quinta-feira, fevereiro 21

Jornada Alentejana


Mais encerramentos ...
A Ministra da Saúde, Ana Jorge, visitou hoje, 20.02.08, o Alentejo, numa jornada dedicada aos cuidados continuados integrados. link
A quarta Unidade Móvel de Saúde da região foi inaugurada em Borba (Évora) pela ministra da Saúde, Ana Jorge, que salientou a importância deste tipo de soluções para aproximar a saúde das populações, sobretudo dos mais idosos e residentes em locais mais isolados.link
«As Unidades Móveis representam a saúde mais próxima dos cidadãos», afirmou, explicando que estas viaturas, fruto de parcerias com os municípios, permitem realizar não apenas o exame clínico, mas também exames complementares de diagnóstico.

Antes de rumar a Estremoz, onde inaugurou a Unidade de Média Duração e Reabilitação da Santa Casa da Misericórdia e do núcleo local da Cruz Vermelha Portuguesa, com 23 camas e em funcionamento há uma semana, a ministra da Saúde assistiu ao primeiro exame realizado pela Unidade Móvel de Borba.

A Ministra visitou depois a Unidade de Média Duração e Reabilitação de Arronches. “Para Ana Jorge, esta unidade constitui um exemplo de modelo de organização e de capacidade, para responder às dificuldades no distrito de Portalegre. O equipamento daquele concelho alentejano, acrescentou, «caminha a passos largos para se tornar uma unidade de excelência».” (SOL online)
Brites

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3 Comments:

Blogger e-pá! said...

O "humor dos encerramentos" lembra-me Charles Chaplin que com humor representou a vida:
"O humorismo alivia-nos das vicissitudes da vida, activando o nosso senso de proporção e revelando-nos que a seriedade exagerada tende ao absurdo".

Quanto ao Alentejo:
"A funcionar desde 15 de Outubro do ano passado, a Unidade de Média Duração e Reabilitação de Arronches tem capacidade para 23 utentes e, segundo dados da Misericórdia, custou cerca de 1,4 milhões de euros, comparticipados pelo Programa Saúde XXI.

Quanto à Unidade de Média Duração e Reabilitação de Estremoz, visitada antes pela ministra da Saúde, foi criada pela Clínica Social Rainha Santa, resultante de uma parceria entre a Santa Casa da Misericórdia local e o núcleo da Cruz Vermelha Portuguesa.

A construção da unidade ascendeu a pouco mais de 600 mil euros, comparticipados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), de acordo com dados da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA).

Com 23 camas, a unidade entrou em funcionamento há cerca de uma semana.

Ainda este ano, a ARSA pretende continuar o processo de alargamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) na região, prevendo, entre outras medidas, criar mais unidades e implementar as Unidades de Dia e Promoção da Autonomia.

A aquisição de mais 31 viaturas - que se vão juntar às 12 já existentes - e duas unidades móveis para apoio à prestação de cuidados no âmbito da mesma rede é outro dos projectos.

Actualmente, a RNCCI possui já respostas em todos os distritos do Alentejo, existindo Equipas de Gestão de Altas nas quatro unidades hospitalares, 14 Equipas de Coordenação Local que actuam em todos os concelhos sob influência da ARSA e duas Equipas Intra Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos.

No que concerne ao internamento, a região tem já em funcionamento 11 unidades, num total de 214 camas".

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Se repararmos bem, notaremos que estas "Unidade de Média Duração e Reabilitação " falta-lhes uma vertente essencial. Um equipa de reabilitação sob a orientação de um médico fisiatra (como a lei estipula).
Sem isso, e outros pormenores, poderemos estar estar longe da excelência (referida no texto) e muito próximos dos asilos de mendicidade que já conhecemos`há
largos anos. Antes da vaga de encerramentos que tivemos de assistir...
Dizia Chateaubriand:
"Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso".

É necessário suster esta caminhada, aparentemente caritativa, socialmente desintegradora e funcionalmente paralisante.
Um pouco à rebelia do projecto.

Todavia, um louvável modo de AJ ir conhecendo os problemas do País na área da Saúde.
Os encerramentos eram mais obscuros, impessoais e impiedosos...

2:15 da manhã  
Blogger Unknown said...

Não vejo motivo para não implementar este modelo de unidade móvel de saúde em todas as freguesias mais isoladas do país. Os CSP têm previstos cuidados domiciliários, essencialmente prestados por enfermeiros, mas que carecem sobretudo de tempo e meios para o fazer. Uma boa forma de resolver o problema, tantas vezes burocrático e dependente de razões tudo menos ligadas com a saúde propriamente dita dos utentes (dentro das chefias dos Centros de Saúde e agora também USF), seria realmente cada freguesia apostar num conceito de prestar apoio domiciliário (efectivo) aos seus cidadãos, nomeadamente idosos sem posses e debilitados, que não podem recorrer a serviços por vezes distantes e outras tantas vezes inacessíveis por motivos de doença. Trazer os cuidadores a casa e não estes deslocarem-se às instituições.

Vejamos quantos reinternamentos em Urgências Hospitalares seriam evitados se este conceito fosse real.

Estiveram e estarão em curso estudos para avaliar o perfil do utente que recorre ao SU e percebe-se a quantidade de vezes que um mesmo utente recorre ou para lá é levado por uma situação ou doença que teria sido facilmente resolvida ( e bem menos dispendiosa)em tempo oportuno, no domicílio.

Queremos resolver o problema? Então aposte-se na prevenção, não se mudem o nome às coisas (USF) mude-se o modelo: Mais enfermeiros, menos médicos, menos medicalização, mais prevenção.

2:50 da manhã  
Blogger PhysiaTriste said...

“A ministra da Saúde Ana Jorge estará no Algarve na próxima sexta-feira, dia 22 de Fevereiro, para visitar a Rede de Cuidados Continuados Integrados, implementada na região desde 2005.

A deslocação da ministra da Saúde ao Algarve incluirá a visita às Unidades de Cuidados Continuados, de Média Duração e de Reabilitação e de Longa Duração e Manutenção, e de Convalescença, respectivamente em Tavira, Albufeira e Portimão.

A governante ficará a conhecer ainda o trabalho desenvolvido nas Equipas de Cuidados Continuados Integrados Domiciliários do Algarve.”

É simpático que a Dr.ª Ana Jorge, em vez de criticar o trabalho do seu antecessor, se esforce por acentuar alguns dos aspectos correctos na política anterior: no caso, esforço de melhoria dos Cuidados Primários e lançamento da Rede de Cuidados Continuados. E, melhor ainda, é bom que o faça com a afabilidade que a caracteriza.

Numa das visitas aos serviços pediu desculpa por falar baixo, explicando que se tratava dum hábito adquirido no exercício da Pediatria. Por uns tempos a Dr.ª Ana Jorge não vai lidar com crianças.
Como ela própria sabe, com saber de experiência feito, tem no SNS muita gente boa, genuinamente interessada num Serviço Público de qualidade.

Mas, como a Ministra, vai ter de lidar com algumas aves; pássaros, passarinhos, passarões, aves de rapina e…cucos. Para lidar com esta fauna é bom que comece a exercitar a voz porque, mais cedo do que tarde, vai ter que elevar o tom.

2:17 da tarde  

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