domingo, janeiro 20

Disgusting (2)


O caso da morte do bebé da Anadia é exemplar de até onde pode ir a instrumentalização das populações, o oportunismo político de autarcas e dirigentes partidários e a despudorada falta de imparcialidade de certo jornalismo nacional.
O oportunismo de políticos e órgãos de comunicação social na ânsia de cavalgarem a onda de contestação à reforma das urgências e à impopularidade do ministro da saúde, fez-nos lembrar quão frágil tem sido a nossa aprendizagem de convívio e prática democrática.
Este caso atingiu tal rídiculo que nos deu a sensação de termos passado a viver numa qualquer república dos gatos fedorentos:
i) Para o presidente da câmara de Anadia, Litério Marques, a «morte mostra que já temos um mártir em Anadia.» link

ii) O PSD exigiu ao Governo que explique e investigue as circunstâncias em que morreu um bebé na Anadia, alegadamente devido a dificuldades do atendimento médico prestado pelo INEM
link link
iii) Santana Lopes, ressuscitado por Menezes (quem mais o poderia fazer), também não podia faltar a este cortejo de oportunismo, escrevendo no seu blogue: «O Senhor Primeiro - Ministro considera admissível a reacção, hoje, do Ministro da Saúde que quando confrontado com a perda da vida de uma criança entendeu sorrir, e dizer com uma expressão inqualificável, "eu já sei de muita coisa, não posso saber de tudo. perguntem ao director da ARS do Centro"? Passa as marcas todas.»
E prossegue com uma verdadeira declaração de interesses: «Devo dizer que não simpatizo com o personagem e tenho um processo, por calúnias, contra a sua pessoa, por difamação.» link

iv) Quanto à nossa imprensa diária:
a) o Jornal Público noticiava na primeira página da sua edição de 19.01.07: "Morte de bebé de dois meses revolta Anadia".
«Uma criança de dois meses morreu, ontem de manhã, no exterior do Hospital de Anadia. O bebé foi levado pelos pais ao hospital, tendo sido assistido no interior de duas ambulâncias. O caso provocou revolta na população, que associa o desfecho fatal ao encerramento do serviço de urgência do seu hospital, no início deste mês.»

b) Mais dramáticos os títulos do JN: "Morte à porta do hospital de Anadia"
link . e do CM: "Drama à porta de Urgência fechada. Morte perto do hospital" link
Comedido e prudente o título do DN: "Família não se queixa de falta de assistência"
link

v) A juntar a tudo isto, mais uma manif:
«Centenas de pessoas reuniram-se ontem à noite frente ao Hospital de Anadia e exigiram a demissão do ministro da Saúde, numa vigília de protesto pelo encerramento das urgências e pela morte do bebé que faleceu sexta-feira dentro de uma ambulância
Durante o protesto, elementos da GNR e da organização da vigília tiveram de agir para impedir que alguns manifestantes mais agitados atingissem uma ambulância do INEM, mas não se registaram quaisquer incidentes. »

Os populares colocaram flores, cartazes e lenços brancos frente ao Hospital, no local onde morreu o bebé de dois meses.
link

Nota Final: quando foi dado o alerta ao INEM, às 8h15, a consulta do hospital de Anadia estava aberta desde as 07h55 e às 08h24 já estava junto do bebé uma equipa do INEM, que constatou a morte da criança devido a paragem cardio-respiratória. O presidente da ARSC disse ontem que "pode estar em causa o síndrome de morte súbita"
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12 Comments:

Blogger e-pá! said...

Caro Xavier:

O prof. Litério sente-se um missionário a quem lhe foi entregue o desígnio de manter as urgências do H. de Anadia abertas, contra tudo e contra todos.
Estas situações, ou outras idênticas que ocorram, serão - quer queiramos quer não - sempre aproveitadas políticamente. Será, o seu ofício, nos próximos tempos. É o Poder Local que temos e que ainda será pior com a nova legislação aprovada há 2 dias (?) na AR, para as próximas eleições autárquicas.

