Relatório da IGAS
Vão corrigir?
Os média e os partidos políticos que, no auge da "crise do encerramento das urgências hospitalares", que desencadeou a saída do ex-Ministro da Saúde, usaram de forma infame o caso da morte de uma criança à chegada ao hospital de Anadia, vão dar o mesmo relevo às conclusões do inquérito da Inspecção geral de Saúde, que não só afasta qualquer ligação entre as duas coisas como considera irrepreensível a assistência prestada nas ambulâncias?
Ou vão persistir na infâmia, pelo silêncio?
Os média e os partidos políticos que, no auge da "crise do encerramento das urgências hospitalares", que desencadeou a saída do ex-Ministro da Saúde, usaram de forma infame o caso da morte de uma criança à chegada ao hospital de Anadia, vão dar o mesmo relevo às conclusões do inquérito da Inspecção geral de Saúde, que não só afasta qualquer ligação entre as duas coisas como considera irrepreensível a assistência prestada nas ambulâncias?
Ou vão persistir na infâmia, pelo silêncio?
vital moreira, causa nossa
6 Comments:
Se a entidade inquiridora fôsse externa e independente...
Se o IGAS não fosse nomeado pelo MS...
Bem, já agora, nestas coias vale a pena lembrar a Vital Moreira o caso dos seus vizinhos, técnicos da CCDR-C que terão sido afastados dos cargos por não emitirem um parecer "a pedido"!
Que comentário faz VM a isto? E que diria quando era um "ilustre" militante do PCP?
Ora, Ora, Xavier!
Caro Tonitosa:
Em todos os países do Mundo as Inspecções são dos Ministérios e o seu Inspector-Geral, nomeado. Amiúde trata-se de um Magistrado.
Já os Inspectores, com direitos e deveres muito bem definidos (e apertados) por lei, têm como missão o apuramento da verdade material. E mais: ou quem está à frente das Inspecções respeita esta autonomia, ou, não raramente sai. è que são eles e não quem está à frente do organismo, quem "detém o poder" da investigação.
naoseiquenome usar,
Com os anos que levo de funções, nomeadamente como dirigente, deixe-me dizer-lhe: olhe que não, olhe que não.
Em muitos países do Mundo (esse outro Mundo, é certo) as entidades fiscalizadoras são independentes do governo e muito menos estão na sua tutela.
Mas do que conheço, no nosso País, também sei que há quem honre as suas funções mais do que a obediência aos mandantes. E bem sabemos que quando assim acontece o preço a pagar acaba por ser a destituição e o ostracismo.
E o problema muitas vezes passa, também, pela "competência" dos técnicos encarregados de "inquirir ou inspeccionar".
E outras vezes, ainda, o resultado é função do perfil (político) dos visados.
Não raras vezes, de resto, quando se aproxima o fim de um governo, saltam da "gaveta" processos que "aguardavam melhor oportunidade". Quem sai já não tem valor e importa "agradar" a quem chega de novo. Mostrar trabalho...
Há naturalmente inquérios e inquéritos.
Até admito que os casos ocorridos recentemente pudessem ser inevitáveis. Mas que as coisas não correram nada bem...ninguém terá dúvidas.
E um inquérito que atribuísse "culpas" às mudanças em curso, não era, de certeza, algo que "agradasse ao governo".
Mas ainda a propósito deixe que faça a seguinte pergunta: independentemente do que já se viu e ouviu, que opinãoo se pode ter de uma equipa de governo que tendo encerrado serviços, permitiu que se mantivéssem situações como a do CS de Aljezur e problemas como como os dos SAP's de Portalegre e Elvas?
A provar que o que diz nem sempre é verdade, basta ver-se o exemplo, agora conhecido, do parecer sobre o TGV dado pela CCDR-C. Ou será que tudo aquilo é mentira!
Mediocracia
Como era bom de ver, quase nenhum órgão de comunicação social corrigiu a indecente acusação sobre a morte da criança em Anadia.
Aliás, é fácil ver que a esmagadora maioria das acusações infundadas feitas pelos media nunca são corrigidas nos mesmos. Mesmo quando há desmentidos formais dos acusados eles são normalmente publicados numa página esconsa do interior ou no meio de um noticiário, ainda que a acusação tenha sido feita em manchete ou na abertura de um noticiário, não havendo portanto a mínima correspondência quanto à sua visibilidade. Por isso, grande parte das pessoas que tomam conhecimento das acusações nos média nunca chegam a saber sequer que elas foram desmentidas ou eram infundadas.
Vital Moreira, Causa Nossa
Caro Tonitosa:
Esse "saber de experiência feito" tem, cada vez mais, uma carga muitíssimo negativa, que apelo, deixe de o influenciar,. a si e a muito boa gente. São, não raras vezes, meros preconceitos e entraves a melhorias do sistema.
O Tonitosa confunde a política pura com a actividade dos órgãos fiscalizadores da mesma.
Um órgão de inspecção, auditoria, fiscalização e sanção,. encontra-se antes e para lá da política, que só ao governo e ao parlamento (no nosso caso) cabe cumprir, de acordo (pois eu sei) com um mandato que para o efeito lhe conferiu o povo.
Um órgão fiscalizador, à imagem e semelhança dos Tribunais, não define políticas. Zela pelo seu cumprimento. Como os Magistrados não elaboram leis, executam-nas.
Com a peculiaridade de, sempre que chamados a dizer o que falhou, poderem não só constatar, mas ainda, apontar caminhos, assentes em estudos técnicos qualificados, como os mais adequados à prossecução do interesse público.
E, numa área tão sensível como a da saúde,da vida e da morte, convenhamos, não podem existir técnicos sem perfil. Será então a morte do dito. E olhe que não. A entidade a que se refere está bem de saúde.
À imagem dos tribunais?!...
Pois é!
Será exactamente por isso que os magistrados se opõem, tão fortemente, à "funcionalização" da classe! Ou a naoseiquenome usar anda distraída?
Não tenha você preconceitos contra a experiência (que só o tempo permite) dos outros.
Ou acha mesmo que em todos os países do Mundo os responsáveis máximos dos Órgãos de Inspecção/Contro/Fiscalização são nomeados pelos governos e por eles destituídos de acordo com as suas "conveniências"?
Se é esse o seu entendimento da função fiscalizadora, então estamos conversados.
Para que conste: nem sequer estou a dizer que no caso em apreço houve ou não rigor da IGAS.
O que entendo é que, sendo uma Inspecção Geral um Órgão cujo dirigente máximo pode ser destituído pelo Ministro (tutela)...pode não haver suficiente "cabedal" para afrontar o poder. E poderia dar exemplos! Será que não há processos que se arrastam, arrastam e arrastam por inexplicáveis razões?
PS: quanto ao defensor VM, talvez se pudesse ainda perguntar: em quantas cabalas (políticas)o próprio participou,(mesmo como comentador) postas em destaque pela Comunicação Social e que desmentidas e provada a sua falsidade (mesmo na justiça) não tiveram idêntico relevo na divulgação da falsidade da "calúnia"?
Ou nesse tempo não havia infâmia?
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