quinta-feira, fevereiro 7

Good old days

A propósito desta história link volto à experiência do meu hospital.
Ao terceiro dia de funcionamento o leitor óptico foi inutilizado. Vinte dias depois, após reparação, o controlo de assiduidade biométrico, foi retomado.
Três médicos pediram redução de horário. O baixo rendimento da actividade cirúrgica e das consultas, manteve-se. Flexibilizou-se o sistema através da colocação de ratos de leitura óptica nos serviços. Com excepção do pessoal médico (maior dificuldade de compatibilização com a actividade privada), a maioria do pessoal hospitalar dá mostras de se ir adaptando ao novo sistema.
Alguém bem humorado colocou um cartaz junto à "máquina do dedo": "Senhora ministra, olhe por nós. Pra que deixei eu de fumar, se o trabalho mata!"

Voltando à história de CCA:
«Isto está tudo feito num oito, caramba.» Ficou-nos o emprego, por enquanto. E a Medicina privada, felizmente em expansão. «Não há-de ser sempre assim» - respondi eu. Será que é isto que temos para oferecer aos jovens que venceram tantas dificuldades para realizar o sonho de ser médico? Este emprego, ainda por cima tão mal pago? Aos mais velhos vá que vai ficando a recordação do que durante 30 anos não foi assim.
O sistema de Saúde mudou, a gestão hospitalar também, mas era sempre melhor o que passou. O presente é assim, tenhamos esperança no futuro.


Mais um recado e a esperança de "oh tempo,volta pra trás".