peculiar relato se não fosse trágico, seria, no mínimo, caricato.

Havia suspeitas, denúncias, de que a operacionalidade da emergência pré-hospitalar não tinha sido testada e devidamente avaliada.
Ficamos, ontem, depois da alucinante reportagem da SIC, a saber que, para além disso, nem sequer terá sido equacionada ou articulada com as estruturas locias (corporações de bombeiros).
Pelo que, o encerramento do SAP de Alijó (correctamente planeado no contexto da reestruturação das urgências) terá de ser julgado (à posteriori) como uma medida extemporânea e precipitada.
Uma acção prematura e com elevado risco para as populações aí residentes. E não há volta a dar-lhe.
Foi o MS que deu publicamente a cara pela medida, desvalorizou e ignorou as manifestações populares e implicitamente garantiu que as medidas alternativas estavam operativas.
Afinal, no terreno, nada tinha sido feito.

E o INEM, ou o CODU de V. Real, os Bombeiros de Favaios ou de Alijó, não podem arcar com a responsabilidade da ocorrência destas tristes situações.

Para já, o elo mais fraco - os Bombeiros locais - têm à perna um inquérito.

Mas espero que esta ocorrência abra caminho no seio do MS para um amplo inquérito às condições funcionais da rede de emergência pré-hospitalar.

De facto, o homem estava cadáver 2 horas depois do pedido de auxílio (quando os familiares da vitima afirmam ter chegado a VMER), ou mesmo antes, segundo o relato oficial.
Mas a que horas ocorreu o exitus?
- Logo após a queda?
- 1 hora após?

Qual a causa de morte:
- TCE?
- TVM ?
- hemorragia cataclismica?
- aspiração de vómito?

Esperemos, mais uma vez, pelo relatório médico-legal.

Na verdade, o homem estaria a 7 minutos de uma eventual SIV estacionada em Alijó (que não existia), e a 45 minutos [?] de Vila Real... Tudo dentro da "golden hour"...tudo fixe...tudo na maior...!!

Mas, na realidade, o infeliz acidentado estava sem assitência urgente ou, de qualquer coisa, digna desse nome, perto de Alijó ou de Favaios.

Ao contabilizar mais uma morte (o homem efectivamente morreu...) devemos reter o desesperado desabafo da operadora do CODU:
"Valha-me Deus, estou lixada!..."

É, exactamente, isso... mas no plural: estamos lixados!

4:46 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Alguns comentários, aqui no Saúde SA, poderiam ser mais comedidos na defesa do "Chefe".
Considerar-se que coisas como as que se ouviram na SIC podem ser encenadas ou perseguição ao MS é puro descaramento.
Contra factos, não há argumentos.
É esta a realidade do país e do seus SNS.
Pressa nos encerramentos (poupança) passo de caracol nas melhorias dos serviços.
E, convenhamos, já são casos a mais em tão pouco tempo. E o que estará ainda para vir?
Mas, desde que CC afirmou que "se as nossas avozinhas não morrêssem ainda hoje eram vivas" já nada devemos estranhar.
PS: só faltou a senhoa do CODU ligar para o "helicóptero" de Macedo de Cavaleiros! Pois essa seria a solução mágica para todos os problemas!

6:59 da tarde  
Blogger Unknown said...

O que eu acho extraordinário é que neste caso as "baterias" viram-se contra o CODU e o INEM, contra a chamada falta de coordenação entre o INEM e os Bombeiros, contra o fecho do SAP. Mas afinal seria que os mesmos que enviaram a chamada para a SIC a teriam enviado e a SIC a teria transmitido, se o diálogo se tivesse passado entre o irmão da vítima e os Bombeiros de Favaios quando funcionava o SAP?

8:39 da tarde  
Blogger e-pá! said...

PSD CONTRA DIVULGAÇÃO DE GRAVAÇÕES DE SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA

O deputado do PSD Fernando Santos Pereira questionou hoje o ministro da Saúde sobre a divulgação de gravações dos serviços de emergência médica, considerando que houve uma violação da privacidade e dos dados clínicos.

Através de um requerimento entregue hoje na Assembleia da República, Fernando Santos Pereira pergunta ao ministro da Saúde, Correia de Campos, «que consequências tira» da divulgação pela comunicação social de «conversas gravadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) no caso da morte ocorrida na passada terça-feira em Alijó».

O social-democrata pergunta igualmente «que consequências tira o senhor presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)» dessa divulgação, que na sua opinião constituiu uma «violação da privacidade e dos dados clínicos».

«Impõe-se obter um esclarecimento cabal sobre a violação da privacidade e dos dados clínicos contidos nesta tipologia de chamadas», defende.

Fernando Santos Pereira quer saber se «o Governo entende que as gravações das chamadas para o 112/CODU/INEM são de livre disponibilidade pública», se sim, obedecendo a que critérios, se não, «que procedimento vai tomar para apurar responsabilidades».

«Com o presente caso, cada português não parece ter garantida a confidencialidade da conversação mantida numa situação de emergência, quando liga para o 112/CODU/INEM», quando existia «a ideia genérica» de que eram «de acesso restrito», assinala o deputado do PSD.

Segundo Fernando Santos Pereira, é preciso «apurar responsabilidades pois a vida privada, a intimidade e os dados clínicos merecem protecção».

O deputado e secretário da mesa da Assembleia da República ressalva que não quer «pôr em causa a liberdade dos órgãos de comunicação social na divulgação dos factos» nem «apreciar a intencionalidade que parece existir na disponibilização pública das gravações».
(Lusa)
___________________________________

Requerimento pertinente em termos de protecção de dados (pessoais e clínicos).
Todavia, penso que os registos das conversações gravadas, com indicações do grupo data/hora, deverão ser protegidos e guardados, durante um período dilatado que permita o acesso à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) e, obviamente, aos orgãos de investigação e judiciais que são perrogativas de qualquer cidadão queixoso ou reclamante e, ainda, a divulgação pelos orgãos de informação, desde que autorizados (quer pela parte do utente quer pela entidade de investigação).
Caso contrário, só teremos evasivas, ancoradas no "segredo de justiça".

Claro está que este requerimento não modifica a realidade de que já existe conhecimento público em relação ao "incidente de Alijó".
Passaram a factos do conhecimento público.
Segundo os B V de Alijó, para os lixar;
Para os responsáveis técnicos e políticos tratou-se de entalar o INEM e o MS.

Enfim, sentimo-nos todos lixados e entalados com o inacreditável que nos foi proporcionado ouvir.

10:15 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Caro Avicena:

Interessante pergunta.
Tem de estar mais atento e ser arguto.
O Ministro já lhe respondeu:

" se a minha avó não tivesse morrido era viva! " (citação livre)

10:23 da tarde  

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