No PSD, o presidente LFM, médico, constrangido pelos conhecimentos pediátricos que possui, limitado por principios éticos, de não poder nem dever fazer processos de intenção ou levantar especulações sobre esta infeliz e lamentável morte, manda o líder parlamentar, PSL, cair sobre mais uma resposta deslocada e enviesada de CC e embalar para questionar a re-estruturação das urgências.
Cavaco, deu a primeira deixa no Ano Novo. Nos últimos tempos (há 5 dias?) enviou a sua "His Master Voice" (Manuela Ferreira Leite) falar do SNS, nas Jornadas Parlamentares do PSD, que decorreram no Algarve.

A requalificação dos Serviços de Urgências, não o seu aspecto técnico - que julgo inatacável - mas todas as suas implicações políticas estarão na AR, à mistura com uma intransigente defesa do SNS, por oculta pressão do Poder Local, mas com "todas as oposições" a o exigirem.
Não é só o PSD, são todas: PCP, BE, CDS-PP!

Os orgãos de comunicação dão a ênfase que serve os seus interesses económicos e refletem opções com diversas matizes de leitura política que vão desde o JP, CM, JN e DN. As TV's idem. Mas este aproveitamento é sempre sucedâneo a incidentes, mal explicados, tratados com métodos de polé.
Primeiro, pelo Prof. Litério e, no andamento, pelo Governo.

E, verdadeiramente, o que fez o Governo? Explorou as declarações de um atónito pai que acaba de perder um filho, sem saber como...
Despois, assente nestas equívocas e emocionais declarações, giza uma sentença ilibatória para esta morte e todo o processo de requalificação das urgências. Convenhamos que para tirar conclusões, estas declarações valem o que valem. É melhor não fazer disso jurisprudência.
Esperemos que o MS, dentro das suas competências, também tenha mandado instaurar um inquérito. Eu se pertencesse ao INEM, exigia-o.

Mas, no meio desta balbúrdia, existe uma novidade. Desde há muito tempo que o PM não saía a público em defesa do SNS. Saíu, hoje, nos orgãos de comunicação social, o que podendo não ser impar, é importante para a generalidade dos portugueses.

O presidente da ARSCentro, ontem, "acossado" pelo Ministro para prestar declarações, manda um palpite e arrisca a hipótese de "sindroma de morte súbita".
Hoje, o Insituto de Medicina Legal e Forense, diz necessitar de mais 2 semanas para elborar o relatório sobre a causa de morte, ainda não determinada.
O presidente da ARSCentro não podia (devia) preservar-se de emitir palpites e aguardar os resultados médico-legais?
Havia necessidade de entrar nos mesmos caminhos do Prof. Litério?

A imprensa têm espaço de sobra para especular quando, a Câmara de Anadia explora os acontecimentos, o Ministro fala de rompante, o Governo cita enfaticamente o enlutado pai da vitima, a ARSC manda palpites e a investigação médico-legal demora, ...

Dear Xavier:
In the end not only disgusting,
but also a great disappointment...

7:07 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Ainda acham que é possível explicar a esta gente o quer que seja ?

10:07 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Apostilha:

Por lapso - e para ser justo - a ilação final deve ser modificada (acrescentada).

Onde está:
"A imprensa têm espaço de sobra para especular quando, a Câmara de Anadia explora os acontecimentos, o Ministro fala de rompante, o Governo cita enfaticamente o enlutado pai da vitima, a ARSC manda palpites e a investigação médico-legal demora, ..."

Deveria estar:
"A imprensa têm espaço de sobra para especular quando, a Câmara de Anadia explora os acontecimentos, o Ministro fala de rompante, o Governo cita enfaticamente o enlutado pai da vitima, as "Oposições" chafurdam o SNS, a ARSC manda palpites e a investigação médico-legal demora, ..."

Assim, é que fica bem. São todos!

10:50 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Não posso deixar de repetir o meu comentário anterior a este propósito:
"Os acontecimantos recentes "à porta" das urgências ou das ex-urgências dos hospitais poderiam não ter sido evitados se as Urgências não tivessem sido encerradas! Mas que não são nada de bom pra Correia de Campos, lá isso não são.
E ao ver hoje as suas reacções nas TV's, concluique o MS não conseguiu disfarçar o seu incómodo.
A um dos entrevistadores disse que "já sabia muito mas não podia saber tudo" e remeteu a pergunta para o presidente da ARS. A outro jornalista repondeu mesmo, em minha opinião de forma pouco digna para um governante, ao dizer-lhe que "se as suas avozinhas não tivesem morrido ainda hoje eram vivas"!
Tal atitude não dignificou o Ministro da Saúde e mostrou a sua arrogância habitual, não respeitando, desta vez, quem estava no exercício da sua profissão.

E naturalmente expresso o meu desacordo com o tratamento que o Xavier deu aos títulos da imporensa. Na verdade só o do DN foi considerado comedido e prudente! E no entanto aquele título nada esclarece pois os pais das criança são as pessoas menos avalizadas para determinarem as causa da morte. Sobretudo quando, pela imagens que se viram na TV o pai da menina parecia pouco tocado pela morte da filha!
Se eu fôsse o editor do blogue, não deixaria de postar aquela foto da ambulância do INEM à porta do Hospital. Qualquer que tenha sido a causa da morte, as imagens ilustram uma triste realidade das medidas de encerramento das Urgências.
E já agora pergunto: as reacções de CC a que acima me referi não mereceriam ser discutidas neste blogue?
Imaginemos que isto se passava com outro Governo não PS!
Quantos "Armandos Vara" não teriam já ido a Anadia apoiar os manifestantes, como fizeram na ponte 25 de Abril (e bem, digo eu).

1:46 da manhã  
Blogger Joaopedro said...

Ao post do Xavier falta acrescentar o comentário do pantomineiro mor cá do burgo, o professor martelo, que pelos vistos ultimamente tem andado a ler as crónicas do Pacheco Pereira.

É verdade que a nossa memória retém essencialmente as imagens do que vai acontecendo.
A referida imagem da ambulãncia não tem no entanto elementos significantes suficientes para nos ficar na memória.
Antes pelo contrário.
Em França que tem talvez o melhor SNS do planeta, o primeiro interface com o doente sinistrado ou em situação de emergência é assegurado pelo pessoal das ambulâncias. A imagem das ambulâncias é tida como socorro rápido e eficaz de molde a dar descanço às populações.

O professor Martelo no seu comentário de ontem fez jogo sujo.
Não analisou coisa nenhuma, limitando-se a dar o seu contributo para pôr CC na rua.
O professor martelo quer abrir fissuras neste governo promovendo a remodelação.
A saída de CC implicará naturalmente a mudança da política de saúde, rampa de lançamento para novos imbróglios e prejuízo grave para o governo de José Sócrates.

Como o Xavier demonstrou neste post o jogo nesta fase do campeonato é do mais sujo a que temos assistido.

Há um único caminho:seguir em frente. Levar as políticas até ao fim.
Melhorar as condições dos hospitais e apresentar resultados das reformas daqui a dois anos.

Isto é o cenário que o professor martelo quer evitar.E vai daí, toca a produzir comentários pestilentos, sem pinga de isenção.
Custa-me a aceitar que um canal do estado pago pelos contribuintes tenha ao seu serviço comentadores deste quilate.

10:33 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Caro João Pedro:

A prédica dominical do Prof. Marcelo é, politicamente, inócua.

O problema de CC é o cerco (ou o circo) que está a ser montado:
ANMP (políticas locais, baiirismos & caciquismos); as "Oposições" ( por motivos diversos, mas coincidentes temporalmente); Cavaco e Silva (directamente ou interferindo por interpostas personalidades no PSD articulado com o Poder Económico); a Conferência Episcopal (em delegação ou em defesa da UMP; e o silêncio do maior lobby da saúde(a ANF).

Esta cerco não visa exclusivamente a Saúde. Visa o Governo na generalidade.
E a necessidade de condicionar ou tentar frenar - nesta reta final - qualquer viragem à Esquerda das políticas económicas e sociais.

De resto Marcelo depois do vídeo dos Gatos Fedorentos sobre a IVG, transformou-se num espécie de adivinho de Delfos que do seu oráculo, profetiza:
"se amanhã não chover, com toda a probabilidade, fará sol". Assim seja!

12:17 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Caro é-pá,
Os seus comentários sugerem-me sempre algo equívoco. Como este último em que mais uma vez faz lembar aquela de "uma no cravo outra na ferradura".
Feito este reparo, porque é bom que sejamos claros, não posso deixar de colocar uma pergunta: qual a opinião sobre os comentários de António Vitorino feitos à segunda feira exactamente no mesmo canal?
Teremos então que escolher os bons, do PS? E os maus, do PSD?
E que dizer de todos ou outros: independentes de partidos; do CDS/PP; do PCP; do BE.
Somos todos estúpidos?

Mas deixemos por momentos de lado a questão de Anadia. Viajemos até Faro.
As imagens e os comentários de profissionais e população não deixam dúvidas: vivem-se desde há longos dias momentos de caos nas Urgências daquele hospital. É certo que o problema não é exclusivo de Faro e nem é problema que tenha surgido só agora. O problema vem sendo recorrente, neste e noutros hospitais, ano após ano. Geralmente nesta época do ano (e no pico do Verão) a afluência às urgências aumenta extraordinariamente. Por exemplo, e tanto quanto me lembro, há uns anos atrás o H.S.F. Xavier teve que enviar doentes para o Montijo para responder a uma situação de grande afluxo de doentes por, esta mesma época do ano. E o H.S. Maria, apesar da sua grande capacidade, teve também que recorre a outros equipamentos de saúde para minorar dificuldades idênticas. E não faltaram as críticas da oposição (PS) e as notícias nos jornais, manifstando estranheza pela situação. Mas era então, na opinião dos responsáveis, a melhor solução possível.
Agora o Hospital de Faro debate-se com uma grave situação de falta de condições para receber e tratar tão elevado número de doentes. Tal como em anos anteriores!
O que seria de esperar, e é legítimo exigir, era que, em devido tempo, se tivéssem tomado medidas para responder a um momento de crise. Mas nada se fez. A situação vem-se repetindo ao longo dos anos e o MS que tanto empenho demosntra no encerramento de Serviços, nada fez para prevenir e, no mínimo, remediar estas situações (sejam elas em Faro, em Aveiro ou mesmo em Lisboa). E CC tinha obrigação de ter actuado de outra forma. Não sendo a priemira vez que exerce o cargo, devia ter (e tem) conhecimento bastanta para ter procedido a um inventário dos pontos críticos do SNS e ter definido um Plano de Acção capaz de evitar a ruptura nas Urgências. Não o fez e agora, depois da casa rouba, vem falar de um novo hospital no Algarve. Tarde demais digo eu e... como habitualmente...mais uma promessa para "enganar" o POVO.
E não tardará muito até que a situação esteja normalizada no hospital de Faro. Então, esquecendo o papel de S. pedro nestas situações, CC não tardará a chamar a si os louros de mais uma vitória contra o caos nas Urgências. Até ao Verão certamente , quando voltaremos a ter as urgências do hospital a rebentar pelas costuras!
E tudo permite pensar sem soluções atempadas para minorar os riscos e o sofrimento de quem permance horas e dias numa simples maca, num corredor apinhado de doentes.

3:56 da tarde  
Blogger tonitosa said...

É sempre bom lembrar.
Para que melhor se possa perceber o que hoje se passa no Algarve, reponho uma notícia de há trê anos:

"O ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, visitou hoje o Parque das Cidades e, no espírito da pré-campanha partidária, prometeu que o concurso público do projecto do novo Hospital Central do Algarve (HCA) será lançado até Agosto de 2005, caso o PSD ganhe as eleições.

Na verdade, as nuvens que pairavam sobre o projecto estão agora dissipidas. Recorde-se, o líder do PS, José Sócrates, disse ontem ao nosso jornal que Correia de Campos, o especialista do partido em questões de Saúde, cometeu um erro ao afirmar que esta estrutura não constituía prioridade.

O governante respondia às declarações de José Vitorino. O presidente da Associação de Municípios Loulé/Faro (AMLF) exigiu-lhe "que, preto no branco, anuncie ao Algarve e ao País que o concurso para o HCA avança este ano. Queremos essa garantia".

"Senhor presidente - exigir algo que já está dado é redundante. Não há necessidade de exigir algo que já tínhamos prometido", retorquiu o ministro. "Qualquer que seja o governo, esta é uma estrutura essencial e uma necessidade evidente para a região. É algo óbvio, já o defendi há muito tempo", acrescentou.

Luís Filipe Pereira assegurou que "está tudo calendarizado, programado e preparado para que o lançamento da obra se efectue até Agosto" mas não esqueceu o actual período de eleições: "Se formos nós a governar, faremos este hospital, mas não podemos falar pelos outros nem adivinhar o que vão fazer."

Pois é, CC já então pensava assim...
E o que melhor temsabido fazer é encerrar serviços.

4:43 da tarde  
Blogger Clara said...

Excelente levantamento do Xavier.

Onde terá lugar o próximo incidente com o transporte de doentes urgentes ?

A nossa imprensa já tem os textos prontos. As reportagens planeadas. As conclusões tiradas.

O filão da Saúde é disputado por toda a oposição, desde o CDSPP até ao BE, passando pelo menezes. E até o Jerónimo deu em fazer figuras tristes.

Uma grande decepção foi ver o João Semedo à porta do Amadora Sintra a angariar assinaturas.

4:51 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Caro Tonitosa:

Ao contrário do que insinua, prentendi ser extremamente claro em relação ao dito comentador político que estava na berlinda e, como sabe, era Marcelo Rebelo de Sousa, aquilo que eu considero a excêntrica miscegenação entre um demagogo erudito e um enfabulador contumaz.

Quanto a António Vitorino é, para mim, um papagaio do PS, que tem sempre sistematizadas, para qualquer tipo de pergunta, "três ordens de razões"... a primeira ... e assim por diante.
Sendo, em termos de PS, aquilo que chamo um novo Kerensky é, também, o esterotipo do politicamente correcto, representação que não aprecio.

Parece-me já ter respondido às suas perguntas mais directas...

Agora, umas considerações da minha lavra.

Como deve compreender não vou - como Filipe Menezes - enumerar quem devia falar às 2ªs, 4ªs e 6ªs e quem não devia às 3ªs, 5ª.s e sábados. No Domingo, como transparece já estamos aviados.

Veja lá que, nem sequer estou de acordo que os comentadores políticos, sejam quadros partidários (de qualquer partido político). Acho essa condição um critério de exclusão.

Existem pessoas que se dedicam à análise económica, política, social e cultural e têm profundos conhecimentos e privilegiada informação sobre estes assuntos.
Estes, podiam - se possuirem características didácticas - ser chamados a miúde para explicar situações, problemas e questões, que acontecem no País e no Mundo, mas só chamados a colaborar nos "media", quando o rei faz anos.

É muito dificil, p. exº. em termos da TV pública, estabelecer critérios para definir um serviço público.
Mas esses critérios nunca deverão ser maniqueistas (bons /maus; ortodoxos/heterodoxos, etc).
Basta-me a preponderância do saber, do conhecimento, da equidade, da isenção e da capacidade de comunicação.
Contudo, o pior, será aplicá-los.

E, para pôr os pontos nos ii na comunicação social, passei ao lado dos problemas do País real: de Anadia, Faro, Vila Real, Cascais, Coimbra, Peso da Régua, Alijó, Chaves, etc.
Mas que a pouco e pouco, vão sendo tratados ou maltratados. À escolha do leitor.

7:28 da tarde  
Blogger Guimaraes said...

É uma vergonha que os políticos se aproveitem de tragédias para fazer campanha, ainda por cima mentirosa.
O problema do sr. ministro é ser arrogante, incapaz de explicar seja o que for a quem quer que seja e entrar na trapalhice de tirar uns pneus velhos do carro sem ter outros para colocar.
O que ele está a fazer, se fosse devidamente explicado e executado com oprudência, talvez até fosse um bom "trunfo" para o governo...

12:13 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Caro Xavier:

Ainda as Urgências ...

Aconselho-o vivamente a visionar

SIC: Jornal da Noite 25-01-2008
Telefonema para o INEM e bombeiros
Problemas de qualidade da assistência em emergências médicas.

Tem audio-video em arquivo:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/
20080125+Emergencia+sem+meios.htm

...Um autêntico mundo felliniano.

12:04 da tarde  

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